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Exportação, para Itália e Brasil o setor agroalimentar continua a ser uma garantia

O setor continua a registar um desempenho satisfatório com um risco de crédito estável: se no nosso país se prevê um crescimento de 2,4% graças à sólida reputação internacional do Made in Italy, no Brasil as perspetivas são crescentes graças à atual recuperação economia e demanda sólida da China _ Risco tarifário

Exportação, para Itália e Brasil o setor agroalimentar continua a ser uma garantia

O setor de alimentos, conforme observado pela Atradius, continua com bom desempenho, com risco de crédito estável ou até melhorando em muitos países. Em comparação com outros setores industriais, de fato, o setor de alimentos tem uma boa elasticidade face a períodos de crise; no entanto, como já há dois anos, muitas empresas de produção e processamento de alimentos também continuaram no curso
de 2017 estar sob pressão, com margens de lucro em risco, devido ao contexto altamente competitivo de um mercado em que o poder de compra das grandes redes varejistas e de descontos é muito forte.

Em alguns dos principais mercados europeus, como França, Alemanha e Reino Unido, a pressão aumentou principalmente no segmento de produção e processamento de carne, uma vez que os preços de
suprimentos cresceram aumentando o risco de crédito dessas empresas.

Na Itália o setor alimentício é um dos mais importantes, com cerca de 385.000 funcionários, um volume de negócios total em 2016 de mais de 135 bilhões e sólido desempenho de exportação. No geral, em todos os segmentos individuais, as empresas de alimentos permanecem expostas a riscos imprevisíveis, incluindo flutuações de preços de commodities e preocupações com a saúde pública.

A imposição de adicional barreiras ao comércio pode se tornar um problema já que em muitos mercados le
as exportações desempenham inegavelmente um papel fundamental, contribuindo para a rentabilidade do sector alimentar e por vezes compensando os resultados menos brilhantes obtidos no mercado interno.

Se dermos uma olhada no melhores oportunidades para as empresas do setor, vemos que as perspectivas para 2018 para o setor de alimentos brasileiro são otimistas, graças à atual recuperação econômica e à sólida demanda da China. As excelentes colheitas do ano passado fizeram baixar o preço de muitos produtos alimentares (sobretudo pão, arroz e cereais) favorecendo o seu consumo. Enquanto no mercado interno a
a recuperação econômica e a redução da inflação aumentaram o poder de compra dos consumidores.

As margens de lucro das empresas brasileiras de alimentos cresceram em 2017 e devem melhorar ainda mais este ano. No entanto, cabe ressaltar que as empresas brasileiras do setor possuem um índice de endividamento superior aos demais setores, sobretudo devido ao
de expansão implementada antes da crise econômica de 2014. O faturamento das empresas italianas do setor registrou um modesto aumento nos últimos meses de 2016, após anos de consumo interno bastante estagnado, beneficiando (especialmente nos segmentos de massas e panificação) de sólida reputação
marca internacional “Made in Italy”.

Durante este ano, os analistas prevêem que o valor acrescentado dos produtos alimentares e bebidas cresça 2,4%, principalmente graças às exportações, uma vez que a procura interna deverá, pelo menos,
estábulo. As margens de lucro não devem registrar variações significativas, embora permaneçam em níveis baixos. As indústrias de fabricação e processamento de alimentos costumam ser fortemente alavancadas para financiar as necessidades de capital de giro: no entanto, graças ao desempenho anticíclico, os bancos e outras instituições financeiras continuam inclinados a emprestar ao setor de alimentos, pois permite a diversificação das atividades de investimento, mesmo durante ciclos econômicos negativos.

In Brasil, mesmo que o setor ainda esteja muito fragmentado, a tendência para uma maior qualidade dos produtos alimentares está a consolidar-se e todas as grandes empresas procuram aumentar a sua quota de mercado. O segmento de açougue está se recuperando das dificuldades de dois anos atrás, quando o custo da ração aumentou devido a uma forte estiagem.

Em relação a lacticínios, a boa evolução do consumo deverá manter-se graças ao aumento do rendimento disponível e ao crescimento da população, bem como à opinião generalizada de que estes produtos são saudáveis ​​e nutritivos. O exportação de frutas, hortaliças, grãos e soja eles cresceram ainda mais em 2017 graças ao aumento inesperado da demanda da China. Assim, para 2018, as perspectivas de maior crescimento das exportações são promissoras.

Os retalhistas alimentares mostraram, de um modo geral, uma boa resiliência na fase recente da crise, no entanto, a taxa de desemprego ainda elevada e algumas dificuldades em algumas regiões podem ter um impacto negativo em operadores regionais específicos. O Setor italiano de produção, transformação e venda a varejo de produtos permanece altamente fragmentado e caracterizado por intensa competição, onde mesmo os grandes players são menores do que as grandes redes varejistas e
nível internacional.

Os produtores de alimentos geralmente são pequenos negócios e têm certa dificuldade de se expandir internacionalmente; ao mesmo tempo, o comércio eletrônico está desafiando cada vez mais os varejistas de rua tradicionais. A arte. 62 do Decreto Legislativo de 24 de janeiro de 2012, posteriormente convertido em lei, estabelece os prazos máximos de pagamento para o setor de alimentos em 30 dias para produtos perecíveis e 60 dias para produtos não perecíveis: constatou-se que a maioria das empresas está cumprindo esses prazos, enquanto os pedidos de não pagamento estão geralmente ligados a problemas de liquidez dos compradores (os casos de insolvência diminuíram no ano passado e os analistas esperam uma redução adicional de cerca de 10% durante este período de seis meses).

Por outro lado, dentro do próprio setor de alimentos brasileiro, as condições de pagamento variam entre os diferentes subsetores e de acordo com a posição ao longo da cadeia de valor. Os produtores, que antes eram pagos antecipadamente, agora precisam aceitar prazos de pagamento de 30 dias em alguns casos. Os prazos de pagamento no segmento de processamento de carnes variam de 60 a 90 dias, enquanto no segmento de hortifrutigranjeiros
termos lácteos variam de acordo com a posição ao longo da cadeia de valor (produtores ou varejistas). Em média, os analistas consideram um prazo máximo de pagamento de 90 dias: após o aumento registrado em 2015 e 2016, os atrasos de pagamentos e insolvências do setor começaram a diminuir no ano passado graças à melhora das perspectivas e devem cair ainda mais em 2018, com maior cautela no caso dos varejistas regionais atuantes em alguns estados da federação, ainda em dificuldades econômicas, e no segmento de carnes, devido às repercussões do recente escândalo e aos efeitos do aumento dos preços dos cereais em 2016.

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