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Tesouro aposta no BTP de 50 anos, Wall Street espera o Fed

Btp 50 terá cupom de 2,80% - Depois da venda da Apple e da despedida das bolsas do Morgan Stanley, os mercados aguardam as movimentações de Powell sobre as taxas

Os mercados de ações aguardam a audiência de amanhã no Congresso do presidente do Fed, Jerome Powell. Após os brilhantes dados sobre o emprego nos EUA, a hipótese de corte de meio ponto nas taxas desapareceu e os mercados não perderam para alinhar os preços das blue chips para baixo, a começar pela Apple (-2,2%), após a "venda" anunciada pelos títulos da Rosenblatt, que prevê uma "significativa deterioração das perspectivas de mercado" nos próximos meses, em linha com o alerta lançado ontem pelo Morgan Stanley: salvo uma intervenção excepcional do Banco Central ou um acordo sobre tarifas, este é o diagnóstico, não há razão para uma alta nos preços das ações.

A situação na Europa é diferente. A fraca economia da Alemanha torna necessárias medidas expansionistas já na próxima reunião do BCE, em benefício dos parceiros mais fracos. O Tesouro italiano aproveitou, apressando-se ontem a lançar o BTP de 50 anos com cupom de 2,80% e vencimento em 2067º de março de XNUMX, antecipando as emissões de governos e pessoas físicas prontas para entrar na "moda" verão do euro.

COREIA PEDE INDENIZAÇÃO DE GUERRA EM TÓQUIO

A Ásia começa a fechar em território negativo, sob a pressão dos maus sinais vindos da Apple e de outras corporações norte-americanas.

Hang Seng de Hong Kong perde 0,8%. O governo da ex-colônia britânica anunciou esta manhã a revogação da lei de extradição para a China, após novos fortes protestos. O índice Csi 300 das listas de ações de Xangai e Shenzhen também caiu (-0,6%).

No geral, o dólar se fortaleceu em relação às suas principais contrapartes na Ásia, mas não em relação ao renminbi da China. O euro se movimentou pouco, em 1,121 contra a moeda norte-americana.

O ouro é negociado a US$ 1.397 a onça, queda de 0,1%.

Pouco movimento Tóquio (-0,1%), atingida por um diferendo com a Coreia do Sul que reacende as feridas nunca fechadas da história: um tribunal de Seul condenou o Japão a indemnizar os milhares de deportados para trabalhos forçados, durante a ocupação do país, entre 1910 e 1945. A moeda coreana, o won, está em seu nível mais alto no último mês em 1.180. O índice Kospi foi fraco (-0,2%) devido a temores de represálias no fornecimento de componentes japoneses para a produção de chips.

ATÉ A ARÁBIA ESTÁ SE Afastando da Boeing

Os mercados dos EUA caíram ontem à noite. Além da desaceleração da Apple, pesa a queda da Boeing (-1,3%) depois que a Arábia Saudita anunciou a retirada de encomendas do Max 737 em benefício da Airbus.

Finalmente, as previsões para a campanha trimestral que começa na próxima semana não são boas. Como resultado: Dow Jones -0,43%, S&P -0,48%, Nasdaq -0,78%.

A desaceleração da economia também está pesando sobre a demanda por petróleo, que está em baixa apesar da situação quente no front iraniano. O Brent caiu para 63,87 dólares o barril.

Preços do petróleo positivos ontem na Piazza Affari: Eni +0,8%, Saipem +1,7%, Tenaris +2%.

BANCO DEUTSCHE FECHA EM VERMELHO, BASF KAPUTT

Na Europa ontem a recepção dos mercados ao Plano de reestruturação do Deutsche Bank, em queda livre após uma largada bem-sucedida. a ação caiu para -5% no fechamento, de +3% no início da sessão. Esta foi a resposta do mercado ao plano de reestruturação do Banco de 8,3 mil milhões de euros, que prevê a redução de um quinto do quadro de pessoal para 74.000 mil, o encerramento das atividades de negociação de ações e a criação de um banco mau no qual serão aportados ativos de 74 mil milhões de euros. Um sinal negativo para as ações europeias, que no entanto, segundo o Morgan Stanley, é a que está destinada a cair menos nos próximos meses, aguardando o repasse ao BCE.

A Piazza Affari fecha quase equilibrada (-0,04%), com 21.976 pontos.

Fechando em perda fracionária para Madrid (-0,46%), sem emoções Paris (-0,08%) e Londres (-0,07%). Francoforte -0,2%. A produção industrial na Alemanha, por outro lado, cresceu 0,3% mensalmente em maio. Na comparação anual, a queda foi de 3,7%. A gigante química Basf recua 5% após o alerta de lucro devido às condições adversas de demanda.

ATENAS PARA BAIXO, MAS AS OBRIGAÇÕES VOAM. EMS: NÃO VAMOS DESCONTAR

Atenas -2,15% depois a vitória da direita nas eleições. Para esfriar o entusiasmo da Bolsa pelo novo governo decidiu renegociar os acordos com Bruxelas (a Grécia se comprometeu com um superávit orçamentário de 3,5% até 2022) pensou Klaus Regling, chefe do Mecanismo Europeu de Estabilidade : "Trabalhamos com todos governos - disse - respeitamos todos os programas, desde que não esqueçamos os compromissos assumidos".

Mas a recuperação dos títulos helênicos continua. O título de 14 anos caiu para uma baixa histórica, com os rendimentos caindo quase 2,014 pontos base, para XNUMX%.

TESOURO APOSTA EM 50 ANOS, 5,5 BILHÕES DE BTP EM LEILÃO

Volumes e mudanças modestas ontem no mercado de títulos. A taxa de 1,79 anos fechou em 1,75%, de 217% na sexta-feira. O spread aumenta para 211 pontos (de XNUMX).

À noite, o Tesouro anunciou que reabrirá amanhã a oferta da emissão de BTP de 50 anos, cupom 2,80% e vencimento em 2067º de março de XNUMX, por meio de colocação sindicalizada.

Na quinta-feira, dia 11, o Ministério da Economia vai leiloar entre 4,5 e 5,5 mil milhões de euros. Em detalhe, serão disponibilizados 2,5-3 mil milhões de euros do Btp a 3 anos em julho de 2022 e 2-2,5 mil milhões de euros do Btp a 7 anos em julho de 2026.

UNICREDIT PAGA EM DINHEIRO COM FINECO, ABREM NA CARIGÉ

Com a bolsa fechada, a Unicredit (-1,77%) anunciou a colocação dos restantes 18,3% ainda detidos no FinecoBank, ontem -3,6%, através de um bookbuilding acelerado destinado, segundo uma nota, "a certos investidores institucionais" que ficará concluído já esta manhã.

O banco liderado por Jean-Paul Mustier e o Bper Banca (-1%) estariam a negociar com o Tesouro a aquisição do Banca Carige sem qualquer desembolso e apenas após uma limpeza total dos créditos malparados, no valor de cerca de 3,5 mil milhões de euros. O restante do setor foi negativo, com exceção de Mps, que continua sua corrida (+3,71%) após a tentativa de correção na largada; o mercado continua valorizando o processo de redução de risco do Banco. Ubi Banca -1,4%: Generali (+0,3%) gostaria de se tornar o parceiro segurador exclusivo da instituição.

PIRELLI, A MELHOR BLUE CHIP. COMPRAS NA JUVENTUS

A principal tabela de preços é apoiada pela Pirelli (+3,06%), com analistas do JP Morgan que elevaram o preço-alvo, e Juventus (+2,45%), animada pelo mercado de transferências.

A Geox vende com um salto de 7,5% com volumes muito expressivos, igual a mais de 6 vezes a média de 30 dias. A bolsa voltou aos níveis de meados de maio, perto de uma importante resistência técnica em 1,45 euro.

MEDIASET FICA PARADO, RAI WAY AVANÇA, TIP ENTRA SESA

Fortes vendas na Mediaset (-2,43%, para 2,81 euros), a um passo dos 2,77 euros que representam o limiar para o exercício do direito de retractação por parte dos accionistas que não pretendam participar no projecto de criação de uma holding holandesa que irá fundir as atividades de TV na Itália e na Espanha da Biscione.

Em vez disso, Rai Way está avançando (+2,4%). Sob a direção da F2i, Rai e Mediaset estudam uma operação para combinar as torres de televisão Rai Way e EI Towers.

A Tip adquiriu o controle de 14,5% da holding proprietária da Sesa, operadora de referência na Itália no setor de soluções e serviços de TI de valor agregado para o segmento empresarial listado na Star com uma capitalização de cerca de 450 milhões.

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