Poucos meses depois da polêmica sobre a absurda campanha que acompanhou o Dia da Fertilidade promovida pelo Ministério da Saúde, uma segunda sensacional gol contra da mídia com o cartaz promocional do G7 que acontecerá de 26 a 27 de maio em Taormina.
Há um ano, foi Matteo Renzi quem escolheu a bela localidade siciliana para sediar um dos eventos mais importantes de 2017, a cúpula entre as sete nações desenvolvidas com a maior riqueza líquida do mundo, preferindo-a inclusive à sua cidade natal, Florença. A motivação da escolha do ex-primeiro-ministro residiu na vontade de dar visibilidade à Sicília, tentando despojá-la dos estereótipos e preconceitos habituais sobre a máfia, valorizando o seu património artístico e cultural.
Não está claro, portanto, por que, para anunciar a nomeação de maio, apareceu no aplicativo do governo uma imagem dedicada aos credenciados ao G7 (removida há alguns minutos) que não apenas contém todas essas características, mas também as aprimora , fornecendo o retrato de uma ilha ainda aprisionada nos estereótipos do filme “O Poderoso Chefão” e da cinematografia que durante anos viu Trinacria como a terra da coppola e da espingarda.
Ao fundo vemos um homem com o sempre presente chapéu siciliano, cigarro na boca e olhar machista de outra época, olhando para uma mulher de feições mediterrâneas com olhar cabisbaixo, sorriso malicioso levemente insinuado e sombrinha na mão.
Caro presidente @PaoloGentiloni mas realmente anunciado # G7 di #Taormina com esta foto com o homem de boné achatado? pic.twitter.com/tscLVAYXuH
-Elvira Terranova (@e_terranova) Abril 11 2017
Uma imagem que não só nada tem a ver com o G7, como exala sexismo e preconceitos e que obviamente em poucos minutos já provocou a reação da opinião pública que, através das redes sociais, não deixa de manifestar a sua discordância, em alguns casos com ironia, em outros com raiva.
O presidente do Ars, Giovanni Ardizzone, consultado por Adnkronos, anunciou sua intenção de consultar o Palazzo Chigi sobre o assunto: "Hoje enviarei uma carta formal de protesto ao primeiro-ministro Gentiloni".