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Tlc, 2021 em recuperação: o ranking das grandes empresas

Segundo uma sondagem do Mediobanca, depois das dificuldades vividas em 2020 devido à pandemia, em 2021 os TLC vão tentar levantar a cabeça novamente, mas a Europa continua parada – Qual é o maior grupo do mundo? Quem ganha na Itália? Aqui estão os rankings dos principais operadores

Tlc, 2021 em recuperação: o ranking das grandes empresas

A AT&T está firmemente confirmada em primeiro lugar no ranking mundial de TLCs em termos de volume de negócios, enquanto na Europa a Deutsche Telekom domina. A Tim situa-se no décimo sétimo lugar a nível internacional e primeiro no ranking italiano que vê a Ilíada continuar a subir posições, alcançando a quinta posição no final de 2020 com uma faturação de 668 milhões de euros.

De uma forma geral, no primeiro semestre de 2021, o setor das telecomunicações voltou a tentar levantar a cabeça depois das dificuldades vividas em 2020 devido à pandemia de Covid-19 que, apesar do boom do tráfego de dados, viu as receitas continuarem a cair, atingindo os 2020 mil milhões no final de 1.080, uma queda de 1,9% em relação a 2019.

Estes são alguns dos dados contidos nopesquisa da Mediobanca Research Area em 27 grandes empresas globais de telecomunicações com um volume de negócios superior a 10 mil milhões de euros. Um relacionamento 

RANKING MUNDIAL DE TLC

Sete grupos asiáticos, 6 europeus e 4 americanos. Assim é constituído o ranking das grandes empresas internacionais de telecomunicações, liderado em volume de negócios pela gigante norte-americana AT & T, que fechou 2020 com receitas de 140 mil milhões de euros (-7% face a 2016). Em vez disso, ocupa o segundo lugar Vodafone com 105 bilhões, seguido por Deutsche Telekom (101 bilhões) que tira a NTT japonesa da terceira posição (quarta com 94,4 bilhões) graças à aquisição da Sprint do outro Softbank japonês. A Tim é a única empresa italiana a figurar no ranking mundial dos principais grupos de telecomunicações com mais de 10 mil milhões, ocupando a 17ª posição com 15,6 mil milhões de euros de receitas. 

Levando em consideração as margens industriais, é Verizon a subir com uma margem ebit de 23,1%, seguida pela japonesa KDDI (19,6%), pela Lumen Tech (17,4%) e pela dupla China Mobile e America Movil (16,3% cada). PARA Tim por outro lado, a melhor incidência média dos investimentos industriais no volume de negócios no triénio 2018-20 (26%), recorde obtido também graças à compra de frequências para 5G concluída em 2018 e apesar de o grupo investimentos tangíveis sozinhos diminuíram 19% em 2019.

Quanto a 2021, o Mediobanca aponta que “o AT&T spin-off da Warner Media e a venda da Aol e Yahoo pela Verizon em 2021 marcam o possível fim do idílio na convergência entre telcos e produção de conteúdo, com acordos de distribuição entre os dois setores se tornando a rota mais percorrida”.

O RANKING EUROPEU

Na Europa a cena é toda para Deutsche Telekom que no primeiro semestre de 2021 se aproximou de 53 bilhões em receitas (+1,2%). Mais que o dobro do segundo colocado Grupo Vodafone, que nos primeiros seis meses do ano registou um volume de negócios de 22,28 mil milhões de euros (+2,3%). Fecha o pódio Laranja com 20,86. A Tim, por outro lado, é a sexta (7,5 bilhões -2,4%) precedida pela Telefonica (20,83 bilhões) e BT Group (11,5 bilhões).

E NA ITÁLIA?

Na itália Tim (unidade de negócio italiana) continua sem rivais, com um volume de negócios que no final de 2020 ascendeu a 12 mil milhões de euros, menos 8,4% face a 2019. Segundo lugar, com 5,1 mil milhões de receitas (-9,4%) para a Vodafone, seguido por Wind Tre (4,9 bilhões; -3,7%) e Fastweb (2,3 bilhões; +3,6%). Quinto, como mencionado, Ilíada na 5ª posição, que fechou 2020 com faturamento de 668 milhões, alta de 58,3% em relação a 2019. “Excluindo as start-ups (Iliad e Open Fiber) e as menores Eolo, PosteMobile e Linkem, no quinquénio a Fastweb é a única a crescer (+28%), com investimentos industriais superiores à média italiana”, sublinha Mediobanca.

Falando do margens, Wind Tre é a operadora com a maior margem ebit (17,4%) seguida pela BT Italia (16,6%) e Tim (13,4%), com os lucros da Wind Tre em pó (+414%) graças à menor despesa com juros registrada no balanço folha após a reestruturação da dívida realizada em 2019.

AS TELCOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2021

Depois de um 2020 difícil, com receitas em queda de 1,9% para 1.080 mil milhões, no primeiro semestre deste ano as receitas agregadas dos 27 principais operadores de telecomunicações a nível mundial inverteram o rumo, subindo 4,8% para 555,5 mil milhões de euros. Acima de tudo, Ásia e Pacífico (+8,5% para 236 bilhões) contribuíram para o crescimento. Os players das Américas também tiveram bom desempenho (+4,5% para 168 bilhões), enquanto A Europa continua parada (-0,5%) com um volume de negócios agregado de 151,4 mil milhões de euros.

Também no primeiro semestre"os investimentos caíram 2,5%, com os maiores cortes nas Américas e Ásia & Pacífico (-11,1% e -10,1% respetivamente), mas cresceram 20,6% na Europa que tem de compensar os atrasos na implantação do 5G”, sublinha o Mediobanca.

O MERCADO ITALIANO 

Entre 2016 e 2020, as receitas do setor de telecomunicações diminuíram globalmente a uma taxa média ponderada de 2,7%, com a rede móvel em maior dificuldade (-5,2%) em relação ao fixo (-0,3%). A tendência também se manteve nos primeiros seis meses de 2021, período em que as receitas domésticas das operadoras italianas caíram 1,8%, com a maior contração da rede móvel (-5,4%). “A quebra do volume de negócios nos serviços móveis concentra-se nos 3 primeiros operadores (Tim -0,4%, Wind Tre -10,3% e Vodafone -5,2%) com um decréscimo acumulado de 420 milhões de euros”, lê-se no relatório que também destaca o crescimento de dois dígitos da Ilíada (+23,9% no primeiro semestre de 2020). Fastweb também teve um bom desempenho (+6,9%).

Mesmo o crescimento da rede fixa (+1,2%) apresenta zonas cinzentas. Os números são de fato contrabalançados por políticas de baixa aplicadas pelos principais operadores nos respectivos tarifários na pendência do lançamento de serviços de fibra por novos players (Ilíada). “O aperto do contexto competitivo e a necessidade de novos investimentos visando a implantação em larga escala do 5G e o aumento da difusão da fibra tornam inevitável a necessidade de o setor aproveitar as oportunidades de crescimento decorrentes das novas tecnologias digitais (incluindo cloud , serviços de IA e TIC) num futuro próximo”, aponta o Mediobanca.

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