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Unicredit, longe da velha guarda: o foco é uma nova governança

A assembleia de acionistas de 20 de abril, além de aprovar os resultados financeiros de 2016, tratará da renovação dos mecanismos de governança do banco liderado por Mustier – Independentes em sua maioria e ações femininas, olhos voltados para a nova governança corporativa

Unicredit, longe da velha guarda: o foco é uma nova governança

Unicredit se prepara para o encontro decisivo. Depois de fechar com sucesso o maior aumento de capital da história das finanças italianas (13 bilhões de euros), o banco de Jean Pierre Mustier está se renovando, apostando em uma nova governança capaz de liderar uma empresa pública verdadeiramente europeia. Um objetivo amplamente apreciado pela Piazza Affari que coroa o banco milanês como a rainha do dia (+5%).

A assembleia geral ordinária e extraordinária de 20 de abril será a primeira após a recapitalização de fevereiro passado que, além de fortalecer o patrimônio do instituto na Piazza Gae Aulenti, mudou radicalmente, dividindo-o, a estrutura acionária que já é típica de uma empresa pública. Os grandes fundos internacionais, liderados pela Aabar (que detém 5,042% do capital) aumentaram a sua presença, ultrapassando os 50% do capital, enquanto as fundações diminuíram significativamente a sua quota, ficando globalmente abaixo dos 5%.

Impossível logo não rmecanismos de governança isee com o objetivo de adequá-los à nova governança corporativa e, sobretudo, à nova roupagem do Unicredit, de um banco internacional sólido e aberto ao mercado.

Com base nos rumores da véspera, são muitas as mudanças que serão discutidas durante a reunião do dia 20 de abril, na qual também serão aprovados os resultados financeiros de 2016.

Jean Pierre Mustier não tem intenção de perder tempo. Entrando em detalhes, a renovação pode envolver o número de conselheiros, que cairá de 17 para 15, abaixo dos 24 originais. Os independentes terão uma grande maioria, enquanto as mulheres poderão representar um terço do total, os requisitos que lhes permitirão se tornar conselheiros serão mais rígidos, enquanto um limite máximo poderá ser estabelecido para o número de mandatos de membros individuais da assembléia.

Mas a notícia mais interessante pode vir sobre o vice-presidências, que cairão de três para apenas uma para agilizar toda a estrutura.

Depois do retrocesso de Fabrizio Palenzona, também devido ao enxugamento das fundações Luca Cordero di Montezemolo comunicou sua intenção de renunciar à vice-presidência, apesar da indicação recebida da Aabar, para se alinhar às novas regras de governança.

Ao mesmo tempo, vale destacar também o pedido de demissão de Marina Natale, que deixou o cargo de gerente de estratégia da Unicredit "após ter contribuído para a implementação das ações de reforço de capital do plano estratégico", diz a nota divulgada pela Unicredit.

O ar de renovação da Unicredit parece ter conquistado os investidores. Diante da assembléia, a ação do banco liderado por Mustier se destaca entre as outras blue chips, ganhando 4,98% para 13,49 euros pouco mais de uma hora após o fecho. Um desempenho claramente superior ao da Bolsa, com alta de 1,44% após as quedas dos últimos dias.

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