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Bolsas 2018: euforia já subiu valor de 2.100 trilhões de dólares

De Wall Street à Piazza Affari, as bolsas acumulam recordes e parecem imparáveis ​​– A Bolsa de Valores de Milão supera os 23 pontos na esteira da equipe Agnelli e da gestão de ativos – O Tesouro anuncia um título de 20 anos e hoje um leilão Bot – Criptomoedas estão ressuscitando a Kodak

Bolsas 2018: euforia já subiu valor de 2.100 trilhões de dólares

Entre as excentricidades de um mercado em ebulição, merece destaque a repentina ressurreição da Eastman Kodak, já uma empresa líder em fotografia, então condenada a um declínio aparentemente irreversível. Mas a ação ontem saltou 39%, para US$ 4,3, depois de atingir uma alta de US$ 5,5. A chave do mistério está no anúncio do lançamento da KODAKCoin, criptomoeda que fará parte da KODAKOne, plataforma de gerenciamento de imagens para fotógrafos que utiliza a tecnologia blockchain.

Isso também serve para dar uma medida da euforia que, graças a excelentes dados econômicos em todas as latitudes, está investindo nos mercados que, desde o início de 2018, valorizaram a bolsa, globalmente, em 2.100 bilhões de dólares, ligeiramente menos do que o PIB italiano.

YEN BRAKES TÓQUIO, BOLSAS CHINESAS AVANÇAM

Esta manhã, aliás, Tóquio (-0,1%) permitiu-se uma pausa depois de ontem ter atingido o seu nível recorde desde 1991. Mas a Bolsa absorveu o primeiro ajuste do Quantitative Easing sem choques. O Banco do Japão anunciou que as compras de títulos de longo prazo serão reduzidas. O iene se valoriza em relação ao dólar pelo segundo dia consecutivo: câmbio em 112,3. A Bolsa da Coreia do Sul caiu 0,3%, a da Austrália 0,5%, a da Índia está em paridade. Taipei perde 0,7%.

As listas de preços chinesas cuidaram de apoiar a alta. O índice Hang Seng da bolsa de valores de Hong Kong sobe, atingindo a máxima dos últimos dez anos: +0,7%. O índice CSI300 das bolsas de Xangai e Shenzhen ganha 0,4%.

Dados positivos sobre a inflação na China divulgados esta noite. Os preços ao consumidor subiram 1,8% ano a ano em dezembro, acelerando ligeiramente em comparação com o valor de novembro, mas menos do que o estimado +1,9%. O impulso inflacionário, para uma economia com taxas de crescimento tão fortes, continua muito baixo: a meta do banco central é de 3%.

CHUVA DE RECORDES NOS EUA. VOAR BOEING

No entanto, o motor do aumento continua sendo os mercados americanos: Nasdaq (+0,09%) e S&P (+0,13%) alcançaram o sexto recorde absoluto consecutivo. O Dow Jones (+0,41%) após a imperceptível queda da véspera, voltou a subir.

Wall Street confirma-se assim como o primeiro aliado do Presidente Donald Trump, que já se vingou do ex-colaborador Stephen Bannon, autor das revelações contidas no livro "Fire & Fury": Bannon foi despedido do Breitbart, a referência de direita site EUA. O próprio Trump anunciou sua participação na próxima reunião em Davos: o show está garantido.

Enquanto isso, aguardando as primeiras contas bancárias previstas para o fim de semana, o grupo blue-chip foi puxado pela Boeing (+2,7%), a ação mais efervescente da era Trump.

No mercado obrigacionista, registou-se um ajustamento dos Bilhetes do Tesouro a 2,55 anos, cuja yield subiu para 58%, a maior desde março do ano passado. A curva de rendimento tornou-se ligeiramente mais íngreme, o spread entre o rendimento de dois anos e o de dez anos aumentou para XNUMX pontos base.

RECUPERE O DÓLAR, O PETRÓLEO FUNCIONA

Continua a recuperação do dólar frente ao euro, negociado a 1,1945.

O petróleo continua a apontar para cima. Esta manhã o Brent negociou nos mercados asiáticos a 69,2 dólares o barril, o mais alto dos últimos três anos: ontem à noite fechou a 68,8 dólares o barril (+1,5%). O American Petroleum Institute estima que os estoques de petróleo dos EUA caíram 11 milhões de barris na semana passada.

Na Piazza Affari Eni -0,4%, Saipem -0,5%. Tenaris +0,3% também na onda do relatório Equita que se refere ao levantamento sobre as importações de aço nos Estados Unidos. O Departamento de Comércio dos EUA deve publicar os resultados da investigação até 15 de janeiro. A condenação das produtoras coreanas pode favorecer as vendas do grupo que produz nos EUA.

EMPREGO LEVA PIAZZA AFFARI ALÉM DOS 23 MIL PONTOS

Mais um excelente dia para os mercados do Velho Continente impulsionados por vários fatores: dados macro positivos, indicações favoráveis ​​das bolsas asiáticas e o lançamento de Wall Street. Por último, mas não menos importante, o fortalecimento do dólar e do iene.

Na Piazza Affari, o rali permitiu ao Ftse Mib (+0,7%) ultrapassar a marca de 23 mil pontos (23.004) sobre as máximas dos últimos dois meses, ampliando o ganho do início do ano para 5% (1.400 pontos mais apenas três sessões). A nível técnico, o índice aproximou-se da área de resistência no intervalo 22.860/23.134 (o topo de 2017). Os artistas gráficos não excluem, após uma fase de consolidação, um prolongamento rumo aos máximos de 2015 (na área dos 24 mil).

As outras bolsas europeias também tiveram bom desempenho: Frankfurt +0,13%, Paris +0,67% e Londres +0,45%. Curiosamente, o mercado morno foi o alemão, apesar dos sinais de maior aceleração da economia. A produção industrial na Alemanha saltou 3,4% em relação ao mês anterior. “Não podem haver dúvidas – lê-se numa nota da Unicredit – de que a recuperação vai continuar sem entraves no início de 2018 ou mesmo acelerar ainda mais”, aguarda a divulgação do PIB de 2017 prevista para quinta-feira.

O governo espanhol elevará sua previsão de crescimento do PIB para este ano para mais de 2,5% dos atuais 2,3%. A informação é do ministro da Economia, Luís de Guindos.

Enquanto isso, sinais positivos continuam chegando do mercado de trabalho italiano. Em novembro, o número de pessoas ocupadas cresceu 65.000 mil e o número de pessoas ocupadas subiu para 23,183 milhões, o maior nível da série histórica do Istat, iniciada em 1977.

THE TREASURE ANUNCIA UM TÍTULO DE 20 ANOS. LEILÃO DE BOT HOJE

Segundo estudo do UBS, a fase econômica positiva e as compras mensais do BCE continuarão a conter a volatilidade dos BTPs: o prêmio de risco do Bund não subirá muito em relação aos níveis atuais com a aproximação das eleições.

A secundária italiana enfraqueceu na tarde após o anúncio às 16h da oferta de um novo BTP sindicado de vinte anos. O Ministério da Economia encarregou um consórcio de bancos de gerir a colocação de um novo título, o BTP, a 1 de setembro de 2038. Após a nota do Tesouro, o spread com o Bund subiu para 159 pontos base. A colocação será gerida pela Banca Imi, Barclays, Ing, JP Morgan e Rbs.

Hoje será a vez do leilão de Bot de 12 meses (7,5 bilhões contra 7,7 a vencer). No mercado cinza da MTS, a ação negociou ontem à noite a uma taxa na área de -0,415%, a ser comparada com mais uma baixa na série de -0,407% vista no leilão de meados de dezembro. Amanhã o Tesouro limitar-se-á a reabrir os benchmarks a três e sete anos por um valor entre 5 e 6 mil milhões de euros. De realçar ainda hoje o encontro com o novo décimo aniversário, um leilão que visa colocar 5 mil milhões do novo benchmark de fevereiro de 2028 que destaca um cupão de 0,50%.

SCUDERIA AGNELLI PARA AS ESTRELAS. FCA SUPER, CUIDADO COM EXOR

Carros, finanças, mas também navios e moda. Foi um dia para a Piazza Affari dominado por registros históricos.

A Fiat Chrysler nunca para: a ação (+1,99% para 18,47 euros) estabeleceu seu novo recorde histórico, enquanto os analistas continuam atualizando suas metas e avaliações. Um relatório do Morgan Stanley, que cita as declarações do CEO Sergio Marchionne meses atrás sobre a cisão da marca Jeep, indica um preço de 30 euros no caso do touro, mesmo que a meta seja de 16 euros. Ontem foi a vez do Barclays que elevou o preço-alvo de 18 para 21 euros, confirmando a recomendação de sobreponderação. No geral, a ação continua impulsionada pelas expectativas quanto à intervenção de Marchionne no Detroit Motor Show da próxima semana, marcada para segunda-feira, e por outro lado por possíveis operações extraordinárias no modelo Ferrari: Magneti Marelli, Comau e o próprio Jeep, o verdadeira galinha dos ovos de ouro do cacho.

Não menos interessante é a empresa-mãe Exor (+2,08% para 58,85 euros) que, sublinha o gerente do Ifigest Andrea Scauri, regista “um desconto no Nav na ordem dos 30%, superior à média de 25%” na pendência de possíveis vendas de ativos por Cnh Industrial +0,42% e aumento dos prêmios da controlada PartnerRe.

A Ferrari também está em terreno positivo (+1,2%).

A FINECO LIDERA O CARGO DE GESTÃO

Recorde histórico também para o Finecobank (+4%) na onda de dados de entradas líquidas para 2017 igual a 5.958 milhões de euros, um aumento de 18% em relação a 2016. A Kepler Cheuvreux elevou o preço-alvo da ação para 10 de 8,8 euros.

A Azimut (+2%) também se destacou nos ativos sob gestão, que em 2017 atingiram entradas recordes de 6,8 mil milhões de euros graças também à consolidação de algumas aquisições (Mónaco e Austrália). Melhor ainda, sempre na onda dos resultados recordes, Banca Generali (+2,9%).

Dia positivo também para os bancos italianos: o índice do setor marca +0,99%, contra +0,58% do Stoxx europeu.

A Moody's revisou a perspectiva do Unicredit para cima +0,6% para 'positivo' de 'estável' refletindo a crescente confiança de que o banco pode cumprir suas metas de 2019. O Mediobanca elevou seu preço-alvo no Intesa Sanpaolo +0,8% para 3 euros de 2,82 euros, confirmando o Classificação neutra. Os populares também são bons. Bper Banca +2%, Banco Bpm +1%.

FINCANTIERI, CERVED, CUCINELLI NO TOPO

A lista de registros históricos não termina aí. Fincantieri +3,88% para 1,473 (máximo em 1,514), impulsionado pelas encomendas recebidas da subsidiária Varde. Cerved +2,2%, novo recorde de 11,45 euros na onda do acordo sobre a gestão de créditos malparados da cooperativa de Bari.

Brunello Cucinelli +1,23% para o novo máximo de 28,90 euros. Em 2017, o grupo da caxemira registou receitas líquidas de 503,6 milhões (+10,4% ao câmbio atual) com um aumento positivo em Itália (+11,2%) e nos principais mercados internacionais (na Grande China +36,2%). Fedone srl, empresa financeira familiar, perdeu 6% de 57% já controlada com procedimento de bookrunner gerido pelo Mediobanca.

STM ACELERA NA ESPERA DE LAS VEGAS

Bom desempenho da Stm (+1,86%), próxima protagonista da CES, feira de eletrônicos de consumo em Las Vegas. A empresa confirmou seu guidance para o quarto trimestre de 2017 em relação às receitas, que espera crescer +10% trimestralmente, e comunicou a data de publicação dos resultados que será em 25 de janeiro.

Salvatore Ferragamo desliza em vez disso (-1,87%). O UBS cortou sua avaliação de neutro para vender, com o preço-alvo revisado para baixo de 22 para 19 euros. Analistas citaram temores de que 2018 pudesse decepcionar as esperanças de recuperação, reduzindo suas previsões para o EBITDA de 2018 para 240 milhões de euros, 10% abaixo do consenso.

Nova reação de Astaldi fora da lista principal: +13,3%, que se soma aos +5,5% registrados no dia anterior.

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