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Mercados inquietos aguardam Yellen: aumento da taxa do Fed adiado?

Depois de dias de alta tensão nos mercados de ações e títulos, hoje tentaremos entender de Yellen se o Fed pretende ou não adiar o aumento das taxas ao longo do tempo – Estoques de carros se recuperam – Bancos sofrem e MPS queima no saco um dos cinco bilhões de aumento – utilitários e luxo de duas velocidades.

Mercados inquietos aguardam Yellen: aumento da taxa do Fed adiado?

Os mercados, que caíram um degrau do precipício, reagiram graças ao impulso proveniente dos dados do mercado de trabalho e da produção industrial dos Estados Unidos, claramente melhores do que o esperado. O índice Ásia-Pacífico fechou a semana, porém negativo (-0,6%) com tímido +,0.2%. Mas, para confirmar que a situação continua muito delicada, fica a nota negativa de Tóquio, ainda a queda.

No entanto, Wall Street segura a barragem: o índice Dow Jones caiu ligeiramente -0,06%, mas defendeu 16 pontos (16.117 pontos no fechamento), o S&P +0,01% substancialmente inalterado, o Nasdaq subiu 0,28%. A resistência da Bolsa americana serviu de escudo para a Europa, que iniciou uma nova e catastrófica queda pela manhã. 

RECUPERE O CARRO NA EUROPA. MILÃO EVITA A QUEBRA

Em vez disso, no final do dia, a Bolsa de Valores de Londres caiu apenas 0,2%, Paris -0,5%. Os sinais de esperança para amanhã vêm de Frankfurt, onde o índice Dax recuperou no fecho final em +0,1%, apoiado sobretudo no setor automóvel. O índice Stoxx de automobilismo, um dos mais sacrificados nas últimas semanas, avançou 1,8%. graças à recuperação da Volkswagen (+2,2%) e da Daimler (+2,1%). Fiat Chrysler se recuperou e fechou positivo (+0,2%) junto com Pirelli (+1%) e Cnh Industrial (+3,6%). Brilhante Brembo (+2,9%).

Em Milão, o FtseMib caiu 1,2%, mas se recuperou significativamente do deslizamento da manhã (perdeu 4% no meio da sessão), elevando o desempenho desde o início do ano para -4,4%. O euro também esfria, mas não muito, negociado a 1,2811 em relação ao dólar após ter tocado em 1,29. Até o petróleo, após longa queda, recuperou um dólar: o Brent subiu para 86 dólares o barril. Mas o petróleo está a caminho de fechar a quarta semana consecutiva em baixa.

BTPs PERTURBAM, DEPOIS RECUPERAM. AGRADECIMENTOS A BALLARD (FED)

A fonte mais quente da crise, no entanto, diz respeito ao mercado de juros. Ontem a corrida pelo “porto seguro” continuou durante a maior parte do dia, ou seja, os títulos de dívida julgados mais seguros em tempos de crise, em detrimento dos “periféricos”. A rentabilidade do BTP subiu para 2,55%, nas altas do último mês e meio, ante 2,29% no fechamento anterior. O spread aumentou 6 pontos para 173 depois de ter perfurado, cerca de 12, num ambiente de pura histeria.

Em vez disso, a administração do Tesouro anunciará esta manhã a taxa real mínima garantida do novo BTP Itália, o instrumento indexado à inflação nacional – que não existe – disponível aos investidores na próxima semana, de 20 a 23 de outubro. Espanha e Portugal também sofrem. O título de 8,64 anos da Grécia entrou em colapso, seu rendimento subindo mais de um ponto percentual para XNUMX%, um nível não visto em um ano. 

 Por outro lado, o título US T caiu abaixo de 2% contra um rendimento de cerca de 3% em janeiro passado, um comportamento inesperado há apenas uma semana. O crescimento da economia norte-americana, aliado ao fim do tapering, deverá ter-se traduzido numa tendência ascendente das taxas. Entretanto, no momento mais delicado do dia, a obrigação alemã a 0,76 anos registou uma yield de XNUMX%, cotação que confirma por um lado a previsão de uma economia estagnada, por outro os renovados receios da Zona Euro, marcada pelo forte crescimento do Vix, o índice de medo. 

No entanto, à tarde, as tensões foram esfriadas pelas declarações de James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis: os problemas atuais da conjuntura econômica internacional, disse o banqueiro que não goza de fama de pombo, deve pressionar o Fed para rever o calendário das medidas restritivas. Um discurso muito aguardado de Janet Yellen está agendado para hoje. O BCE é quem ainda não se posicionou após a tempestade nas tabelas de preços, que pode até adiar a operação do Abs para dezembro, já tímido demais para animar os mercados. Para hoje está marcada uma palestra do conselheiro Benoit Coeuré. Atendendo aos acontecimentos dos últimos dias, o título diz tudo: "O que o BCE aprendeu com a crise".

MPS JÁ QUEIMOU 1 BILHÃO DE 5 DO AUMENTO

Na Europa, o pior setor é o dos bancos e, como sempre, quando isso acontece, a lista milanesa, abarrotada de instituições de crédito, sofre mais que as outras. Unicredit caiu 3% O projeto da plataforma de crédito reestruturada desenvolvida pela Unicredit em conjunto com Intesa Sanpaolo e Kkr "está indo além das expectativas em termos de prazo", disse o CEO Federico Ghizzoni. Sobre a venda da Umccb, o gestor respondeu o seguinte: “Recebemos a autorização da Diretoria para continuar fazendo o que estamos fazendo. Discutimos separadamente com os dois grupos (Fortress-Prelios e Lone Star) e decidiremos nos próximos dias com quem continuar”.

Compreensão -1,1%. A queda do Monte Paschi foi muito forte (-8,7%) que ontem atingiu um mínimo histórico, chegando a capitalizar quase um bilião a menos do que os 5 que tinha levantado com sucesso no mercado a 4 de julho passado. Preocupações estão sendo sentidas sobre os resultados dos testes de estresse europeus, que serão anunciados no domingo, 26 de outubro. Baque também para Banca Pop.Milano (4,8%). Banco Popolare recupera e fecha em -0,4%, Ubi Banca -3,2%. Entre as outras blue chips financeiras, menos para a Azimut (-3,87%).

A LEI DE ESTABILIDADE NÃO IMPULSIONA UTILITÁRIOS

Os óleos ainda estão em baixa: Eni -0,8% e Tenaris -0,1%. Em sentido inverso, a Saipem fechou em alta de 2,1%. Até os incentivos previstos na Lei de Estabilidade do governo Renzi para favorecer a consolidação das utilities, M igual a mil milhões de euros, ficaram em segundo plano num dia tão negativo. Hera vendeu 1,80% a 1,85 euros, A2A 1,41%, Acea 1,17% a 8,8, Acsm-Agam -3,64% a 1,031 euros, enquanto Snam subiu 0,95% para 4,032 euros. 

A Enel Green Power registrou uma queda de 0,78% para 1,781 euros após o início dos trabalhos de construção de Lalackama II, sua quarta usina fotovoltaica no Chile, por um valor de aproximadamente 32 milhões de dólares. Dia pesado para Enel -1,9% e dia muito pesado para Telecom Italia -4%. Entre os industriais, o StM limita o prejuízo (-0,3%). Em território positivo a Finmeccanica (+1,7%) e a subsidiária Ansaldo Sts (+1,1%). Reduções ainda substanciais para Autogrill (-2,5%) e World Duty Free (-2%).

TOD'S CHUTOU O URSO NA FINAL 

No final, uma bela deixa de Tod's (+3,2%). A ação interrompe uma série de 7 sessões negativas e se recupera das mínimas de janeiro de 2012, alcançando o desempenho mais forte desde o último dia 3 de setembro. Dos máximos históricos (145,5 euros) alcançados há um ano, a Tod's baixou em todo o caso os seus preços para mais de metade, pagando o trimestre abaixo das expectativas e previsões de abrandamento do consumo de luxo em todo o mundo. Até o momento, menos de 10% dos analistas consultados pela Bloomberg (27) sugerem a compra. O preço-alvo médio é de 84,2 euros.

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