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Sicília quer o primeiro Green Energy Valley

O ministro Costa visita a refinaria de Milazzo, onde está se concretizando um projeto de requalificação energética da região. No centro do plano estão as tecnologias inovadoras da Eni.

Sicília quer o primeiro Green Energy Valley

O ministro do Meio Ambiente, Sergio Costa, esteve em Milazzo, local de uma das maiores refinarias da Itália. Um sinal do governo para áreas de alto risco ambiental? Para ambientalistas e sicilianos foi um evento importante, mesmo que eles lembrassem que eles lutam aqui desde 2006 por uma completa reconstrução territorial. O dia de Costa rendeu muitas boas declarações que, no entanto, precisarão ser verificadas nas próximas semanas. Principalmente pelo dinheiro que será gasto na revitalização da área. Mas quem sabe se o primeiro "Green Energy Valley" italiano também nascerá aqui mesmo, no bairro da Apple. Um projeto ambicioso, emprestado dos problemas ambientais críticos da área devido à forte poluição produzida pela refinaria histórica. Daquelas chaminés em frente às Ilhas Eólias que enchiam páginas de reclamações do Legambiente, da nossa Itália, dos verdes, da esquerda, até que há poucos dias surgiu um plano de conversão energética. 

A Just Italia Nostra cedeu espaço ao projeto idealizado por um engenheiro siciliano – Giuseppe D'amico – que em breve deverá participar numa mesa técnica com a direção de topo da ENI para verificar as suas intenções. As notícias locais são tranquilizadoras. Tudo é percebido como um ponto de viragem, um  operações de negócio de economia circular que veria nascer uma "Refinaria Verde". A Eni está envolvida, pela sua tecnologia Ecofining, que produz gasóleo verde de qualidade a partir de óleos vegetais. É o parceiro mais importante para realmente entender o que e como fazer . Se conseguirmos substituir os combustíveis fósseis por renováveis ​​– explicou D'Amico – iniciaremos um processo que eliminaria os principais poluentes produzidos atualmente, como o enxofre e os policíclicos aromáticos. Afinal, a gigante da energia já realizou essa operação em 2013 nas usinas de Porto Marghera. E algo também está em andamento na outra grande refinaria siciliana em Gela. 

O timing é importante porque as novas tecnologias têm de lidar com a concorrência e os investimentos de médio e longo prazo. A Sicília, coincidentemente, nas últimas semanas enfrenta o novo plano regional de energia com uma grande quantidade de investimento. Não seria tolo juntar as necessidades de grandes indústrias e territórios (muito cansados ​​de impactos energéticos negativos) para dar pernas ao projeto "Green Energy Valley". O ministro Costa, aproveitando a visita, pode estimular as partes envolvidas. 

Quando o projeto D'Amico foi apresentado no estaleiro Zeta, em Milazzo, os ambientalistas se referiram a documentos temáticos das Nações Unidas. Como todas as propostas inovadoras sobre o tema das reduções das mudanças climáticas, o projeto tem a ambição de eliminar a dependência do petróleo na Itália e além. É pouco provável que tal aconteça a médio prazo, não obstante os objetivos de descarbonização até 2030. Uma meta, sem dúvida, mas ainda com muitos obstáculos. No entanto, cabe perfeitamente a referência ao relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) das Nações Unidas de Katowice em 2018, por aqueles que se preocupam com o destino desta parte da Sicília. Os cientistas indicaram a necessidade de destinar algo como 7 milhões de km2 no mundo para o cultivo de biomassa para a produção de biocombustíveis. Aqui, onde a recuperação de terras e uma longa série de outras intervenções de regeneração estão atrasadas, há uma necessidade de gastar dinheiro com sabedoria, além de ser verde. New Valley seria a saída. Talvez em nível de governo, outros possam ser imaginados em outras Regiões. A refinaria de Milazzo seria totalmente reformada em poucos anos e sem comprometer empregos. Se for alcançada uma síntese – como se espera – serão criados espaços para a produção de química verde, para bioplásticos e suportes para negócios relacionados. Uma nova concepção de produção de energia quase 60 anos após sua inauguração.

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