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Cavazzuti: para a liderança do Banco da Itália Saccomanni é o melhor para independência e continuidade

por Filippo Cavazzuti* – O actual director-geral da Via Nazionale é o candidato ideal para suceder a Mario Draghi devido ao seu profissionalismo, independência e continuidade na condução da acção do banco central, que, também dados os tempos e condições da indústria financeira, hoje apresenta-se como um património a salvaguardar a todo o custo.

Cavazzuti: para a liderança do Banco da Itália Saccomanni é o melhor para independência e continuidade

São três os candidatos (Bini Smaghi, Grilli, Saccomanni) indicados pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi e considerados por ele igualmente idôneos para substituir Mario Draghi à frente do Banco da Itália.

Que se tratam de três candidatos de indubitável valor profissional ninguém pode duvidar, mas comparando os três parece-me que apenas um deles (Fabrizio Saccomanni) pode escrever em seus palmares que contribuiu diretamente - e na linha de frente - mais dos demais candidatos para conter os efeitos mais perniciosos que teriam atingido o setor bancário, decorrentes da perfeita tempestade financeira que se manifestou, com sincronismo igualmente perfeito, nas economias mundiais.

O Tesouro, depois dos primeiros deslizes iniciais que (pela boca do seu ministro) assimilou a estrutura da banca italiana à anglo-saxónica, acusando a indústria nacional dos mesmos crimes e malfeitorias que a ultramarina, arrependeu-se depois face à realidade das óbvias diferenças comerciais. Mais tarde, ele contribuiu com Tremonti Bonds (tão famosos quanto quase não são necessários para o próprio setor bancário) para remediar os balanços de algumas instituições particularmente fracas.

É certo que Bini Smaghi também teve uma observação privilegiada na sua qualidade de membro do Conselho do BCE, mas talvez tenha desempenhado um papel menos operacional e centrado na indústria financeira italiana e nas suas especificidades.

Em vez disso, deve-se reconhecer que foi o Banco da Itália que esteve na vanguarda da regulamentação dos instrumentos de supervisão e que recorreu à persuasão moral de sua Diretoria (com algumas reclamações da indústria bancária) para que a própria indústria pudesse segurar até melhor do que outros sistemas bancários de outros países para a crise financeira.

A parceria vencedora entre Fabrizio Saccomanni – na qualidade de Diretor Geral do Banco da Itália – e Mario Draghi na dupla qualidade de Governador e chefe do Fórum de Estabilidade Financeira constituiu e ainda constitui uma experiência única e um acervo de conhecimentos que irá tem que se instalar em todas as áreas de Bankitalia. Experiência e patrimônio que, a meu ver, estariam mais bem preservados com a nomeação de Fabrizio Saccomanni como Governador. Acrescente-se que ainda não vivemos tempos normais: portanto, a experiência direta e os ativos de conhecimento serão inestimáveis ​​nos próximos anos, que se espera sejam a saída definitiva da crise.

Hoje como nunca antes, também dados os tempos e as condições do setor financeiro italiano, é apresentada a continuidade da direção da ação do Banco da Itália garantida por Fabrizio Saccomanni, juntamente com o profissionalismo e a independência de julgamento (mesmo em relação ao setor bancário) como um ativo estratégico a ser salvaguardado a todo custo.

* Presidente do Consórcio PattiChiari

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