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Novo digital terrestre: a TV vai ser sucateada? Para Rai, novos problemas

Com a lei do orçamento, ganha vida o caminho para o progressivo desligamento do digital terrestre e sua substituição pelo novo digital de segunda geração. Face à substituição de 9 em 10 televisores Novos cenários para Rai, Mediaset e La7 mas também para Tim, Vodafone e os telefones. E com a chegada do 5G, Amazon, Netflix, Apple TV também entram em campo…

Novo digital terrestre: a TV vai ser sucateada? Para Rai, novos problemas

Nos últimos dias, a notícia de que a Lei do Orçamento actualmente em discussão no Parlamento fala da possibilidade de ter de TVs de sucata que não cumprem os critérios definidos há algum tempo pelas disposições comunitárias sobre a redistribuição das frequências de rádio e televisão. Vamos tentar entender o que está por trás desse aparente espanto.

Em economia, raramente se joga o jogo de soma zero, em que os participantes perdem ou ganham em partes iguais e o resultado é equivalente. Nesta Lei, como sempre aconteceu, há sujeitos que veem oportunidades e outros que, ao contrário, lêem ameaças. E, novamente, como costuma acontecer, as atividades de representação de interesses legítimos intervêm pesadamente tentando adicionar munição ao seu moinho.

Trata-se agora daquela parte da Lei aparentemente voltada para um único setor do sistema produtivo nacional, o sistema de telecomunicações, mas substancialmente interessada a todos os setores da economia e cultura nacionais. Referimo-nos, nomeadamente ao art. 89, onde está escrito da utilização eficiente do espectro e da transição para o 5G e onde estão a ser assumidos compromissos de despesa consideráveis: 2500 milhões de euros provenientes da venda de frequências e utilizáveis ​​até 2022.

deste tópico Primeiro online ficou ocupado num momento insuspeito: e precisamente nessa ocasião foi claramente indicado o roteiro que orientaria a transição do actual sistema digital terrestre, TDT, para um novo modelo onde se prevê a utilização de diferentes frequências, o denominado DVb-T2 o digital terrestre de segunda geração, uma tecnologia considerada "poupadora de espaço". que usa o codec HEVC. As disposições comunitárias que deram origem a esta diretiva, que vincula todos os Estados membros, surgiram relativamente à necessidade de libertar recursos, frequências, a favor da difusão de novas tecnologias úteis para o desenvolvimento produtivo, em particular o 5G, agora visto e considerada a panacéia para todos os problemas.

TVS JÁ À VENDA COM O NOVO PADRÃO

Agora acontece que, de repente, apesar de tudo já ser conhecido de todos, quase parece uma surpresa ter que ler isso grande parte de toda a cadeia de distribuição e recepção de sinais de rádio e televisão terá de ser substituída ou actualizada num determinado tempo e calendário. O plano prevê ainda a reforma integral da numeração, o chamado Lcn que ainda é objecto de litígio, o que indica a posição relativa ao telecomando das várias redes. O resultado final é que mais de 90% das televisões atualmente em residências italianas - segundo algumas estimativas - não serão capazes de receber as novas transmissões e exigirão um decodificador adicional ou a substituição de todo o dispositivo.

Na tarde da passada quarta-feira, o Mise apressou-se a esclarecer, no que diz respeito principalmente aos consumidores, que a substituição dos televisores ou a integração com um novo descodificador de televisão vai ocorrer em horários específicos: "O desligamento com o lançamento da banda de 700Mhz ocorrerá com uma transição de dois anos, de 2020 a 2022, ainda que o governo tenha iniciado o processo já no ano passado quando previu que a partir de 2017 de janeiro de 2 seria obrigatória a comercialização exclusivamente de televisores com tecnologia TXNUMX-HEVC para iniciar com bastante antecedência a substituição natural dos aparelhos.”

Quisemos assim tranquilizar quem já vislumbrou a necessidade de comprar um novo televisor, talvez poucos anos depois de ter comprado o anterior. De facto, o período médio de obsolescência - estimado em cinco anos - de um dispositivo de recepção deve abranger bem o âmbito de aplicação das disposições de Bruxelas e, portanto, os consumidores (com as suas associações já em pé de guerra) podem ficar tranquilos. Com todo respeito a todos, nesse aspecto, aparentemente, o jogo é de soma zero: todos ganham. Permanece, portanto, um tanto misterioso porque uma mutação em andamento bem conhecida de todos, emissoras e operadoras de TLC, foi lida com grande surpresa, em grande parte injustificada.

NOVOS PROBLEMAS PARA RAI

Em vez disso, leia atentamente o que está escrito no art. 89, podemos vislumbrar áreas de conflitos que não são facilmente sanáveis ​​para os interesses dos diversos sujeitos do campo e que merecem alguma atenção. Em primeiro lugar, o primeiro deles: Rai. Apenas esses dias o novo contrato de serviço está sendo definido (actualmente sob vigilância) e um dos pontos cruciais da sua eficácia é a relação entre custos e serviços exigidos do serviço público de rádio e televisão (novos canais, maior impulso para o digital, etc.) onde os primeiros são elevados e os recursos para desenhar são escassos. Nos termos da nova Lei, é claro que os custos de modernização e atualização dos sistemas serão transferidos para a Rai contra uma disponibilidade de investimento muito limitada. Voltando às conhecidas leis da física, onde se assume que o vácuo não existe, quando um espaço fica livre, outros o utilizam. Atenção: não se trata apenas da potência dos sistemas, da altura das torres, da redistribuição dos transmissores no território de forma a garantir 100% de cobertura do território, mas sim do papel, essência e natureza primordial do serviço público de rádio e televisão.

Esta, notoriamente, representa de forma prevalente e evidente aquela modalidade de utilização da televisão comumente definida como “linear” enquanto no panorama da oferta audiovisual se vai afirmando progressivamente aquela definida como “não-linear”, ou seja, aquela em que o conteúdo pode ser usado em tempos e métodos personalizados e, possivelmente, por uma taxa.

NO CAMPO DE BATALHA TAMBÉM OS GIGANTES DA WEB

No horizonte desta revolução das ondas sonoras, portanto, este parece ser o verdadeiro campo de batalha onde os contendores são de um lado emissoras tradicionais como Rai, Mediaset e La7; por outro lado, os operadores Tlc vêem, também através da utilização das novas frequências libertadas com a nova divisão, uma maior capacidade e melhor qualidade dos produtos audiovisuais. mas também para Vodafone, Tim, Wind3 ou Fastweb novos cenários se abrem. "O inimigo está à porta, os vários Amazon, Netflix ou Apple TV estão ao virar da esquina” argumentam aqueles que temem o advento de uma nova tecnologia de transmissão. A pergunta legítima a fazer, portanto, não é tanto se e como os usuários serão forçados a comprar uma nova TV, mais cedo ou mais tarde, mas sim se o desenvolvimento do 5G beneficia ou não quais modelos de uso da televisão.

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