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Juve bate Udinese e marca +5 na Roma que conquista o Nápoles

Erro de Hernanes e Buffon dá gol à Udinese, mas Dybala assume a cadeira e com dois permite que a Juve volte e vença (2 a 1) ampliando a vantagem na classificação sobre o rival – Colpaccio da Roma que conquista o Nápoles (1 a 3) e fica com o segundo lugar ao ultrapassar a equipe de Sarri.

Juve bate Udinese e marca +5 na Roma que conquista o Nápoles

O sulco se alarga. A Juventus também vence a Udinese e, graças à vitória da Roma sobre o Napoli, aumenta ainda mais a diferença para o vice-campeão. Que é agora a equipa de Spalletti, a 5 pontos da Senhora face aos 7 que separam a de Sarri, testemunhando que este scudetto, embora longe de ser atribuído, parece mesmo um jogo a preto e branco. Um sucesso importante, mas não óbvio, para a Juve: a Udinese, evidentemente regenerada pela cura de Delneri, fez um excelente jogo e arriscou pelo menos quebrar o empate várias vezes. No entanto, os campeões italianos podem se alegrar, mesmo considerando o grande número de titulares deixados para descansar por Massimiliano Allegri. Aliás, entre lesões e reviravoltas, Chiellini, Bonucci, Pjanic, Khedira, Dani Alves e Higuaín estiveram ausentes do onze inicial: apesar disso, chegou uma vitória, a sétima em 8 jornadas. “Foi uma partida complicada também por nossa causa, poderíamos ter finalizado antes – pensou Massimiliano Allegri. – Posto isto, os rapazes estiveram bem, não foi fácil jogar com todas as ausências que tivemos. Depois a Udinese se preparou bem para a partida, depois fomos bem no segundo tempo para mudar alguma coisa e tirar pontos de referência. Somos os primeiros no +5 da Roma mas ai de falar em desmembramento, temos que continuar a pensar dia após dia”. A partida no Estádio foi tudo menos simples, até porque foi a Udinese quem abriu o placar. Depois de meia hora de ritmo substancialmente baixo, os friulanos encontraram o sensacional golo do 0-1 com Jankto, ainda que a rede, mais do que o remate do checo, tenha sido abalada pelos erros de Hernanes e Buffon, tendo o primeiro distraído ao perder a bola no limite da área, o segundo longe de ser inocente na tentativa de ressalto (34'). Mas aí Paulo Dybala assumiu a cadeira e o jogo voltou a piscar na direção da Juve. O argentino, já com posse de bola desde os primeiros minutos (ao contrário de seu companheiro de equipe Mandzukic), primeiro encontrou o empate com uma bela cobrança de falta da entrada (43'), depois assinou o passe convertendo o pênalti obtido por Alex Sandro (51'). As hierarquias foram restabelecidas no início do segundo tempo, mas a Udinese certamente não ficou parada assistindo. Os friulanos arriscaram várias vezes a sofrer o 3-1 (sobretudo com a oportunidade de Alex Sandro) mas também a encontrar o 2-2 (a defesa de Buffon a um cabeceamento de Adnan foi fundamental). No final, com uma pitada a mais de sofrimento do que o esperado, os campeões italianos conquistaram mais uma vitória da temporada, aquela que, como já referi, permite a todos os efeitos falar em fuga. 

A Roma contribuiu para os festejos deste sábado da Juve, capaz de vencer o San Paolo no melhor jogo da sua temporada. O 3-1 com que os giallorossi têm regulado o Napoli é um sinal de força bonito e bom, embora só aumente as dúvidas sobre quem pode realmente jogar pelo Scudetto até ao fim (supondo que haja alguém capaz de o fazer). O grande vencedor é certamente Spalletti, capaz de frear o colega Sarri com uma partida inteligente e bem preparada, baseada no fechamento de espaços e reinícios cirúrgicos, além do aproveitamento perfeito das bolas paradas. “Fizemos uma boa exibição e obtivemos a vitória frente a uma grande equipa – exultação do treinador giallorossi. – Estou muito feliz pelos meninos e pelo Dzeko, alguém que ainda pode melhorar apesar de ter marcado dois gols." Por outro lado, muita desilusão na frente do Nápoles, onde temos de lidar com a segunda derrota consecutiva depois da do Bérgamo. A Azzurra continua sendo um time excelente, Deus me livre, mas sofre quando encontra adversários fechados e prontos para competir. E se são os primeiros a perder, dificilmente conseguem se reerguer, aliás as dificuldades se tornam ainda maiores. “Na primeira parte erramos e ficamos por baixo, altura em que conseguiram aproveitar os nossos espaços – analisa Sarri, na primeira derrota caseira (no campeonato) da sua gestão. – Não vi um time chato, acho que os episódios nos castigaram acima de tudo. Agora temos que trabalhar de frente para resolver os problemas que surgiram nos últimos tempos”. Já os grandes protagonistas em campo são certamente Dzeko, Salah e Florenzi, os dois primeiros por terem deixado a sua marca no marcador, o terceiro por um jogo de grande profundidade, ainda por cima potenciado por uma assistência. O golo decisivo surgiu no final de uma primeira parte equilibrada: erro de Koulibaly, cruzamento de Salah num beijo e remate de Dzeko (43’). O bósnio voltou a fazê-lo no início da segunda parte ao cabecear um livre de Florenzi (54’): com os dois de ontem já são 7 golos no campeonato, nada mal para quem, há uma temporada, marcou apenas 8 e quem hoje, ao contrário, olha para todos desde o topo do artilheiro. Koulibaly pensou em devolver a esperança ao Nápoles (cabeçalho aos 58 minutos), antes de Salah contra-atacar para marcar definitivamente o triunfo da Roma (85'). Em suma, as hierarquias por trás da Juve mudaram. Para subir o último degrau, porém, muito mais será necessário.

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