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Lombard Odier: aposta em 5B, títulos corporativos entre as classificações BBB e BB

A gestora lançou um fundo de obrigações corporate focado no segmento BBB-BB – A performance ajustada ao risco deste universo, entre 2003 e 2011, situou-se 25% acima do grau de investimento e até 55% acima do 'high yield – Adota como benchmark um índice proprietário baseado nos fundamentos dos emissores.

Lombard Odier: aposta em 5B, títulos corporativos entre as classificações BBB e BB

Para Lombard Odier é hora de investir nos 5Bs. Para a gestora suíça, hoje as oportunidades no mundo dos títulos corporativos estão nos títulos com rating entre BBB e BB, ou seja, empresas localizadas entre a parte mais baixa do segmento de grau de investimento, também chamado de anjos caídos, e a parte mais alta dos altos rendimento, conhecidas como estrelas em ascensão. Principalmente em uma situação de crise, o mundo dos high yields nos expõe a uma situação em que diferentes defaults são esperados, enquanto o grau de investimento rende pouco e vê vendas forçadas disparadas daqueles títulos que são rebaixados, que são assim herdados da área de rating BBB -BB.

“O potencial do segmento BBB-BB está subestimado – disse Stephane Monier, Deputy Global CIO da Lombard Odier Investment Managers que acaba de lançar um fundo de obrigações no segmento, o LO Funds Global BBB-BB – Dados históricos, de fato, mostram que o desempenho ajustado ao risco desse universo, entre 2003 e 2011, foi 25% superior ao setor de grau de investimento e até 55% superior ao de alto rendimento. E se somarmos a isso que o risco máximo de perda visto até agora no segmento crossover é de cerca de 15%, contra 31% no high yield, as oportunidades são claras. Os últimos elementos a considerar são o tamanho do mercado e o número de emissores: o segmento crossover tem uma capitalização global de 2.900 bilhões de dólares contra 1.610 bilhões de alto rendimento”.

O REFERENCIAL BASEADO NOS FUNDAMENTOS

O fundo é administrado adotando um índice proprietário baseado nos fundamentos dos emissores (benchmark fundamentalmente ponderado) como benchmark e, portanto, difere dos fundos de obrigações tradicionais que, usando índices baseados em capitalização, tendem a dar maior peso a empresas, países e setores caracterizados de um nível mais alto de dívida. Os benchmarks fundamentais do Lombard Odier IM, por outro lado, considerando fatores objetivos como indicadores macro, solvabilidade e variáveis ​​sociodemográficas, atribuem maior peso aos emissores com melhores perspectivas de pagamento de sua dívida. “A crise da dívida – explicou Monier – evidenciou os limites da abordagem dominante na gestão de títulos, onde o ponto de referência é dado por índices baseados em capitalização de mercado e ratings. Essa abordagem tende a atribuir um peso maior aos países e empresas mais endividados, enquanto o senso comum sugere, ao contrário, reduzir a exposição a esses emissores, pois à medida que sua dívida aumenta, o risco de falência parcial ou total também aumenta”. Em particular, para os títulos privados, o processo adotado para a construção dos índices fundamentais é dividido em três fases. Inicialmente, o peso geográfico é definido para quatro áreas monetárias (Europa, EUA, Reino Unido e Japão) com base na liquidez, rendimento e contribuição para o PIB global. Em seguida, dentro de cada área, o peso ao nível de cada indústria é calculado com base na sua contribuição para o PIB, desempenho e liquidez da área. Posteriormente, cada emitente é analisado com base em cinco fatores: volume de negócios, alavancagem (rácio dívida líquida/Ebitdar), rácio de cobertura de juros (despesas de juros fixas/rácio Ebitdar), fluxo de caixa operacional sobre dívida total e, por fim, o nível de crescimento dos resultados relativos ao nível da dívida. Para os bancos, para além do volume de negócios e alavancagem, os outros critérios diferem dada a especificidade do setor.

O GOVERNO GLOBAL DE FUNDOS DE LO

Juntamente com o LO Funds Global BBB-BB (gerenciado por Kevin Corrigan), Lombard Odier também lançou o LO Funds Global Government, um fundo de títulos do governo que investe em países da OCDE (gerenciado por Gregor McIntosh). Também aqui é adotado um índice proprietário baseado nos fundamentos dos emissores (benchmark fundamentalmente ponderado) que leva em consideração três indicadores macro: fatores econômicos (tamanho e crescimento do PIB), qualidade de crédito (dívida pública/PIB, dívida privada/ PIB, dívida externa/PIB, défice/PIB e balança corrente/PIB) e por fim as variáveis ​​sociodemográficas (envelhecimento da população e índice de miséria). O peso de cada emitente é assim determinado com base na pontuação atribuída a cada fator de avaliação.

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