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Wall Street: terceiro dia de recorde triplo. Mas o euro forte divide o BCE

Mercados ainda em alta, apesar das tensões geopolíticas e terremotos – Londres oferece 20 bilhões para o divórcio da UE – Consob impõe oferta pública de aquisição de Alerion – Vacchi enche Gima

Wall Street: terceiro dia de recorde triplo. Mas o euro forte divide o BCE

Donald Trump ameaçou, em frente à assembléia da ONU, destruir o "Homem Foguete", conhecido como o ditador Kim. Não menos guerreiras são as palavras dirigidas ao Irã e à Venezuela. Enquanto isso, a terra volta a tremer no México e os furacões voltam a assolar o Caribe. Mas esses eventos não impedem que os mercados dos EUA estabeleçam novos recordes de todos os tempos. Em suma, o roteiro não muda, esperando que o Fed confirme hoje à noite o início da redução do balanço do Banco, porém adiando a alta dos juros para dezembro (ou até mais tarde).

A temporada de ouro das Bolsas, portanto, pode continuar. Mesmo no Velho Continente, onde, revela a Reuters, falcões e pombas dentro do BCE estão em conflito sobre o momento e os métodos de saída do Qe. Graças à força do euro, que subiu para 1,2019, de volta ao seu máximo, as decisões poderiam ser adiadas de outubro para meados de dezembro.

ÁSIA PORQUE ESPERANDO O FED

MeteoBorsa sinaliza calma nas bolsas de valores aguardando as decisões do Fed e, acima de tudo, os sinais que a presidente do Fed Janet Yellen lançará esta noite em entrevista coletiva.

Little mudou esta manhã as listas de preços asiáticas. Tóquio fraca, índices Nikkei ainda em alta na véspera da reunião do Banco Central de amanhã. Mesmo as exportações, que vêm crescendo continuamente há nove meses, ampliam a sequência de dados positivos. Hong Kong está em alta (+0,2%), Xangai está em desaceleração (-0,2%): falta menos de um mês para o Congresso do Partido, a China aguarda as indicações vindas do topo.

A FUSÃO ENTRE SPRINT E T-MOBILE ESTÁ À VISTA   

Wall Street atualiza mais uma vez o Guinness Book of Records: O Dow Jones estabeleceu um novo recorde, o terceiro consecutivo, atingindo 22.372,91 pontos, com uma alta de 0,18%. Também em alta estiveram o S&P 500 (+0,1%, para 2.506,72) e o Nasdaq, que ganhou 0,1%, para 6.461,32.

O setor financeiro é positivo: a redução do balanço do Fed deve favorecer a alta dos títulos de longo prazo, beneficiando os balanços dos grandes bancos. O setor de telecomunicações está voando (+2,3%) na onda da possível fusão entre T Mobile (+5,9%) e Sprint (+6,8%).

AUMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE OBRIGAÇÕES DA ARÁBIA SAUDITA

O petróleo subiu ligeiramente esta manhã, aguardando dados sobre os estoques semanais dos EUA. O petróleo bruto WTI é negociado a 49,83 a 49,48 dólares o barril, e o Brent a 55,37. O Goldman Sachs estima que, graças à melhora do cenário macroeconômico global, o aumento do consumo diário de petróleo bruto crescerá 1,675 milhão de barris em 2017. Para 2018, crescerá mais 1,51 milhão de barris, mais do que os 1,45 milhão anteriormente estimado.

Mas o ministro da energia iraquiano, ao contrário, espera novos cortes na produção da OPEP. Enquanto isso, a Arábia Saudita lançou uma nova emissão de títulos islâmicos no valor de 1,87 bilhão de dólares: a demanda superou 24 bilhões de dólares. Eni sobe de volta à Piazza Affari: +0,52% para 13,53 euros. Saipem inalterado.

LONDRES OFERECE 20 BILHÕES PARA DIVÓRCIO DA UE

Sessão de espera também para as bolsas europeias, que, à espera das movimentações do Fed, não reagiram aos excelentes dados do Zew, índice relativo às expectativas econômicas da Alemanha, que subiu para 17 pontos em setembro ante 10 em agosto, muito melhor do que o consenso dos economistas.

O Financial Times revela que Theresa May disse estar disposta, em entrevista a Angela Merkel, a pagar 20 mil milhões de libras à UE para cobrir os custos causados ​​pelo Brexit. Está muito longe do que Bruxelas pede (de 60 a 100 mil milhões de euros), mas é um bom começo.

Em Milão, o índice Ftse Mib (+0,27%) atingiu uma nova alta de 22 meses em 22.425,42. Bolsas positivas em Madrid (+0,39%) e Paris (+0,16%). Fora da Zona do Euro, Zurique +0,57% e Londres +0,3%. O Dax de Frankfurt, praticamente inalterado, está a 200 pontos do recorde histórico.

DUELO EM FRANKFURT ENTRE FALCÕES E POMBAS

O duelo entre falcões e pombos no topo do BCE aumenta. Segundo a Reuters (notícia confirmada por seis fontes diferentes), ainda não há acordo sobre a definição de uma data precisa já em outubro para encerrar a flexibilização quantitativa. Criar incertezas e divisões no tabuleiro é a força do câmbio, que tem o efeito de conter a inflação. Uma solução de compromisso surge, portanto, para a reunião de 26 de outubro próximo: adiar parte das decisões para o conselho de 14 de dezembro.

Após a publicação da notícia da Reuters, o spread se estreitou e então se estabilizou em torno de 161 pontos base. No secundário, o rendimento de 2,12 anos caiu para 1,25%. A Alemanha fixou o cupom do novo Bund de 2 anos em XNUMX%, que será leiloado hoje por XNUMX bilhões.

TELECOM ITALIA EM BAIXO

O boom da Telecom Italia na Piazza Affari deflacionou: -1,8%, com volumes bem acima da média de 30 dias após os ganhos da véspera. alimentada por expectativas de separação da rede. A empresa reiterou que não há planos nesse sentido. Já o setor europeu de telecomunicações ganha 0,6%, galvanizado pelos rumores sobre negociações de fusão entre a T-Mobile e a Sprint. A Mediaset também foi fraca, com queda de 1,6%.

FCA LIDERA A CARGA DOS MOTORES

Dia agitado para o mundo do motor. A Fiat Chrysler (+1,21%) estabeleceu um novo recorde histórico com 14,32 euros. A Kepler-Cheuvreux elevou a meta para 16 euros de 12,50 euros, reforçando a recomendação de compra. A Exor caiu ligeiramente (-0,09%) sobre a qual a corretora ainda assim aumentou o preço-alvo de 51,4 para 55,6 euros, confirmando a recomendação de hold.

A Brembo ficou na pole position (+2,2%), mas a Piaggio (+5,5%) também se destacou após o acordo estratégico com o chinês Foton Motor Group para o desenvolvimento de uma nova gama de veículos comerciais em suas fábricas italianas de quatro rodas leves.

Entre as ações menores, destaque para Landi Renzo (+13,8%): desde a publicação do plano até 2022, a ação valorizou mais de 30%. Entre os industriais, destaque para o aumento de 2,3% da Avio que, segundo a Equita, se beneficia da participação no setor de defesa após os múltiplos marcados pela aquisição da Orbital pela Northrop Grumman Corp por cerca de 7,8 bilhões de dólares, a operação mais importante no setor nos últimos dois anos.

PARE PARA O LUXO DE MORGAN STANLEY

Dia contrastante para o luxo, tema de reportagem do Morgan Stanley: analistas do banco de investimentos americano ficaram mais cautelosos com o setor. Hugo Boss e Prada foram cortados para abaixo do peso por peso igual. Moncler caiu 1,26%, apesar da opinião positiva da Rbc Capital, que elevou o preço-alvo para 27 euros de 23 euros, confirmando a opinião Outperform. Mas pesou mais a opinião da Morgan Stanley e, ao mesmo tempo que elevava o preço-alvo para 26 euros (face aos anteriores 22,5) cortou a recomendação de Overweight para Equalweight, depois das fortes subidas desde o início do ano.

Ferragamo também em baixa (-0,57%): Morgan Stanley cortou o preço-alvo para 21,50 euros de 23,50 euros, mantendo inalterada a recomendação de Equal Weight (Neutral). Os analistas do American Investment Bank tornaram-se mais cautelosos com o setor de luxo. Hugo Boss e Prada foram cortados para abaixo do peso por peso igual. 

Yoox (+0,17%) flutuou em torno da paridade durante toda a sessão. A Exane reiterou o julgamento negativo do Underperform com um preço alvo de 20 euros o que implica uma quebra de cerca de 33% face à cotação atual. 

Mantém a Tod's (+0,3%) após a nomeação do novo diretor criativo da marca Fay. Mas para o Morgan Stanley, ainda está com baixo desempenho. Os bancos foram moderadamente positivos em toda a Europa (+0,4% para o índice do setor italiano). Em Milão, o Bper destacou-se com um aumento de 1,9%. Em vez disso, Carige perdeu 1,4%. Variações mais modestas para os grandes nomes: Unicredit +0,3%, Intesa +0,4%, Banco Bpm +0,4%.

CONSOB FAZ OFERTA PÚBLICA À ALERION. SALTO DE BOMI

Alerion +12% para 2,862 euros depois de a Consob ter verificado a existência de um acordo parassocial entre os accionistas Fri-El Green Power e Stafil e assim ter imposto a obrigação de uma OPA total ao preço de 2,90 euros.

Fraca Caltagirone Editore (-1,7%) após o fracasso da OPA lançada pelo acionista controlador para o fechamento do capital.

Salto na pontaria da Bomi (+10%), grupo líder no setor de logística biomédica. Os volumes explodiram: foram negociadas mais de 530 mil ações, a maior quantidade desde o dia do IPO (26 de junho de 2015).

Esprinet perde outros 2% após resultados decepcionantes.

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