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A publicidade digital prepara-se para ultrapassar a dos jornais e da televisão

WEBJORNALISMO – Segundo a pesquisa do Pew, a publicidade digital tem um diferencial porque é direcionada a um público-alvo – Google, Yahoo, Facebook, Microsoft e AOL deixam apenas as migalhas para os jornais – A resposta do Wall Street Journal.

A publicidade digital prepara-se para ultrapassar a dos jornais e da televisão

O Pew Research Center for Excellence in Journalism divulgou mais más notícias para os jornais impressos. Em pouco tempo, a publicidade digital ultrapassará a dos jornais e revistas e ultrapassará a da televisão até 2016. Nunca na história um segmento de receita de publicidade cresceu em um ritmo tão rápido, mas a má notícia é que as organizações de mídia tradicionais estão lutando para ganhar sua fatia. Segundo a eMarketer, em 2009 as cinco maiores empresas digitais arrecadaram 63% da publicidade online nos Estados Unidos, no ano passado a participação subiu para 72%. Em apenas três anos, Google, Yahoo, Facebook, Microsoft e AOL aumentaram suas receitas em US$ 3,5 bilhões, deixando os sites de jornais com nada além de migalhas.

O verdadeiro problema é que enquanto os grandes buscadores disponibilizam os perfis de seus usuários aos anunciantes, permitindo assim que a publicidade chegue apenas a pessoas interessadas em determinado produto, as concessionárias de jornais ainda almejam uma arrecadação tradicional, voltada para todos os usuários conectados indistintamente. É opinião comum dos especialistas que só a publicidade dirigida a alvos específicos tem futuro na web e isso explica a obsessão do Google e do Facebook por qualquer informação sobre nossa vida privada, nossos gostos e os de nossos amigos.

Mas de acordo com Ken Doctor, autor de "Newsonomics", um livro interessante sobre o futuro da informação, há esperança. Basta estudar com atenção como o Wall Street Journal está inserindo anúncios em sua edição para tablet para entender que até os jornais podem dar passos importantes para melhorar suas contas econômicas. Os aplicativos publicitários do WSJ são totalmente interativos e permitem ao leitor conhecer melhor as ofertas feitas pelo anunciante. Se for oferecido um plano de investimento, será assim possível analisar tabelas comparativas, estatísticas e análises sobre a evolução da economia global. Caso o estado da Virgínia queira comunicar que é o melhor lugar para abrir um negócio, no aplicativo será possível fazer um comparativo com as propostas de outros estados, ouvir um breve discurso do governador, assistir a vídeos.

É um pouco mais complicado e cansativo do que colocar um anúncio tradicional ou comercial online, mas neste momento não parece haver muitas outras alternativas válidas: os cinco gigantes digitais também vão devorar tudo o que puderem no futuro e a competição no mercado de sobras será cada vez mais acirrada.

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