“A nova economia do cânhamo”. Assim o chama Coldiretti no estudo apresentado na Seeds&chips 2018 em Milão, no Portão 3 do Mico (Milano Congressi, onde também participou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na edição de 2017): é a redescoberta do antigo cultivo do cânhamo como protagonista de uma revolução inteiramente Made in Italy, e é dela que se obtêm muitos alimentos e também a chamada maconha legal, cuja venda e consumo agora são permitidos na Itália, pois, ao contrário da maconha "tradicional", o extraído do cânhamo é desprovido da substância ativa psicotrópica (Thc).
O cultivo do cânhamo vive um verdadeiro boom na Itália: segundo Coldiretti, no espaço de cinco anos, ele viu um aumento de dez vezes na terra cultivada, de 400 hectares em 2013 para quase 4000 estimados para 2018 no campo onde se multiplicam as experiências inovadoras, com produtos que vão da ricota aos tijolos ecológicos isolantes, do óleo antiinflamatório aos bioplásticos, passando pelas sementes, flores para chás, massas , biscoitos e cosméticos. É o que revela o estudo da Coldiretti apresentado na Seeds&chips, onde um exposição sobre os mil usos da planta mais versátil da agricultura italiana que, graças às novas tecnologias, entra no cotidiano das famílias de diversas formas. Segundo estimativas de Coldiretti, existem centenas de novas fazendas que começaram a cultivar cânhamo em 2018, da Puglia ao Piemonte, do Veneto à Basilicata, mas também na Lombardia, Friuli VG Sicília e Sardenha com a multiplicação de experiências inovadoras.
Na Seeds&Chips – explica Coldiretti – os jovens empresários da Coldiretti mostraram as muitas variações de alimentos, de biscoitos e taralli a pão de cânhamo, de farinha de cânhamo a óleo, cujas propriedades benéficas foram reconhecidas pelo Ministério da Saúde, pela OMS e por inúmeras pesquisas. Mas também há quem use o cânhamo para produzir ricota, tofu e uma saborosa bebida vegana, além da cerveja.
