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Novo livro de Franco Ferrarotti: “Ciência e consciência. Verdades pessoais e práticas públicas”

“Ciência e consciência. Verdades pessoais e práticas públicas” é o título do novo folheto do sociólogo Franco Ferrarotti, publicado pela EDB (123 páginas, 10 euros). "Este livro - escreve o pai da sociologia na Itália no prefácio - vem de longe e expressa dúvidas e questões atormentadoras que acompanham meu trabalho há mais de sessenta anos"

Novo livro de Franco Ferrarotti: “Ciência e consciência. Verdades pessoais e práticas públicas”

As sociedades industrializadas do terceiro milênio encontram-se confiadas aos cuidados da ciência e baseiam suas decisões em técnicas de previsão social e econômica baseadas na racionalidade. Desta forma, o conhecimento científico torna-se gradualmente uma espécie de nova religião secular, eticamente neutra, justificada pelo seu próprio ser e dotada de uma validade imanente que dispensa imperativos éticos transcendentes. Assim reza a contracapa do novo e interessante folheto de Franco Ferrarotti, o pai da sociologia na Itália.

Na maioria dos casos, a própria neutralidade - lemos - torna-se a tela atrás da qual se esconde o divórcio entre a ciência - inclinada demais a esquecer que não passa de um empreendimento humano - e a consciência. Para conciliar o desacordo é preciso entender que o futuro não depende do simples desenvolvimento, mas da capacidade de avaliação crítica global, ou seja, de uma cultura integrada em que a ciência reencontre sua função em relação ao sentido do homem sem reivindicar para esgotá-lo.

Franco Ferrarotti, professor ememo de Sociologia na Universidade La Sapienza de Roma, diretor da revista La Critica sociologica, membro independente do Parlamento italiano de 1958 a 1963, foi entre 1948 e 1960 um dos mais próximos colaboradores de Adriano Olivetti. Premiado com o Lifetime Achievement Award pela Accademia Nazionale dei Lincei em 2001 e nomeado Cavaleiro da Grã-Cruz do Mérito da República pelo Presidente Ciampi em 2005, publicou La Religione Dissacrante para a EDB. Consciência e utopia na era da crise (2013), Revolução e transcendência (2013) e A utopia concreta de Adriano 0livetti (2014).

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