Barcelona, Real Madrid e Juventus em risco de sanções para a Superliga Europeia. Um ano após o lançamento da iniciativa que causou um terremoto no futebol continental, um juiz do Tribunal de Madrid suspendeu a proibição de infligir “punições” aos clubes envolvidos imposta há um ano à UEFA e à Fifa.
Em pormenor, a juíza Sofia Gil validou o recurso da UEFA, revogando as medidas cautelares impostas ao organismo máximo do futebol europeu, que impediam as empresas de serem sancionadas, protegendo-as de possíveis sanções por parte da FIFA e Uefa, mas também de ligas e federações nacionais após a anúncio do projeto que previa a criação de um campeonato semi-fechado constituída por 12 clubes fundadores que, depois da explosão da bomba e face às primeiras – duras – reações das entidades futebolísticas e dos adeptos, foram-se gradualmente dissociando, à exceção de Juventus, Real Madrid e Barcelona.
O magistrado considerou que o Tribunal não tinha “competência ou jurisdição”, para proibir quaisquer sanções. "Cabe aos órgãos disciplinares da UEFA e do TAS (Tribunal Arbitral Desportivo) decidir sobre eventuais sanções contra os clubes", lê-se num documento consultado pelo jornal desportivo espanhol Marca. “Os clubes em questão poderão se opor, solicitando as medidas protetivas cabíveis". O juiz também acredita que "a ameaça de sanções contra os três clubes restantes na Superlega não inviabiliza a realização de um projeto autofinanciado".
Lembre-se que em maio de 2021 UEFA estabeleceu multas de 100 milhões e exclusão das copas por um ou dois anos. Processo suspenso um mês depois com o primeiro ato do Tribunal de Madrid. A nova decisão do mesmo órgão pode agora embaralhar as cartas na mesa.
"A UEFA recebeu hoje o despacho do Tribunal de Madrid, que revoga totalmente as medidas cautelares", lê-se numa nota da organização divulgada pela AP News. “A UEFA saúda esta decisão e está a avaliar as suas implicações. A Uefa não fará mais comentários por enquanto", conclui o comunicado.
