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Decreto de dignidade em breve, mas em versão "light"

O texto desta noite em cdm - Com o passar dos dias, o dispositivo perdeu peças, principalmente na frente de combate à precariedade, que teria incomodado os empresários do Norte tão queridos por Salvini - As regras do Fisco correm o risco de não cumprir à falta de cobertura – Confirmou a repressão ao jogo

Decreto de dignidade em breve, mas em versão "light"

O Decreto da Dignidade, primeira disposição do novo governo, chega esta noite ao Conselho de Ministros. O texto original estava dividido em três frentes: o combate à precariedade e ao deslocamento, a simplificação tributária para as empresas (principalmente sobre o medidor de despesas, o medidor de receitas e o parcelamento) e o aperto no jogo de azar.

A aprovação do decreto era esperada na semana passada, mas a falta de respaldo financeiro e as divergências políticas entre a Lega e o Movimento 5 Estrelas sobre algumas medidas obrigaram ao adiamento. E, com o passar dos dias, a medida começou a desmoronar.

FISCO

A parte fiscal, a mais problemática do ponto de vista da cobertura, corre o risco de ser eliminada. Técnicos do Tesouro, porém, buscam cobertura para corrigir o parcelamento: nos planos do governo há uma despedida que, se limitada ao público profissional, teria um impacto de várias dezenas de milhões, ao passo que custaria muito caro se foram estendidos a todos os fornecedores. Estão também a ser estudados ajustamentos ao medidor de receitas, dada a utilização limitada do instrumento, e o adiamento do envio cumulativo dos dados do medidor de gastos para 28 de fevereiro (o próximo prazo seria setembro).

TRABALHO

Quanto à picada nos contratos precários, promete ser menos grave do que o esperado, porque prejudicaria os empresários do Norte tão queridos por Matteo Salvini. E assim a abolição dos contratos de administração por prazo indeterminado corre o risco de ser ignorada e encaminhada ao Parlamento junto com os comprovantes, questão cara à Liga do Norte.

"O tema da administração em muitos casos se presta a disfunções, porém deve ser objeto de debate parlamentar, não se pode intervir com decreto - anunciou o ministro do Trabalho, Luigi Di Maio - no decreto de dignidade hoje não há questão de administração pela mesma razão que pedimos ao Parlamento todas estas questões, bem como muitas outras, como os vouchers. Há muitas questões que, na minha opinião, podem ser abordadas fazendo, antes de tudo, uma comparação com as pessoas diretamente envolvidas e entendendo onde há abusos e onde, em vez disso, são úteis”.

As regras anunciadas sobre os pilotos também foram perdidas ao longo do caminho: difícil encontrar um compromisso que não enfureça as empresas.

Na frente do perto da precariedade, o limite de renovações dos contratos a termo por um período de 36 meses passa de cinco para quatro e são reintroduzidos os motivos da primeira renovação sem prever qualquer período transitório. O contrato de trabalho a termo certo não pode exceder 12 meses na falta de motivo. Com a indicação dos motivos, já a partir do primeiro contrato será possível aplicar um prazo até 36 meses, para necessidades temporárias e objetivas, alheias à atividade ordinária do empregador, bem como substitutos. Ou conectado a aumentos de atividade temporários, significativos e não programáveis.

O aperto nas realocações confirmou: todas as empresas que beneficiem de auxílios estatais e depois optem por relocalizar as suas atividades no estrangeiro, usufruindo de condições mais favoráveis, perderão o benefício - que terá de ser reembolsado com juros acrescidos de até cinco pontos percentuais - e incorrerão em coimas de 2 a 4 vezes a contribuição que receberam. Nas minutas distribuídas, a restrição é estendida a operações que também ocorrem dentro da UE.

JOGAR

Di Maio garantiu que não haverá "um retrocesso" na proibição de qualquer forma de publicidade, mesmo indireta, de jogos ou apostas com prémios monetários. A partir de 2019, a proibição abrangerá também patrocínios de eventos, atividades e demonstrações ou de programas, produtos ou serviços. Espera-se que uma das mudanças mais recentes renuncie à proibição de publicidade para loterias nacionais por tempo limitado.

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