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Manobra, fumaça branca. Taxas, hoje o Fed responde a Trump

O acordo Itália-UE sobre a manobra orçamentária alivia o spread, mas os mercados querem saber os detalhes – Hoje o Fed decide sobre as taxas: confronto ou armistício com Trump? – Petróleo em queda livre enquanto o ouro sobe ao seu nível mais alto desde este verão – Piazza Affari perdeu 14,5% desde janeiro

Manobra, fumaça branca. Taxas, hoje o Fed responde a Trump

"Espero que o Fed leia o editorial do Wall Street Journal antes de cometer outro erro, deixando o mercado menos líquido do que já é." Donald Trump continuou, assim, sua cruzada contra o aumento da taxa do Fed. Veremos esta noite se a ofensiva do presidente rompeu o muro do Fed. Enquanto isso, os democratas rejeitaram a hipótese de um acordo orçamentário que permitiria o início da construção do muro ( custou 5 bilhões de dólares) na fronteira mexicana.

Entretanto, enquanto aguardam as decisões da Fed, as tentativas de recuperação dos mercados são complicadas pela aceleração da queda dos preços do petróleo bruto, fortemente desejada pelo presidente dos EUA, que está a pressionar as grandes petrolíferas, bem como as finanças mais expostas no financiamento, via junk bonds, do óleo de xisto norte-americano.

A notícia positiva, pela primeira vez, vem da Itália. Uma mensagem do Whatsapp que chegou da equipe do ministro Giovanni Tria antecipou ontem à noite que existe um acordo com Bruxelas que permitirá à Itália escapar ao processo por infracção. Hoje, provavelmente, os mercados (e os italianos) saberão mais. Incluindo o Parlamento.

ÁSIA FRACA, EXPORTAÇÕES DE TÓQUIO SEGUINDO

O índice Nikkei de Tóquio perdeu 0,7% esta manhã. A Softbank Corp caiu 10% após o IPO da operadora móvel, uma colocação de US$ 62,2 bilhões.

A balança comercial de Tóquio está desacelerando. Em novembro, as exportações do Japão pararam (-0,1%) após +8% em outubro. O iene se fortaleceu em relação ao dólar pelo quarto dia consecutivo, para 112,3, o maior valor desde outubro.

Compare outras bolsas asiáticas. O índice CSI 300 de Xangai e Shenzhen caiu 0,3%. Hong Kong sobe (+0,1%). Sydney cai (-0,2%) sob o peso dos estoques de energia (-0,2%).

O presidente Xi Jingping decepcionou aqueles que esperavam uma abertura na frente tarifária. "Ninguém deve pensar que pode dizer à China o que ela pode fazer", disse ele durante seu tão esperado discurso por ocasião do 40º aniversário das reformas econômicas de Deng Xiao Ping.

T-BOND YIELD CAIU, BOEING BRILHA

Wall Street pouco mexeu à espera das decisões da Fed. O índice S&P500 fechou em +0,01%, ligeiramente em alta do Dow Jones (+0,32%). NASDAQ +0,45%.

Destaque para a Boeing (+3,8%) que anunciou o aumento do dividendo e aumentou o buyback de 18 para 20 mil milhões. Os grandes nomes da tecnologia se recuperam após o declínio prolongado. O mesmo vale para o Goldman Sachs: +2,1% em relação aos mínimos alcançados após o indiciamento na Malásia.

A yield do Treasury Note a 2,80 anos caiu para 2,64%, a do Treasury a XNUMX anos para XNUMX%, ambas em mínimos de três meses.

O BRENT A 56,5 DÓLARES. MAS CONTINUA SAIPEM. OURO A US$ 1.250

A queda livre dos preços do petróleo fez com que o setor de energia caísse em todas as listas de preços. Exxon fechou em -2,74, Chevron -2,42%. Na Europa, quedas na ordem de 2,5% para Shell e Total.

A Eni está se saindo melhor na Piazza Affari, com queda de 1%. Na contramão da tendência estava a Saipem (+0,2%) impulsionada pela expectativa de um acordo com a Novatek para construir plataformas offshore para o projeto Arctic LNG 2 (gás natural liquefeito) da empresa russa, um negócio estimado em 2,5 bilhões de euros.

Brent perdeu mais 5% esta noite. O petróleo do Mar do Norte está sendo negociado a US$ 56,5 o barril, alta de 0,4% esta manhã. A produção dos grandes nomes do setor, Rússia, Estados Unidos e Arábia Saudita, viaja ao máximo. Mas a tendência pode ter acabado. Riad apresentou a lei orçamentária na qual se espera um aumento nas receitas da venda de petróleo para 2019.

O dólar enfraquece em relação ao euro (cruzado em 1,138), o ouro sobe para 1.250 dólares a onça, atingindo seu nível mais alto desde este verão.

MANOBRA, MERCADOS AGUARDAM DETALHES

Os holofotes se acenderam hoje no Btp, aguardando os desdobramentos da manobra italiana após a chegada da notícia do acordo com os mercados fechados. Uma mensagem de um colaborador do ministro Giovanni Tria anunciou que um acordo havia sido alcançado com a Comissão da UE. Pelas características do acordo, fruto das últimas exaustivas negociações para definir os cortes estruturais do acordo (acordados em Bruxelas mas para já desconhecidos do Parlamento) será necessário aguardar a reunião do colégio da UE marcada para esta manhã .

No entanto, não há mais um elemento de incerteza para os mercados de títulos, mesmo que Bruno Rovelli, gerente nacional da BlackRock para a Itália (opinião neutra) argumente: "A verdadeira questão não é tanto a lei orçamentária de 2019, mas a de 2020 e 2021. O principal problema no longo prazo – explicou – é o crescimento fraco, que pode ser explicado por um diferencial de produtividade muito negativo em relação a outros países. De momento não há sinais de que a manobra resolva este problema”, concluiu ao apresentar o 'Global Investment Outlook' para 2019.

LOCAL DE NEGÓCIO -0,26%. A PARTIR DE JANEIRO -14,5%.

A Piazza Affari conteve as perdas fechando em 0,26%, para 18.644 pontos. O índice FtseMib caminha para o Natal com uma perda de cerca de -2018% desde o início de 14,5, ligeiramente pior que a média registada pelo Eurostoxx (-13%) mas também ligeiramente melhor que o desempenho registado pelo Frankfurt Dax (-16,7 XNUMX% desde o início do ano).

De acordo com estimativas consensuais, os múltiplos das blue chips listadas na Piazza Affari alcançaram valorizações fundamentais muito atraentes em termos relativos: o FtseMib registra um P/L médio de 10,4, contra 11,8 vezes do Dax, 14,5 vezes do CAC e 17,7 vezes vezes do S&P500. O retorno esperado em termos de dividendos também está entre os mais atraentes: FtseMib em 4,35% brutos, contra 3,4% do Dax, 3,7% do Cac40 e 2% do S&P500.
Ontem a bolsa alemã perdeu 0,29%, Paris -0,95%, Madrid -1,27%; Londres -1,11%.

O SPREAD COMEÇA NOVAMENTE EM 270 PONTOS

O Instituto Prometeia cortou sua estimativa do PIB da Itália para 2018-2019. O crescimento em 2019 deverá ser de 0,5% (0,9% em outubro), enquanto o de 2018 deverá ser de 0,9% (1% no ano anterior). Globalmente, o instituto vê uma desaceleração do crescimento de 4,1 para 2,9% no próximo ano: as tensões comerciais estão pesando sobre eles.
Em balanço ontem o mercado obrigacionista que, após uma fase em território negativo. recuperou-se na final, com o spread Btp-Bund voltando aos níveis de ontem na área de 270 pontos base.

O rendimento do título italiano de 3 anos permanece abaixo de 2,942%, caindo no final para 2,955%, de XNUMX% no fechamento de segunda-feira.

CADE AZIMUTH (-6%) APÓS A RENÚNCIA DO PRESIDENTE

A pior ação do dia foi a Azimut (-6%). O diretor administrativo Sergio Albarelli renunciou "por opção pessoal e em pleno acordo com os órgãos sociais". A renúncia será válida a partir de 25 de janeiro. Após a sua renúncia, o Conselho de Administração cooptou Gabriele Blei, dando-lhe o cargo de administrador.

Banca Generali também caiu no setor (-1,7%).

Entre os bancos, o Unicredit (-0,2%) chegou a um acordo definitivo e de liquidação do litígio relativo aos 'caixas', com o fundo Caius Capital, que deveria ter pago 90 milhões de euros para evitar mais problemas jurídicos.

Carige está afundando (-13%) após o anúncio do fechamento da operação de securitização non-performing (Riviera Npl), operação já descontada pelo mercado.

MONCLER BOUNCES, NOVA ORDEM PARA PRYSMIAN

Moncler (+2,15%) recupera as últimas reduções; O HSBC reiterou sua "compra" da ação.
A Prysmian ganha cerca de 1,7%, suportada pelo novo contrato conquistado nos EUA. Leonardo também se destaca (+1,5%).

FINCANTIERI E SALINI, AS EMPRESAS PONTE PARA BAIXO

Telecom Italia perde terreno (-1,7%).
Entre as empresas participantes do consórcio "Per Genova", que será encarregado da construção da nova ponte Morandi, Fincantieri fecha em -0,4%, Salini Impregilo -1,6%.

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