A Comissão de Assuntos Constitucionais do Senado aprovou o decreto sobre a administração pública na versão alterada pelo governo. Após o sinal verde do Salão Palazzo Madama, portanto, a provisão terá que retornar à Câmara para o sinal verde definitivo. São quatro alterações em relação ao texto original e dizem respeito ao capítulo da segurança social. Aqui está o que há de novo:
1) supressão do artigo que liberou 4 aposentadorias escolares na cota de 96, ou seja, com as regras vigentes antes da reforma Fornero (porém, a comissão também aprovou uma pauta que obriga o governo a avaliar uma solução para as aposentadorias escolares em um próximo dispositivo) ;
2) parar a aposentadoria antecipada de 70 a 68 anos para professores universitários e primários;
3) reintegração de penalidades para servidores públicos que se demitirem antes dos 62 anos;
4) cancelamento de benefícios para vítimas de terrorismo.
O Ministro da Administração Pública, Marianna Sideboard, havia antecipado as emendas pela manhã, explicando que as quatro regras foram suprimidas porque não foi possível encontrar o respaldo financeiro. "Temos que concorrer", disse o ministro, que definiu o uso da confiança também no Senado como "razoável", "já que já foi colocado na Câmara". A votação dos acórdãos de constitucionalidade ocorrerá à tarde, depois das 20h, a Câmara poderá iniciar a discussão geral sobre o decreto.
A cota 96 foi fortemente criticada pelo comissário de revisão de gastos, Carlo cottarelli, que havia alertado o Executivo para a impossibilidade de cortar impostos se a política continuasse desviando os recursos recuperados com cortes de gastos em outros lugares. A opinião decisiva, no entanto, foi a de contabilidade estadual, que destacou a inadequação da cobertura.
Diferente da opinião de Giorgio Pagliari (Pd), relator do decreto: "Tenho o direito-dever - afirmou - de esclarecer minha posição a respeito das emendas supressivas apresentadas pelo Governo em razão, e somente em função, das conclusões do a Contadoria Geral do Estado sobre a falta de cobertura. Em razão do art. 81 da Constituição, a escolha é limitada: não houve e, infelizmente, não há margem discricionária”.
Fortes críticas também vêm dos sindicatos para o cancelamento das regras sobre pensões. "Há algo de errado se cada vez que se intervém para remediar injustiças evidentes contra os trabalhadores se desencadeia a reconvenção: não é aceitável", comentou Vera Lamonica, secretária confederal da CGIL. Sua contraparte a ecoou Coruja, Antonio Foccillo, definindo a decisão do governo como "grotesca e paradoxal". Para o secretário-geral da CISL Raffaele Bonanni, por outro lado, "se a reforma de Fornero tivesse sido discutida com o sindicato, não estaríamos hoje diante de mais um empecilho, com as emendas apresentadas pelo governo com o aval de todas as forças políticas e depois retirada às pressas pelo mesmo governo."
Um insider como Giuliano Cazzola: “Temos que agradecer a Daniele Franco e à Contadoria Geral do Estado – comentou o ex-parlamentar e especialista previdenciário -, que resistiram à demagogia da Câmara (onde foram aprovadas as emendas desonestas) e à arrogância do governo dos Smurfs, impedindo novos saques da reforma da previdência do ministro Fornero com regras sem cobertura adequada. Foi completamente ilusório, em particular, querer contrabandear 4 professores que têm um emprego estável e seguro como êxodos. O Tribunal de Contas do Estado é um órgão competente, qualificado e competente da Administração Pública. O país deve uma parte importante da sua liberdade a esta instituição, que voltou a garantir o cumprimento das regras orçamentais”.