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MONITOR INTESA SANPAOLO – Distritos industriais, recorde de exportações em 2014

DISTRICT MONITOR INTESA SANPAOLO – Resultado extraordinário para as exportações dos distritos italianos nos primeiros nove meses de 2014: atinge o valor recorde de 64,6 bilhões – É impulsionado por 4 mercados principais: EUA, Suíça, Espanha, Reino Unido – Em primeiro lugar artigos de couro e calçado de Florença e depois óculos de Belluno – Mas também há algumas sombras.

MONITOR INTESA SANPAOLO – Distritos industriais, recorde de exportações em 2014

É um quadro de luzes e sombras que emerge da leitura dos dados do comércio exterior provincial divulgados há alguns dias. No terceiro trimestre de 2014, as exportações distritais continuaram a crescer (+2,2% a variação de tendência), mas mostraram sinais de abrandamento, devido à crise russo-ucraniana e, de forma mais geral, ao abrandamento em novos mercados. Graças a 19 trimestres consecutivos de crescimento, as exportações distritais entre janeiro e setembro de 2014 ainda atingiram o novo cifra recorde de 64,6 bilhões de euros, 2,2 bilhões a mais que em 2013.

Este é um resultado extraordinário, atestado por um ritmo de crescimento que nos primeiros nove meses do ano foi superior ao da indústria transformadora italiana (+3,5% vs. 1,6%) e alemã (+3,5%) vs. 2,1%). Estados Unidos, Suíça, Espanha e Reino Unido têm sido o motor das exportações dos distritos: nestes quatro mercados, as vendas aumentaram 1,2 mil milhões de euros em nove meses (+8,4%), mais de metade do crescimento global das exportações distritais. Graças ao dinamismo destes mercados, algumas das mais importantes zonas distritais italianas destacaram-se pela intensidade e dimensão do crescimento, como a marroquinaria e o calçado de Florença, a ótica de Belluno, a ourivesaria de Valência, seguidas das os azulejos de Sassuolo. No entanto, alguns sinais não positivos também emergem da análise dos dados do comércio exterior.

A generalidade das produções distritais fechou o terceiro trimestre em terreno positivo. No entanto, apenas os distritos especializados em electrodomésticos têm mantido um bom ritmo de crescimento, registando uma evolução tendencial de 9,1%, o que de qualquer modo os deixa longe dos níveis anteriores à crise. Taxas de crescimento mais contidas, entre pouco menos de 2% e 3,5%, registaram-se nas restantes principais produções do distrito: mecânica (+1,8%), mobiliário (+2,6%) e materiais de construção (+2,7%), bens de consumo da moda sistema de moda (+2,8%), bens intermediários do sistema de moda (+3,4%). Nesse contexto o número de zonas distritais que sofreram quebra nos valores exportados ascendeu a 58 (num total de 144 concelhos monitorizados). As exportações distritais sofreram nos novos mercados, onde a quebra das exportações foi igual a 1% em tendência no terceiro trimestre de 2014. O abrandamento registado no mercado chinês (+2,2%, face a +9,9% do primeiros três meses do ano) e, sobretudo, as pesadas perdas sofridas na Ucrânia e na Rússia.

Nesta área, perderam-se cerca de 350 milhões de euros de exportações distritais nos primeiros nove meses do ano. As questões críticas presentes no mercado russo não serão resolvidas nos próximos meses: a forte desvalorização do rublo, também causada pelo colapso dos preços do petróleo, cobrará seu preço. Os Estados Unidos continuarão a ser o motor do crescimento distrital. Bons negócios também estarão presentes na Ásia, embora este último deva desacelerar ainda mais. A ajuda ao crescimento distrital deverá vir da depreciação do euro e da (modesta) recuperação da procura interna europeia. No entanto, os riscos continuam a ser numerosos e elevados: o insucesso na resolução da crise ucraniana, as dificuldades crescentes da economia chinesa, as implicações do dólar forte nos países emergentes, os problemas de redução da dívida na Zona Euro, os efeitos do colapso da o petróleo na estabilidade de alguns países produtores.


Anexos: monitores de distrito_janeiro de 2015.pdf

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