“Atingimos o objetivo de instalar 5.700 pontos de carregamento para carros elétricos na Itália até 31 de março. A próxima meta é atingir os 10 até 2019 e depois os 28 até 2022, num investimento total de 300 milhões de euros”. Estes são os dados fornecidos por Francesco Venturini, CEO da Enel X, durante a apresentação do relatório "Cem histórias italianas de mobilidade elétrica 2019", criado em conjunto com a Fundação Symbola e apresentado na segunda-feira em Roma.
“Na Romênia vamos instalar 3 colunas em 3 anos e na Espanha chegaremos a 10 até 2022 – acrescentou Venturini – Mas a infraestrutura não basta: precisamos de uma mudança de mentalidade e uma mudança de ritmo. Não podemos pensar em continuar colocando 100-125 milhões de carros novos no mercado mundial todos os anos, devemos encontrar uma maneira de compartilhar esses ativos”.
Quanto à evolução dos preços, Venturini disse ter “confiança no fato de que, até 2025, os carros elétricos se tornarão competitivos com os veículos de combustão interna também sob esse ponto de vista”.
No entanto, o relatório mostra que o crescimento dos carros elétricos já começou. Em 2016, globalmente, havia um milhão e meio de veículos elétricos, enquanto hoje subimos para 5,3 milhões, “dos quais dois milhões na China (+150% em 2018)” e “um milhão nos Estados Unidos (+100 % no ano passado). Na Europa, continua o relatório, “a Noruega detém o recorde, onde circulam 250 carros elétricos perante apenas cinco milhões de habitantes”.
Em Itália os números são ainda muito baixos, mas a tendência de vendas continua positiva: no último ano duplicaram, passando de cerca de 5 mil unidades em 2017 para cerca de 10 mil em 2018.
Em termos de compromissos financeiros, uma pesquisa recente editada pela Reuters mostrou que os investimentos globais anunciados pelas montadoras nos próximos 5 a 10 anos serão da ordem de 300 bilhões de dólares.
A ExpoMove abre em Florença na terça-feira, a primeira feira de mobilidade elétrica, promovida pela Enel e a Fundação Symbola.
