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Finais da NBA - Calor e Spurs de tirar o fôlego: vamos para o jogo 7

Em um louco jogo 6, o Heat venceu os Spurs na virada e impactou a série: o triplo de Allen a 5 segundos do fim leva os times para a prorrogação, onde o Miami leva vantagem - Lebron James brilha na final e marca um triplo duplo. Um Tim Duncan em movimento – Corrida 7 na noite entre quinta e sexta-feira não é suficiente em San Antonio.

Finais da NBA - Calor e Spurs de tirar o fôlego: vamos para o jogo 7

Miami Heat 103 - San Antonio Spurs 100

Os Spurs quase podiam sentir o cheiro. O quinto título de sua história estava a um passo, em +13 no terceiro período, antes de começar a virada do Heat, ou em +5 faltando 28 segundos para o final, antes do triplo de Ray Allen fixar o resultado no empate, mandando todos para a prorrogação. A essa altura, com Parker e Ducan já de joelhos, quem levou a melhor foi Lebron James e o maior frescor de Miami.

Iremos para a corrida 7, portanto, quando ninguém mais parecia esperar. E agora a favorita parece ser Miami. Não só porque provavelmente é mais forte que os seus adversários, nem porque vai jogar em casa, mas simplesmente porque ganhar assim dá um grande alento e, sobretudo, porque perder assim dói demais. Os Spurs apostaram muito forte no jogo 6, para fechar a série esta noite, como evidenciado por lprova vintage por Tim Duncan, autor de 25 pontos só no primeiro tempo (ao final serão trinta, com 17 rebotes) e se viu perdendo da forma mais dolorosa e exaustiva, após espremer seus campeões mais antigos e mais batidos por mais de 40 minutos cada.

A partida foi linda, sem dúvida a mais bonita dessas finais. Um clássico instantâneo, eles diriam do outro lado do oceano. As equipas andam de mãos dadas nos primeiros vinte e quatro minutos de jogo, com algumas pequenas lágrimas sempre recompostas. O primeiro quarto termina com os donos da casa na frente por dois pontos (27 a 25), depois de ambas as equipes terem chutado com porcentagens muito altas. No segundo as percentagens de remate baixam, mas sobretudo Lebron James desaparece de campo, arrastando-se numa apatia difícil de decifrar. Para a primeira prorrogação do Spurs, porém, é preciso esperar o último minuto do primeiro tempo, que terminou 50 a 44 para o neroargento graças a Duncan e Leonard.

Mas é no terceiro quarto que o San Antonio cava o primeiro sulco real entre si e seus adversários. Impulsionados por Tony Parker, os Spurs sobem para o +13, enquanto os Heat tentam manter o contacto com os cestos de Chalmers e Wade, com Lebron ainda inexistente. O período fecha em 75 a 65.

No período final, porém, Lebron James acende, enquanto os Spurs não marcam mais. A ultrapassagem ocorre a seis minutos do fim, graças a um cesto de Ray Allen. San Antonio segura o soco e volta para frente, chegando a +5 com 28 segundos para o final. Parece quase acabado. Mas aí vem o triplo de Lebron que encurta para -2. Leonard, autor do enésimo teste do mais alto nível, vai para a linha e erra o primeiro dos dois lances livres: é +3 ​​Spurs e bola em Miami. O triplo de James (triplo duplo de 32 pontos, 10 rebotes e 10 assistências para ele no final do jogo) só encontra o ferro, mas Bosh recolhe o rebote ofensivo e dá para Allen que sai dos bloqueios e coloca o triplo 5 segundos para o fim. A última oração de Parker é em vão.

Na prorrogação, a confusão e o medo dominam. Os Spurs não têm mais nada, nem pernas nem cabeças, e um ginnobili ruim continua fazendo mais estragos do que granizo, perdendo bola após bola. Ninguém marca mais, e o Heat só precisa de um mini trecho de James e Allen, ainda eles, para fechar em 103 a 100 e mandar todos para o sétimo game.

Agora a inércia está toda do lado deles, enquanto o San Antonio terá que se levantar da mais dura derrota, aquela que vem quando você já tocou a linha de chegada, e o céu, com o dedo, e aí alguém leva tudo embora de você. Mas como a partida desta noite ensina, no basquete tudo pode acontecer. Para desvendar o mistério, teremos que esperar apenas duas noites.

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