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Serviços públicos em greve: Delrio, atenderá 51% dos trabalhadores

O ministro da Infraestrutura Graziano Delrio está preparando uma revisão da lei de greves que leva em consideração a necessidade de submeter a possibilidade de greve a um referendo entre os trabalhadores, dando luz verde à agitação com apenas 51% dos votos

Serviços públicos em greve: Delrio, atenderá 51% dos trabalhadores

“É grave que uma minoria, por menor que seja, afete a vida de uma cidade quando a grande maioria dos trabalhadores tem opiniões divergentes. Respeitamos todos, mas não podemos aceitar que sejam sempre os mais fracos a pagar”. Estas são as palavras do neo Ministro da Infraestrutura Graziano Delrio ao jornal 'Il Messaggero' sobre o ocorrido na terça-feira em Milão, quando a greve dos caixas eletrônicos deixou o trânsito da cidade de joelhos poucos dias antes da inauguração da Expo. 

O ministro tem em mente uma mudança decisiva de ritmo sobre o assunto regulamentação de greves no setor dos transportes, já que estamos às vésperas de dois eventos marcantes como a Expo e o extraordinário jubileu de Roma. “Temos que dar um salto de qualidade – diz o ministro -. Não podemos deixar encalhados os milhões de visitantes que virão às nossas cidades, nem deixar no chão aqueles que pegam ônibus ou metrô para ir trabalhar todas as manhãs. Qual é o sentido de convidar o mundo a visitar Pompéia se depois os fazemos encontrar os portões fechados? Temos que nos dar novas regras".

E quais seriam as novas regras para o ministro? O ministro fala antes “revisão da lei de greves” vai direto ao cerne da questão: “Decisões tão graves quanto a greve dos transportes em uma cidade devem obter o consentimento da maioria dos trabalhadores. Um pouco como vem acontecendo há algum tempo na Alemanha”. Assim, para o ministro, a decisão de convocar a greve em setores públicos tão delicados como o dos transportes terá que ser votada. “Também é aceitável o 51%” dos consentimentos dos trabalhadores à greve, especifica o ministro Delrio que acrescenta que maiorias maiores (75% é necessário na Alemanha) seriam solicitadas apenas em certas ocasiões particulares. No final – acrescenta Delrio – tudo se resume a uma simples questão de bom senso”. 

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