La escuridão da crisemais afiada do que nunca, cai no mercado imobiliário. Nos três primeiros meses de 2012, de fato, as vendas do segmento residencial eles diminuíram 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 136 unidades para 110, número que contrasta com as últimas pesquisas trimestrais, as do final de 2011, que apontavam para fracos sinais de recuperação do mercado.
Para torná-lo conhecido é a Agência Territorial que no comunicado de imprensa hoje divulgado fala abertamente de um "colapso" do mercado imobiliário, especificando que se trata da queda mais acentuada, numa base anual, desde o início da monitorização trimestral em 2004.
O colapso das escrituras no trimestre segue uma trajetória já em curso no mercado, e, afirma a nota do Território “encontra ampla explicação considerando os principais indicadores macroeconômicos referentes a esse período“. Em poucas palavras, a crise explica-se na contração de 0,5% do PIB, no aumento do desemprego e sobretudo na queda acentuada (7%) das despesas das famílias em bens duradouros, enquanto a taxa anual de hipotecas continua a subir.
Tudo isso então soma o clima generalizado de incerteza, o que acaba reduzindo até quem teria possibilidade de gastar a conselhos mais brandos.
O efeito do IMU, por outro lado, ainda é marginal no momento. As escrituras dos primeiros meses de 2012, aliás, já estavam, em sua maioria, no calendário antes da entrada em vigor da lei. As inevitáveis repercussões do imposto municipal, portanto, só poderão ser seriamente avaliadas nos próximos meses.
Também para ser monitorado as flutuações no custo das casas, cujo valor tem se mostrado bastante estável nos últimos anos, mas que não pode deixar de sentir as consequências de uma quebra tão acentuada das transacções.
Além do setor residencial, que constitui a fatia mais popular do mercado, os outros setores também colapsaram. As escrituras do setor terciário diminuíram 19,6% e as do setor comercial 17,6%. A contração no setor produtivo foi menor, mas ainda significativa, -7,9%, enquanto as vendas de garagens recuaram 17,4%.