Em 2016, as aquisições globais registraram um recorde pelo terceiro ano consecutivo, crescendo 17% para US$ 110 bilhões. Eólica mantém a primeira posição globalmente com transações estimadas em US$ 62,3 bilhões (+10% em 2015), mas é cada vez mais “minada” pela solar, que cresceu 43% para US$ 43,8 bilhões.
Estas são as principais indicações que emergem do Estudo Agici sobre renováveis na Itália e na Europa realizado pelo Observatório Internacional da Indústria e Financiamento de Renováveis, coordenado pelo Prof. Andrea Gilardoni e pelo Dr. Marco Carta. Essas indicações foram apresentadas durante o IX Workshop anual intitulado Quem vende e quem compra usinas renováveis? Tendências, preços e criação de valor que teve lugar em Milão, no Centro de Congressos Fondazione Cariplo. O evento contou com a participação dos líderes dos principais players do setor: Anne Petrarque (Enel Green Power), Paolo Merli (ERG), Enrico De Girolamo (CVA), Diego Percopo (EF Solare Italia), Diomidis Dorkofikis (Foresight Itália ), Gianluca Veneroni (EDP Renováveis), Marco Merler (Dolomiti Energia), Massimo Meda (Falck Renováveis), Stefano Bianchi (Fichtner). As obras foram encerradas por Agostino Re Rebaudengo, vice-presidente da Elettricità Futura.
Os Estados Unidos com USD 29,2 bilhões (+14%) é a primeira área em valor de aquisições seguido pela Europa com USD 28,6 bilhões (+8%). 210 negócios foram monitorados pelo Observatório OIR na Itália e na Europa no período 2015-2017. Entre os compradores, cresce o componente representado por entidades financeiras como fundos de investimento, fundos de private equity, fundos de infraestrutura, fundos de pensão, seguradoras e bancos. A primazia entre as transações analisadas pelo observatório OIR na Itália e na Europa, em termos de volume e valor, é da energia eólica. A atenção para a energia fotovoltaica em toda a Europa e para a hidroeletricidade na Itália também é significativa.
“As análises do Observatório OIR destacam um forte crescimento na aquisição de usinas renováveis no mundo e também na Itália, onde o valor do mercado secundário já superou os investimentos greenfield. Os pequenos operadores vendem para rentabilizar os seus investimentos, mas também porque muitas vezes já não conseguem gerir as suas instalações de forma otimizada num contexto cada vez mais competitivo”, comenta Marco Carta, Diretor do Observatório OIR. “A atratividade do mercado secundário é colocar fundos de investimento e concessionárias em competição”, disse o Prof. Andrea Gilardoni, Presidente da AGICI, “as entidades financeiras estão prejudicando os operadores industriais, pois têm custos de financiamento particularmente baixos e buscam uma rentabilidade mais baixa. No entanto, não é certo que a competição entre concessionárias e fundos de investimento se torne ainda mais acirrada. De fato, há um número crescente de alianças entre essas duas categorias de sujeitos”.
Anexos: Quem vende e quem compra usinas renováveis?
