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Petróleo volta a assustar os mercados

A Meteoborsa relata nuvens nos mercados após a óbvia recusa do Irã em congelar a produção de petróleo. Arranque em baixa na Europa - Apetite ao risco cai e leilões do Tesouro começam hoje - O projeto de casamento entre as bolsas de Londres (e Milão) e Frankfurt não é suficiente para reanimar os mercados - Credit Suisse: Intesa é o melhor banco da Europa – Lançamento Tamburi “Asset Italia” para novos investimentos.

Petróleo volta a assustar os mercados

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Al Naimi, escolheu Houston, sede da maioria das rivais do petróleo de xisto, para reiterar que a produção de petróleo do reino não cairá na ausência de um acordo entre os grandes nomes do setor. A resposta do Irã está pronta: o pedido para congelar nossas exportações de petróleo é "simplesmente ridículo". Assim voltou o grande frio na frente do petróleo, com consequências negativas imediatas para os mercados financeiros. A Piazza Affari abriu em baixa (-1,01 às 10,13h1,0999 da manhã de quarta-feira), quando o euro/dólar fixou 139 em linha com a véspera e o spread subiu para XNUMX pontos. Outras capitais europeias também abriram em baixa.

Os preços do petróleo caíram fortemente: Brent -4,1% para 33,27 dólares em Londres, WTI -4,6% nos EUA. Correspondentemente, o índice de ações de petróleo em Nova York caiu 3,2%. A pior blue chip foi a Chevron, com queda de 4,5%. A Eni também sofre as consequências da queda do petróleo bruto na Piazza Affari e fecha a sessão em baixa de 2,1%, Tenaris -3,6%. 

As ações financeiras estão pagando um preço alto: o JP Morgan cai 4,2% depois de anunciar que vai destinar mais 500 milhões de dólares para cobrir perdas no setor de energia.

A desaceleração de Wall Street é inevitável: Dow Jones -1,14%, S&P 500 -1,25%. Pior foi o Nasdaq (-1,47%). Após as contas, os preços da Fitbit, fabricante de pulseiras eletrônicas para fitness e esporte, despencaram: -20,8%.

 A queda do yuan contribuiu para complicar o desempenho das bolsas depois de o banco central chinês ter decidido na manhã desta terça-feira baixar a referência da taxa de câmbio para o valor mais baixo dos últimos seis meses. Enquanto isso, a confiança do consumidor americano caiu para seu nível mais baixo desde julho.

Apesar dos sinais negativos, Stanley Fischer, número dois do Fed, acredita que é "muito cedo" para medir as consequências do petróleo e da China sobre o crescimento. Portanto, na opinião do líder dos “falcões” do Banco Central, novas altas de juros devem ser feitas.

ATITUDE DE RISCO QUEDA: ANO JAPONÊS DE 0,0004 ANOS EM -XNUMX%

A tempestade continuou nos mercados asiáticos esta manhã. Tóquio recua (-0,7%), afetada pela valorização do iene, próximo ao seu maior valor em 15 meses. O rendimento dos títulos do governo de dez anos caiu para -0,0004%. As bolsas de valores chinesas também estão fracas. Mas o desempenho de Hong Kong (-1,8%) é sobretudo de acompanhar. A queda do Standard Chartered (-6,8%) foi expressiva, depois que o Banco, especializado em mercados emergentes, fechou o ano no vermelho como não acontecia desde 1988. A gigante de commodities Bhp Billiton sofreu queda de 9,8%, a pior derrota em uma sessão desde 2008.

MILÃO DEIXA 1,9% NO TERRENO. LEILÕES DO TESOURO EM CURSO

Neste contexto, é muito provável que continue a descida das bolsas europeias, já sofridas ontem. Os futuros sinalizam uma abertura em baixa de 1,5% em Frankfurt e de 1,4% em Paris. Londres está a aguentar-se melhor (-0,4%), mas apenas devido à pressão descendente sobre a libra, ainda sob pressão devido ao fator desconhecido do Brexit.

Em Milão, o índice FtseMib encerrou a sessão de ontem com queda de 1,9%, com queda também nas demais Bolsas: Paris -1,4%, Frankfurt -1,6%, Madri -1,3%.

Os títulos públicos da periferia também estão sob pressão às vésperas dos leilões do Tesouro. Hoje o Btpei (de 500 milhões para 1 bilhão) irá a leilão. Amanhã será a vez de 6,25 bilhões de bots semestrais. Por fim, no dia 26 de fevereiro, serão ofertados BTPs de 1,75 anos de 2,25 a 5 bilhões, de 3,5 a 4,5 bilhões para os novos dez anos 1/6/2026, e de 1,5 a 2 bilhões de Ccteu.

O CASAMENTO DE LONDRES (E MILÃO) COM FRANKFURT

Na Europa, as ações mais expostas ao crescimento econômico foram as que mais caíram, como a indústria automotiva (Stoxx do setor -2,2%) e bancos (-2%). 

A Bolsa de Valores de Londres, proprietária da Bolsa de Valores de Londres e da Bolsa de Valores de Milão, e a Deutsche Boerse iniciaram negociações de fusão. A notícia fez as cotações de ambas dispararem: Deutsche Boerse +8% e Lse +18%. Em vez disso, o rival Euronext ganha 4,6%.

Nascerá a primeira bolsa de valores europeia e uma das primeiras do mundo tanto para negociação de ações quanto para aqueles de produtos derivados, capaz de competir em tamanho em igualdade de condições com o Cme Group dos EUA e a Intercontinental Exchange, bem como com Bolsa de Valores de Hong Kong.

PARA O CREDIT SUISSE, INTESA É A MELHOR DA EUROPA

Bancos sob pressão, no centro dos relatórios dos analistas. Pesa a longa crise do Deutsche Bank (-3,6%). Desde o início do ano, a perda ultrapassou largamente os 30%. A tensão no CDS também continua alta. Também caíram BnpParibas (-2,6%) e Société Générale (-3,7%). 

Um relatório do Credit Suisse considera excessiva a quebra do setor bancário, mas não acredita que o setor a nível europeu tenha voltado a ser um interessante investimento de longo prazo.

Para o corretor na Europa, existem três credores nos quais apostar. Um deles é o Intesa Sanpaolo (-2,6%), o primeiro banco italiano, que encerrou o quarto trimestre de 2015 com um reconfortante aumento, trimestre a trimestre, na margem de juros.

A Unicrédito perdeu 2,5% ontem. Banco Popular -4,2%. Pobre também Pop.Milano (-2,9%). É pouco provável que os preparativos para a fusão dos dois institutos sejam concluídos a tempo de celebrar o casamento no próximo fim de semana. População Emilia -3,7%. Monte Paschi vai contra a tendência (+1,9%). Na gestão de ativos, a Anima sofre sobretudo (-3,5%). 

INDÚSTRIA, SÓ A FINMECCANICA SE CONTÉM GRAÇAS AO TOP GUN

Dia difícil para os industriais. O setor automobilístico está se segurando: FiatChrysler caiu 2,9%, Volkswagen -2,8%, BMW -2,7%. StM (-2,4%) e Buzzi (-3,2%) também caíram. 

A Finmeccanica (+0,5%) está entre as poucas blue chips que fecharam em território positivo. O grupo se aliou à gigante norte-americana Raytheon, quarta do mundo no setor de defesa, para participar de uma maxi licitação do Pentágono para fornecer 350 aeronaves de nova geração que vão treinar os artilheiros americanos. O pedido tem um valor estimado de vários bilhões de dólares. 

BARCLAYS RETÉM TELECOM, EXOR SAI DA PRODUÇÃO DE TV

Recuo da Telecom Italia (-1,6%). O Barclays reduziu o preço-alvo da ação para 0,90 euro, ante 1,08 euro anterior, confirmando a classificação de subponderação. Analistas britânicos também revisaram o preço-alvo das ações de poupança, elevando-o para 0,70 euro, ante 0,86 euro anterior, avaliação subponderada.

Dos 34 analistas consultados pela Bloomberg, o otimismo prevalece: 20 recomendam a compra da ação e 9 para mantê-la em carteira, o restante para vendê-la. O preço-alvo médio é de 1,13 euros. 

Mediaset fraco (-2,8%). A subsidiária espanhola concluiu o plano de recompra de ações próprias após investir 132,6 milhões de euros de um máximo possível de 150 milhões. Foram recompradas 14,2 milhões de ações, equivalentes a 3,89% do capital.

Enquanto isso, a Exor (-0,64%) saiu da Banijay, produtora e distribuidora de televisão, vendendo sua participação de 17,1% por 60,1 milhões em dinheiro, com um ganho de capital de 24,8 milhões.

TAMBURI LANÇA “ASSET ITALIA” PARA NOVOS INVESTIMENTOS

A Tamburi Investment Partners desce 0,5% para 3,138 euros. A sociedade de investimento lançou uma iniciativa denominada Asset Italia, uma nova sociedade com capital "opcional" de várias centenas de milhões de euros, a pagar à vista, mas que, ao contrário de todas as iniciativas semelhantes, não prevê a adesão obrigatória a cada um dos investimentos que serão propostos. A Tip terá como alvo os participantes desta empresa para todos os negócios futuros do clube, por cinco anos. Tip participará com 100 milhões. Após cinco anos, uma troca com ações Tip listadas será ativada.

BAQUE DE GRAVAÇÃO. A CHINA ESTÁ RETENDO O LUXO

Utilitários fracos. Vendas na Enel que caem 2,4%. A subsidiária Endesa encerrou 2015 com lucro líquido de 1,09 bilhão. A2A -1,7%. A E.On, principal concessionária alemã, caiu 4,5%.

Tonfo di Recordati (-8,9%), que pagou a colocação da Torre Ss, que vendeu a sua participação de 3,2% no capital da empresa a 21,65 euros por ação.

Os temores sobre a China afetam o desempenho da Ferragamo (-4,4%) e de outras ações de luxo: Tod's perde 2,3%, Moncler -2,3%.

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