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Internet via satélite, até a Amazon esquenta os motores. E as conexões se tornam planetárias

Os gigantes da web e das novas tecnologias estão mobilizados. Após o lançamento do StarLink de Elon Musk, vem o Kuiper de Jeff Bezos. Nenhuma competição direta com sistemas celulares, mas sim uma sinergia para trazê-los até onde atualmente não é possível

Internet via satélite, até a Amazon esquenta os motores. E as conexões se tornam planetárias

Internet a qualquer hora, em qualquer lugar, mesmo que isso signifique travar uma batalha no espaço. No bom sentido, claro. No desafio da Internet via satélite a preços finalmente acessíveis, os gigantes se enfrentam. Elon Musk abriu caminho com o seu StarLink, a quem devemos um meritório presente aos povos e exércitos que estão do lado dos "mocinhos" no guerra na Ucrânia (não apenas entre campos de batalha, mas também a serviço de cidadãos russos que o regime cortou de comunicações não oficiais). StarLink continua a crescer: o serviço SpaceX de Musk tem atualmente mais de 3.600 satélites e cobre 25 países com mais de 145.000 usuários. E agora Jeff Bezos, dono da Amazon, está pronto para sair e gostaria de tornar operacional sua rede de Internet via satélite "Kuiper” (o nome evoca o pai das ciências planetárias modernas) até 2026 com pelo menos metade dos mais de 3.200 satélites que devem cobrir quase todo o globo nos próximos anos: deve ser planejado nas próximas semanas (após alguns atrasos em comparação ao cronograma original) o lançamento dos dois primeiros satélites, que funcionarão como protótipos, utilizando o novo foguete transportador "Vulcan Centaur" da United Launch Alliance, uma parceria entre as duas grandes Boeing e a Lockheed.

ECONOMIA ESPACIAL: O DESAFIO DE BEZOS AO MUSK

O sistema Bezos, que prevê um investimento total de cerca de 10 bilhões de dólares, promete ter recursos inovadores até mesmo em relação ao StarLink. De facto, foi pensado desde o início para oferecer uma dupla utilização: para além da ligação directa aos satélites através de pequenas antenas a apontar para o céu, tal como o sistema concorrente, promete também fazer a ponte entre os grandes backbones globais da Internet para conectar sistemas celulares semelhantes aos já difundidos (4g-Lte e 5g), que poderão assim chegar também àquelas áreas onde a ligação às redes internacionais necessárias à criação de sistemas celulares locais é agora difícil ou impossível. Uma modalidade que pode naturalmente ser utilizada (a questão diz respeito a estratégias comerciais) também por outros sistemas concorrentes, como aliás já está a planear a StarLink que já está a desenvolver uma solução que entretanto permitirá a ligação direta por satélite a dispositivos celulares normais configurados para esta modalidade .

O sistema Kuiper de Bezos também fornece, como o StarLink, satélites de órbita baixa capaz de se conectar com terminais terrestres de potência de transmissão relativamente baixa conectados a pequenos painéis de antenas menores do que aqueles que todos usamos para TV via satélite. Antenas cujas características já foram divulgadas pelos criadores do Kuiper nos dias de hoje. A antena destinada a usuários domésticos e pequenos negócios tem área retangular não superior a uma folha de papel A4 com espessura de 2,54 centímetros (uma polegada) e peso de pouco mais de dois quilos: deve garantir, com o roteador fornecido, velocidade de Aproximadamente 400 megabits por segundo (Mb/s) em download com custo dos aparelhos a cargo do usuário (que poderá colocar a antena sozinho com um simples guia interativo, como aliás acontece com o StarLink) em torno de 400 dólares.

SATÉLITE, ANTENAS E CUSTOS FINAIS

Uma antena ainda menor e mais barata também está planejada (equivalente a um prato de frutas e pesando menos de meio quilo) que, no entanto, limitará o desempenho a 100 Mb/s no download. Já para quem precisa de maior desempenho, prevê-se uma antena um pouco maior, com área equivalente a uma frigideira de satélite, mas sempre de formato retangular, o que deve permitir atingir velocidades em torno de um gigabit por segundo (como uma boa fibra terrestre ligação óptica). Preços das assinaturas? Ainda por definir, mas se olharmos para os primeiros tarifários lançados pela StarLink i custos finais, certamente proporcionais à velocidade de ligação garantida, não deverão ser muito superiores aos de uma ligação normal de banda larga garantida por infraestruturas terrestres.

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