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Embraco e Calenda furiosos: "Vamos pedir intervenção da UE"

O ministro, que terá um encontro com o comissário europeu para a Concorrência, Vestager, definiu a gestão da Embraco como "patifes"

“Hoje vou encontrar-me com a Comissária Europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, para verificar se não houve qualquer ajuda estatal à Eslováquia para as empresas Honeywell e Embraco e encontrar uma forma de corrigir o que é uma distorção”. O ministro do Desenvolvimento Econômico, Carlo Calenda, disse na Rádio Anch'io na terça-feira, sublinhando que estava "furioso" com o caso Eu abraço, a multinacional fabricante de ferramentas de refrigeração que há poucos dias anunciou o fechamento da sede da costa de Chieri, com anexo demissão sem demissões Empregados 497.

O ministro – que definiu a gestão da empresa hoje controlada pelo grupo como “ralé”. Whirpool – ele vai perguntar A Vestager também abriu exceção aos tratados para casos individuais como o da Embraco. “Eu – disse Calenda – penso que quando fizemos valer as nossas razões conseguimos prevalecer. Este é o trabalho que tem de ser feito com seriedade, continuar a construir as condições em que haja um pedaço de país que voe. Excelência é fundamental, mas nenhum país é feito só de excelência. O país está indo muito bem, mas precisamos cuidar da peça que perde, as pessoas devem ser protegidas senão não sairemos dessa”.

Já em outubro, a Embraco havia anunciado a intenção de reduzir os volumes de produção da planta piemontesa, desmoralizando a produção nas estruturas eslovacas. Porém, ninguém esperava o cenário de hoje, com o fechamento definitivo de toda a fábrica, que se tornou oficial com o comunicado da empresa - que é americana - ao Seco, Consob Usa (esta é uma obrigação legal, pois a Embraco é listada na bolsa de valores).

O ministro, em entrevista ao Corriere della Sera, lançou uma proposta. “Precisamos de um fundo de ajuste à globalização, um fundo de reindustrialização que – explicou – evita deslocalizações e coloca pacotes que vão para além das regras de ajuda estatal para quem quer ir produzir noutro local da Europa em condições vantajosas ligadas aos diferentes níveis de desenvolvimento dos países. Somos economias em contínua transição, gerenciá-las será cada vez mais fundamental, por isso precisamos de ferramentas mais fortes”.

“A empresa – continuou Calenda – tem a nossa proposta, se eles voltarem estamos dispostos a levá-los em consideração, mas não tenho outras reuniões que terminem com 'talvez', 'mas'. Prefiro bater de frente com a Invitalia para entender se há alguma proposta e apoiá-la”. O prazo, acrescentou, “é dado pelo procedimento de mobilidade, portanto até ao final de março. O 25 março mais precisamente, a data a partir da qual terão início os despedimentos colectivos.

Em 19 de fevereiro, a Embraco rejeitou qualquer hipótese de demissões demonstrando, nas palavras de Calenda, "um comportamento absurdo e irresponsável. Propus o acordo para fazer demissões e trabalhar na reindustrialização do local há um mês, a empresa concordou e apresentamos junto com os sindicatos. Então um balé impróprio começou. Decidi cortar a cabeça do touro."

No entanto, o ministro garantiu aos trabalhadores da Embraco que a luta vai continuar. “O meu compromisso é na primeira pessoa, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance”.

Mas de onde vem a decisão da multinacional? Muitos a acusam de ter se beneficiado de incentivos fiscais e verbas públicas. Devemos ser claros, a Embraco não vai fechar por falência, mas simplesmente tem que mover a produção para onde for mais conveniente.

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