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Piraccini (Orogel): "Investimos 100 milhões em qualidade"

ENTREVISTA COM BRUNO PIRACCINI, presidente e CEO da Orogel, líder no setor de hortaliças: "Até 2019 completaremos nosso plano de investimentos e as contas somam"

Piraccini (Orogel): "Investimos 100 milhões em qualidade"

Um slogan da empresa testado e comprovado diz que "Quem semeia respeito colhe maravilha". E assim, entre um minestrone congelado e outro, por mais de cinquenta anos Orogel continue crescendo. Em termos de porte e faturamento, sem perder de vista as diretrizes de sua política: redução de desperdícios, proteção à saúde e busca do bem-estar dos consumidores.

O grupo cooperativo Cesena, líder nacional na transformação de frutas e legumes, após um brilhante 2017 (+8% do volume de negócios agregado, para mais de 685 milhões, dos quais 230 apenas com produtos congelados) prepara-se para fechar mais um saldo positivo. E Bruno Piraccini, presidente e diretor geral na sela desde 1978, conta como este ano a Orogel dará um novo impulso ao acelerador para concluir o plano de investimento trienal 2017-19. “Um plano de 100 milhões de euros – explica Piraccini – que afeta nossos estabelecimentos em Pievesestina, os de Policoro, em Basilicata, e Ficarolo, na província de Rovigo, o segmento de produtos frescos e viveiros de plantas, e que está sendo implementado há 40 %. Mas com certeza vamos concluí-lo nos próximos meses.”

O novo armazém da sede, às portas da cidade de Romagna, vai ficar pronto em agosto. “Ele representará a conclusão da terceira área de expansão, com mais um túnel para facilitar a circulação de homens e mercadorias”, garante Piraccini. Acrescenta: “Num contexto de incerteza geral e do que se passa nos mercados internacionais, decidimos continuar a apostar na qualidade dos produtos que fazem bem à saúde, cuidando da logística e da automatização”.

Um sistema de cadeia de abastecimento curta, o da Orogel, que tem aprox. 1.600 produtores engajados no campo aberto com sistemas integrados e orgânicos de produção, Empregados 1.858, 142 toneladas de frutas e legumes vendidos, três fábricas e oito instalações para processamento de produtos frescos. A nível financeiro, as demonstrações financeiras consolidadas 2017-18 indicam um capital líquido contabilístico de 170 milhões (+13%), ativos fixos de 127 milhões (+7%) e uma posição financeira líquida em melhoria, de 11 milhões.

Os dados de vendas, atualizados para novembro de 2018, continuam apresentando sinal de “mais”. “Depois de um 2017 fabuloso – especifica o presidente – o ano passado também foi muito positivo para nós. Os últimos dados da Iri relativos às vendas em super, hipermercados e lojas de desconto dão-nos um aumento de 1,2% em volume e de 3% em valor. E isso diante de um declínio geral no consumo2,7% e 2%, respectivamente”. Uma tendência crescente que entre 2016 e 2018 para Orogel se traduziu em +9% em quantidade e +13% em valor.

Piraccini destaca o peso da participação de mercado da "sua" cooperativa. “No setor de hortaliças, as vendas na Itália, entre a marca Orogel e as marcas próprias, representam 24,9% do total. E em três segmentos – observem os dados em mãos – chegamos a percentagens búlgaras: 45,8% com sopas, 78,2% com purés, 60,1% com alcachofras”. Tudo isto num mercado nacional que, sobretudo através da grande distribuição, absorve 95% da produção. “No exterior, por enquanto, faturamos apenas 5%. Estamos crescendo lá também, mas temos que trabalhar muito em custos”.  

Entretanto, o Grupo já planeou investimentos para o período 2020-22. “Na área de Policoro – diz o presidente – vamos alocar 16 milhões, 15 milhões para Cesena para reforçar os departamentos de embalagem, 10 milhões irão para Ficarolo, outros 6 estão previstos para o viveiro através da empresa Vitroplant. No geral, porém, são números conservadores que só podem aumentar”.

“Afinal – acrescenta Piraccini – em um mercado que continua muito competitivo, para nos tirar da briga e nos diferenciar decidimos focar no conceito de 'beleza'. Queremos que os consumidores entendam que nossos agricultores sabem fazer bem o seu trabalho, que seus produtos eles são coletados a no máximo 50-60 quilômetros de nossas fábricas; que em meia hora, três quartos de hora passam do campo para a linha de beneficiamento e são congelados em três horas”. Em outras palavras, a maravilha continua.

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