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Censis pesquisa a importância da beleza dos monumentos italianos como forma de negócio

Se pudesse calcular o valor dos nossos monumentos históricos mais famosos, das nossas marcas e das nossas paisagens, qual seria? Segundo uma pesquisa lançada pelo Censis em colaboração com a Fundação Marilena Ferrari, só a arte e a cultura valem 17 bilhões de euros – e para 41,3% dos italianos elas ajudariam a Itália a recomeçar economicamente.

Censis pesquisa a importância da beleza dos monumentos italianos como forma de negócio

Só nos últimos meses é que começamos a pensar nos nossos monumentos como um potencial negócio para investir e para conseguir alguns cêntimos a mais para angariar dinheiro. Mas o Censis, em colaboração com a Fundação Marilena Ferrari, pensa nisso desde janeiro, fazendo um cálculo de quanto pode pesar quantitativamente o nosso património artístico, cultural e paisagístico. 

Por "belo", porém, segundo o Censis, é preciso distinguir da beleza da arte da ourivesaria, da do patrimônio artístico e do nosso patrimônio "têxtil" (Armani, Prada, Valentino, etc.). O Censis tem “pesado” a produção de riqueza da beleza (setores produtivos) em 5,4% do PIB, ou seja, 74,2 mil milhões de euros. Enquanto a paisagem é avaliada em 5% (2,3 bilhões) do produto interno bruto. O mundo da moda contribui apenas com 3 mil milhões de euros para o PIB (mais os 2 mil milhões do calçado); o sector do mobiliário contribui com 1% e a indústria mecânica (automóveis e co) tem um valor de 11 mil milhões de euros. Enquanto, a beleza mais interessante, a do património cultural e artístico, tem um valor de 17 mil milhões de euros.

Ultimamente, porém, o Estado tem negligenciado as belezas artísticas e culturais do nosso país, perdendo 8 bilhões; em vez disso, com um novo plano de renovação de nossos ativos artísticos, eles poderiam recuperar rapidamente os 8 bilhões perdidos.

Do ponto de vista cultural e artístico (em muitos e variados setores) estamos de fato entre os primeiros: junto com Israel, temos 30% dos turistas que têm as cidades da arte como seus principais destinos turísticos, e somos os primeiros exportadores no mundo do design entre os países do G8, ainda que infelizmente não estejamos investindo o suficiente devido aos investimentos estatais nos setores de “beleza”, perdendo assim espaço.

De fato, segundo os dados da pesquisa do Censis, somos “tradicionalmente fortes” nos setores têxtil e moveleiro, mas estamos recuando devido à alta competitividade da China e da Índia em termos de preços de mão de obra. De fato, a Índia e a China, juntamente com a França, a Alemanha e os Estados Unidos, estão crescendo na exportação de moda e design de móveis.

O número mais triste é a redução de 36% no orçamento do Ministério do Património Cultural: por isso mesmo o Censis "convida" os empresários, o Estado e os italianos a acreditarem mais no nosso património artístico, industrial, paisagístico e fashion, já que "a Beleza está em nosso DNA."


Anexos: Resumo da pesquisa The_economic_value_of_beauty_in_Italy_Censis_0712.pdf

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