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LIGA DOS CAMPEÕES – Juve galactica: venceu o Real Madrid por 2-1 com golos de Morata e Tevez

Com um jogo magistral e uma pressão furiosa, mas fundamentada, os bianconeri venceram a primeira rodada da semifinal da Liga dos Campeões, batendo o Real Madrid muito mais do que diz o resultado: do ex-Morata e de Tevez (de pênalti, após dele) gols da Juve, de Cristiano Ronaldo o momentâneo empate espanhol – Allegri feliz.

LIGA DOS CAMPEÕES – Juve galactica: venceu o Real Madrid por 2-1 com golos de Morata e Tevez

Uma Juve "galáctica". Os bianconeri venceram o Real Madrid e assim venceram a primeira rodada da semifinal da Liga dos Campeões, penúltima etapa antes da final de 6 de junho. Uma prova de força a da Senhora, muito mais do que diz o 2-1 final. Porque no Estádio, frente aos campeões europeus em título, vimos uma equipa lúcida e determinada, nada intimidada pelo adversário. A questão da qualificação continua muito em aberto, Deus me livre, e é seguro apostar que, em uma semana, o Bernabéu terá inúmeras armadilhas reservadas, mas a Juventus mostrou que pode jogar, aliás sem muito medo reverencial. 

“Na véspera eu teria assinado para vencer por 2 a 1 – exultou Massimiliano Allegri. – Estou feliz com o que os meninos fizeram, eles tiveram o mérito de enfrentar o Real Madrid de frente, não foi fácil. É preciso saber jogar essas partidas, é preciso saber quando pressionar e quando administrar: acho que, desse ponto de vista, o time cresceu muito desde o início da temporada. Estou muito satisfeito com a maturidade com que enfrentámos esta Liga dos Campeões, seja como for”. 

O grande vencedor da noite é só ele. O treinador da Juventus preparou o jogo na perfeição: 4-3-1-2 com Sturaro no meio-campo e Vidal no trocarte, uma espécie de dobradiça boa a abrir e a fechar consoante os momentos. E assim o Real Madrid, escalado por Ancelotti com um atípico 4-4-2 (Ramos e Kroos no meio-campo, James e Isco nos flancos, Ronaldo e Bale no ataque), derrapou desde o início. Pronto para ir e Sturaro, preferido para Pereyra contra todas as probabilidades, comete Casillas com uma pedra à distância. Instantes depois Morata, grande ex da partida, tenta surpreender com um chute da entrada da área. 

O gol estava maduro e a Juve o encontrou aos nove minutos: chute de pé direito de Tevez no canto, alívio de Casillas e finalização do atacante espanhol, que começou em posição regular. Ação espetacular (9 passes, recorde absoluto da Liga dos Campeões, superou até o Bayern de Guardiola!), da qual participam todos os jogadores, exceto Buffon e Sturaro. O 27-1 exalta a Juve mas, ao mesmo tempo, acorda os campeões europeus. A pressão aumenta e os Allegri's consequentemente caem no seu próprio meio. Erro grave, embora quase impossível de evitar. Porque os blancos, sem a direção de Modric e o cinismo de Benzema, têm muitos campeões em campo. 

Aos 27 minutos Carvajal e James inventam uma ação espetacular da direita que Ronaldo, como de costume, transforma em gol: 1 a 1. É o momento mais difícil da partida, aquele em que os comandados de Ancelotti poderiam assumir a cadeira, talvez em definitivo. Aos 41 minutos Isco rematou para James, o colombiano apenas teve de empurrar à baliza, mas acertou na trave de forma sensacional. Vamos para o intervalo empatados, com a sensação de que o Madrid pode assumir a liderança a qualquer momento. E, em vez disso, o intervalo é muito melhor para a Juventus. 

Linhas curtas e pressão furiosa, tal como nos primeiros minutos: a receita funciona e aos 57 minutos, no recomeço, revela-se devastadora. Tevez começa bola e corrente e mira em Carvajal, o jovem espanhol nocauteia e Atkinson, mesmo que tenha cometido um erro ao não marcar, apita o pênalti sacrossanto. O Apache vai bem na hora, remate ao centro e 2-1 Juve (58'). A meia hora final é quase perfeita: Allegri vai para a defesa de 5 homens (dentro de Barzagli para Sturaro) e os espanhóis, já em dificuldade antes, não conseguem mais se tornar perigosos. Nos minutos finais haveria até espaço para o terceiro golo, mas Llorente (que entrou para o lugar de Morata aos 77 minutos) desperdiçou duas excelentes oportunidades. Assim termina 2-1, uma importante vitória que no entanto deixa em aberto a discussão da qualificação. 

“Podemos voltar, mas teremos que ter paciência – comentário amargo de Carlo Ancelotti. – Eles esperaram por nós, em um ponto estávamos no controle, mas não fomos claros e imprecisos”. “A vantagem é mínima – confirmou Gigi Buffon. – No entanto, a equipa está a crescer, estamos todos a falar da Europa”. Resumindo, convicção e pés no chão, a mistura certa para enfrentar a balbúrdia do Santiago Bernabéu. Na próxima quarta-feira será uma batalha, mas com o Real Madrid a ter de recuperar o atraso. E isso, dadas as premissas, já é uma vitória.

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