comparatilhe

Forbes: Trump cada vez mais "pobre", culpa da presidência

O patrimônio do presidente dos Estados Unidos não cresce há dois anos – No ranking dos homens mais ricos da América Trump cai 16 posições após ter perdido até 119 em 2018

Forbes: Trump cada vez mais "pobre", culpa da presidência

A presidência dos Estados Unidos está literalmente custando caro a Donald Trump. Forbes certifica isso, que em seu balanço anual ranking dos 400 homens mais ricos da América coloca o presidente dos EUA ainda no 275.º lugar, rebaixando-o em 16 posições face ao ano passado, após a despromoção de 119 lugares que lhe foi imposta em 2017.

Na escolha entre dinheiro e poder, o bilionário americano que se tornou presidente em 2016 parece agora orientado a seguir os ditames de outro famoso – ainda que falso – inquilino da Casa Branca: Frank Underwood, o icônico protagonista da House of Cards que em um episódio da primeira temporada da série, olhando diretamente para a câmera afirmou: “É um grande desperdício de talento. Ele prefere o dinheiro ao poder. Nesta cidade é um erro que muitos cometem”.

Não que Trump arrisque passar sua aposentadoria na pobreza, mas seus ativos ficaram completamente estagnados em US$ 3,1 bilhões nos últimos dois anos, um período que no mundo dos (grandes) negócios corresponde a uma era geológica. Enquanto os outros continuam a enriquecer, o presidente mantém-se firme e perde posições na lista dos 400 Patinhas da América da qual corre mesmo o risco de sair em caso de reconfirmação na Casa Branca. Sim, porque se no ano passado para entrar no ranking dos “mais ricos entre os ricos” precisávamos de ativos de 2,1 bilhões de dólares, em 2019 subimos para 2,9 bilhões de dólares e em 2020 pode demorar ainda mais. Para não mencionar das primeiras posições da classificação, agora a anos-luz de distância: Bezos, no primeiro escalão, tem patrimônio de 114 bilhões, 8 a mais que Bill Gates, em segundo lugar com uma fortuna de 106 bilhões, 34 a mais que Warren Buffett (80,8 bilhões).

Analisando a situação financeira do presidente norte-americano, a Forbes explica que suas atividades de branding estão passando por um declínio acentuado. “Os corretores de imóveis não estão mais fazendo fila para colocar o nome de Trump em suas propriedades, e os clientes existentes desmarcaram grandes projetos que estão sendo desenvolvidos em lugares como Toronto e Panamá”. De acordo com o quinzenal econômico, as licenças imobiliárias de Trump, limitadas pelo fato de ele não poder fazer negócios no exterior enquanto estiver no cargo, valem agora cerca de US$ 80 milhões, menos da metade dos US$ 170 milhões do ano passado. “Enquanto isso, o valor das licenças de produtos do presidente, que ganha dinheiro colocando o nome em camisas, gravatas e colchões, está chegando perto de zero. Em 2016, antes de Trump se tornar presidente, esses acordos valiam cerca de US$ 14 milhões”, explica a Forbes.

Felizmente para o presidente, "nem tudo o que ele possui leva seu nome". O jornal dá alguns exemplos: sua participação de 30% em duas torres administradas pelo bilionário Steve Roth em San Francisco e Manhattan continuou a crescer para US$ 928 milhões; as finanças de seu hotel em Washington estão crescendo, enquanto seu resort em Miami (que lutou de 2015 a 2017) parece estar no caminho da recuperação.

Entre grandes sombras e alguma luz, porém, Donald Trump pode consolar-se com outro registo: com seus 3,1 bilhões de ativos, ele é o candidato mais rico à presidência da Casa Branca. As eleições serão realizadas no dia 3 de novembro de 2020, veremos como estará a pasta do atual inquilino da Casa Branca em um ano.

Comente