Todos os governos dizem que querem cortá-los para reduzir os gastos públicos, mas os gastos tributários continuam crescendo sem perturbações. Além da economia: a selva italiana de descontos e concessões cresceu de 720 tratamentos no final de 2011 para 799 em 2015. E seu valor, também graças ao bônus Irpef de 80 euros introduzido em 2014 pelo governo Renzi, disparou 50%, passando de 254 para 331 bilhões de euros no mesmo período. Os números foram divulgados pelo Tribunal de Contas no Relatório de 2016 sobre a coordenação das finanças públicas.
Na mesma análise, os magistrados da contabilidade manifestam preocupação com a dívida pública: o seu rácio face ao PIB está estimado em 123,7% em 2018, mas o Tribunal aponta a centralidade deste capítulo do orçamento público para a confiança do mercado e calcula que a recessão ( 2008-2009 e 2007-2014) resultou em um aumento da dívida de 30 pontos do PIB.
O Relatório também mostra que a Itália está em segundo lugar na União Europeia "em termos de imposto sobre os rendimentos do trabalho com 42,8%, quase oito pontos acima da média europeia", e em terceiro lugar no ranking de imposto sobre os rendimentos das empresas: cerca de 26%, “isso é bem mais de 50% da média da UE”. Por fim, o nosso país “está em 22.º lugar na Europa (com 17,7%) na taxa sobre o consumo, quase quatro pontos a menos que a UE, e em quarto lugar tanto na taxa sobre imóveis como na que incide sobre o ‘poder’ .
