A corrida pela liderança Conservador, e para o cargo de primeiro-ministro do Grã-Bretanha, perde um novo protagonista e agora parece totalmente abordado. A subsecretária de Energia, Andrea Leadsom, retirou-se, deixando o campo livre para o ministro do Interior Theresa May, que neste momento sucederá David Cameron.
Mas a notícia mais sensacional do dia diz respeito ao fato de que a mudança de assento em Downing Street já acontecerá na quarta-feira e não no dia 9 de setembro, data previamente marcada para anunciar o vencedor das primárias e a troca da guarda no topo do partido e do governo. O próprio primeiro-ministro cessante, David Cameron, anunciou: “Teremos um novo ministro neste prédio depois de mim na quarta-feira à noite”. Cameron acrescentou que no mesmo dia, após perguntas no Parlamento, apresentará sua renúncia à rainha.
May, que na campanha do Brexit se destacara pelo tímido apoio à causa do Remain, era a grande favorita, na disputa a dois com Leadsom, para se tornar a segunda mulher premiê da história britânica, vinte e seis anos depois Margarida Thatcher.
Salvo reviravoltas improváveis, a retirada de Leadsom encerra definitivamente a questão, mesmo que o procedimento esteja sendo examinado pelo Comitê de 1922, órgão que regulamenta as regras internas do Tory.
É de sublinhar que, caso Theresa May se torne Primeira-Ministra na próxima semana, poderá também haver uma aceleração do processo que conduzirá à saída do Reino Unido da UE.