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Milão, desta vez Lady Barbara está certa: Galliani e Allegri no banco dos réus

História do Milan: desta vez Barbara Berlusconi abordou todas as preocupações dos torcedores rossoneri que estão fartos do estranho casal Galliani&Allegri após os contratempos em campo e as desastrosas campanhas de compra e venda dos últimos anos – É hora de uma reviravolta e o Cavaliere ele não vai conseguir driblar a ofensiva da filha com tanta facilidade

Milão, desta vez Lady Barbara está certa: Galliani e Allegri no banco dos réus

“Este ano não será como da última vez. Este ano vamos começar voando”. Pouco mais de dois meses se passaram desde esta declaração peremptória de Massimiliano Allegri, o técnico mais odiado da história do Milan desde Gustavo Giagnoni, culpado por ter colocado Gianni Rivera no banco (coisas de 40 anos atrás). Mas ficou ainda pior. Após 11 rodadas, o Milan tem dois pontos a menos que no ano passado, está 19 pontos atrás da líder Roma, a 16 da zona da Liga dos Campeões, enquanto a zona de rebaixamento está muito mais próxima: 3 pontos. Será dito: mas no final há pouca diferença. Mas existem algumas pequenas diferenças.

1) O início desastroso do ano passado convenceu Berlusconi a matar Allegri, e o retorno subsequente não ajudou a mudar sua opinião. Mas no final o Cavaleiro teve que recuar. Não preparou alternativas credíveis (Seedorf nem sequer tinha licença de treinador), mas sobretudo mediu-se contra a dura oposição de Galliani, que se reuniu em torno do seu pupilo. Por esta razão, Allegri não está mais no banco dos réus hoje, destinado mais cedo ou mais tarde (e espero que em breve) a deixar o banco rossoneri. Há Galliani, o indiscutível plenipotenciário da via Turati desde pelo menos 1994, ou desde que Berlusconi trocou a presidência de Milão pela do Palazzo Chigi.

2) Outro déjà vu diz respeito a Barbara Berlusconi, a inquieta BB da dinastia que já havia atirado na gestão Galliani no passado. Ela havia sido dispensada na época como uma criança incompetente e mimada. Hoje o truque é mais difícil. Bárbara escolheu o timing perfeito. Os torcedores furiosos do San Siro, Galliani forçado a deixar a arquibancada sob os gritos e insultos dos VIPs rossoneri. E então os argumentos apresentados parecem mais eficazes do que no passado.

3) Do que Galliani, o vice-presidente, está acusando? De coisas que estão lá para todos verem. O técnico de Leonardo não deixou grandes arrependimentos no Milanello. Leonardo observador do mercado sul-americano, por outro lado, sim, já que foi ele quem trouxe os vários Kaká, Pato e Thiago Silva ao longo dos anos. Não parece que já foi substituído. A campanha de compras assumiu tons grotescos. Após dois anos cortejando Galliani, a Juventus contratou Tevez por 9 milhões de euros. E isso pode acontecer em tempos de austeridade. O que não pode acontecer é que o Milan compre um atacante como Matri da própria Juve logo depois, e por um valor maior (11 milhões), que é o pálido substituto de Tevez. Além disso, é difícil esquecer que há dois meses, diante das perplexidades de insiders e torcedores, Galliani garantiu: “Temos a dupla de zagueiros mais forte do campeonato. Não há necessidade de reforços na defesa”. Onze jogos e 19 gols depois fica claro quem estava certo.

4) O Milan tem uma história pesada, feita de muitas vitórias e campeões com grandes personalidades. Alguns saíram por limite de idade, outros foram acompanhados com a aprovação de Allegri. Em pelo menos um caso foi um erro sensacional: pense em Pirlo, o melhor meio-campista italiano dos últimos vinte anos, vendido por zero euros para a Juve que não parou de vencer desde então. Eles só têm uma coisa em comum: ressentimento em relação a Allegri. Que, tendo carisma e personalidade de sommelier, não tolerava rivais no vestiário. Agora no Milanello temos de tudo, brasões, brincos, tatuagens, menos para quem sabe levar o time pela mão dentro de campo, menos talvez Kaká. E esta situação não muda, seja qual for o resultado do jogo desta noite contra o Barcelona.

5) Por último, rumores de liquidações estelares estão circulando hoje no caso da renúncia de Galliani. O próprio fato de estarmos falando nisso dá uma ideia da dimensão da crise e a obstinação na defesa de Allegri só a ampliou. Na verdade, na realidade, Galliani não arrisca o emprego. Berlusconi hoje também faz a revisão de gastos com o feijão verde, mas, além do folclore, ele nunca rompeu com seu círculo íntimo, o dos Confalonieri, dos Doris, dos Dell'Utri e, claro, dos Galliani. Mas desta vez, ao contrário de um ano atrás, a comparação com Bárbara sai contundida. Por duas boas razões. A primeira é que o Cavaleiro tem uma capacidade extraordinária de deixar todos os seus problemas (judiciais, políticos, empresariais, familiares) em aberto sem nunca realmente fechá-los, e é por isso que ele se encontra na situação em que se encontra: que ele tem muito pouca vontade de abrir uma frente com a filha, a quem entre outras coisas não ofereceu lugares comparáveis ​​aos de Mondadori e Mediaset, mas o Milan mais pobre do ciclo de Berlusconi. A segunda é que Bárbara, neste momento, fala a mesma língua dos fãs.

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