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China: Moody's corta nota de crédito após 25 anos

Prevalecem os temores de uma desaceleração do crescimento. Pequim responde e aguarda julgamento da S&P.

China: Moody's corta nota de crédito após 25 anos

A Moody's corta a classificação de crédito da China para 'A1989' de 'Aa1' pela primeira vez desde 3, em meio a temores de desaceleração do crescimento econômico e aumento da dívida do governo projetada para 40% do PIB até 2018. A agência de classificação, em nota, comunicou que também mudou a perspectiva de 'negativa' para 'estável'.

A decisão encerra um longo período marcado pelo crescimento impetuoso e pela saída da linha da pobreza para mais de 600 milhões de pessoas. O downgrade corresponde à primeira mudança de opinião (para cima ou para baixo) sobre o Dragão expressa nos últimos sete anos por uma das 'três grandes' agências internacionais de rating: S&P's, Moody's e Fitch. A questão é se a S&P's decidirá seguir a Moody's, tendo emitido a perspectiva negativa sobre Pequim em fevereiro de 2016, lançando as bases para um possível rebaixamento. Atualmente, o rating da S&P está um degrau acima dos da Moody's e da Fitch.

A resposta do governo de Pequim não demorou a chegar. A redução do rating da China, de Aa3 para A1 anunciada pela Moody's, baseia-se numa abordagem "pró-cíclica" a ratings "inadequados": assim afirmou o Ministério das Finanças em comunicado sobre a primeira "rejeição" em 25 anos. Segundo o governo chinês, os pontos examinados “superestimam as dificuldades da economia chinesa e subestimam a capacidade da China de fortalecer as reformas estruturais do lado da oferta e de expandir a demanda como um todo”.

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