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Bot e Ctz: escolha-os e calcule seu desempenho

O site de assessoria e informação financeira Adviseonly oferece uma aula de gestão de portfólio ilustrando, de forma simples e exaustiva, como avaliar e comparar diferentes investimentos em instrumentos de renda fixa – São três características a serem levadas em consideração: o rendimento até o vencimento, a liquidez risco e duração.

Bot e Ctz: escolha-os e calcule seu desempenho

A atenção dos poupadores agora está voltada para os títulos do governo. Aqui trataremos em particular Bot e o Ctz. questi dois títulos são "cupom zero": significa que eles não pagam cupons durante sua vida. No entanto, a maioria dos intermediários financeiros não fornece informações suficientes para comparar validamente as várias opções de investimento. Para isso, com este post tentamos fornecer aos nossos leitores um manual para entender a conveniência de investir nesses instrumentos. A análise do poupador, de fato, deve ser feita em termos de: rentabilidade até o vencimento, risco de liquidez e risco de taxa de juros. Vamos olhar para eles especificamente.

- O rendimento até o vencimento é a ferramenta usada para comparar investimentos alternativos entre si: por ex. Bots/Ctzs versus BTPs. É calculado como a diferença entre o preço de resgate (100) e o preço de compra, parametrizado pelo número de dias que faltam para o vencimento e sempre transformado anualmente. Muitos intermediários não oferecem o rendimento até o vencimento, porém é sempre aconselhável calculá-lo antes de comprar um título "cupom zero". Graças ao cálculo do rendimento até o vencimento, é possível comparar os rendimentos dos títulos "cupom zero" e dos títulos com cupom de mesma duração (por exemplo, BTPs e CCTs).

- O risco de liquidez  – Um indicador imediato de tal risco é baixo bid/ask spread, ou seja, a diferença entre a cotação de quem compra e de quem vende em determinado momento. E a remuneração imediata para quem lista os valores mobiliários. Quanto maior a diferença entre o preço de compra e o preço de venda (ver imagem), menores são as trocas que ocorrem no mercado e maiores são as dificuldades e os custos de desinvestir o título antes do vencimento.

- Risco de taxa e duração - O risco de taxa de juros é o risco que o investidor corre quando as taxas de mercado mudam. A volatilidade, ou seja, o carácter errático das taxas de mercado, impacta principalmente: na cotação dos títulos na possibilidade de reinvestir eventuais cupões. A duration – ou duração financeira média – é uma das ferramentas mais utilizadas para mensurar o risco de taxa de juros. A duração mede a sensibilidade do título às mudanças nas taxas de juros: uma obrigação a taxa variável tem uma "duração" muito próxima de zero, porque a taxa do cupão ajusta-se periodicamente às variações do mercado e o preço tem a vantagem de ser muito estável; um título de taxa fixa tem uma duração maior do que um título de taxa flutuante; um título de "cupom zero" tem uma "duração" igual à sua duração. Portanto, em comparação com os investimentos em títulos com cupom, ao investir em títulos de "cupom zero" corre-se maior risco de taxa de juros (e, portanto, maior risco de flutuação de preços). Portanto, caso haja a necessidade de vender os títulos antes do vencimento, é bom levar isso em consideração. Por outro lado, quem investe numa perspetiva “cash-holder”, ou seja, pretende deter os títulos até à maturidade, é relativamente indiferente ao risco de duration.

Uma simulação de retornos líquidos – No final, o que o poupador leva para casa é a declaração após o imposto. Na simulação exemplar (ver a segunda imagem) são apresentados os rendimentos brutos e os rendimentos após impostos. As obrigações do Estado têm um tratamento fiscal diferente das obrigações bancárias e dos depósitos bancários, sendo estes últimos instrumentos sujeitos a taxas de retenção na fonte mais elevadas (20%). Portanto, para avaliar corretamente as alternativas de investimento no mercado, o rendimento após impostos deve necessariamente ser considerado. Além disso, o custo de corretagem (comissões) estabelecidas por cada intermediário que, se forem fixadas em montante fixo (por exemplo, sempre 0,15% na compra de obrigações do Estado), têm maior impacto nas yields de menor duração.

Em conclusão, para uma correcta avaliação das escolhas de investimento em instrumentos de rendimento fixo, é necessário comparar as rendibilidades com a mesma maturidade, verificando simultaneamente o risco de liquidez e o risco de taxa de juro, por fim comparando as rendibilidades também líquidas de impostos e comissões se houver havia diferenças no tratamento tributário.

por Laura Oliveira

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