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Bentivogli, (Fim-Cisl): "Piombino volta a fundir aço"

Amanhã em Piombino haverá greve e manifestação nas ruas da cidade toscana de mais de 1000 trabalhadores da antiga Lucchini, que esperam há dois anos pela implementação do acordo-programa assinado em 30 de junho de 2015 para a revitalização do Local industrial de Bentivogli:

Bentivogli, (Fim-Cisl): "Piombino volta a fundir aço"

Amanhã em Piombino haverá greve e manifestação nas ruas da cidade toscana de mais de 1000 trabalhadores da antiga Lucchini, que esperam há dois anos pela implementação do acordo-programa assinado em 30 de junho de 2015 para a revitalização de o local industrial

À frente da procissão que percorrerá a cidade junto com os secretários gerais da Fiom e Uilm, estará o secretário geral do Fim Cisl Marco Bentivogli, que encerrará a manifestação com um comício final na Piazza Verdi.

Para o dirigente do Fim Bentivogli: há dois anos assistimos a adiamentos e atrasos contínuos do empresário argelino Issad Rebrab, para a implementação do plano industrial de Piombino. Esta situação suscita particular preocupação junto dos trabalhadores, das suas famílias e da zona envolvente, alimentando um clima de desconfiança e incerteza que já não é tolerável.

Como se não bastasse, hoje a fábrica está praticamente parada porque até o trem ferroviário está bloqueado por falta de matéria-prima. A produção provavelmente será retomada nos primeiros dias de abril, enquanto para as outras laminadoras: Tmp e usinas de fio-máquina, que estão paradas há muitos meses, não há perspectiva imediata de reiniciar.

É evidente que desta forma não está garantida a continuidade produtiva da empresa, essencial para a manutenção dos contratos solidários.

E além disso - prossegue Bentivogli - os projetos de desmantelamento das áreas que dariam trabalho também para empresas coligadas, agora em colapso e que correm o risco de ficar fora do circuito de trabalho, não começaram. Nada de positivo, nem mesmo ao nível da Logística e Agro-industrial que são os outros dois pilares do Plano Industrial de Piombino, para além do da siderurgia, capaz de garantir o desenvolvimento futuro do emprego também noutros sectores a par do siderúrgico.

Assim sendo – prossegue – é determinante o papel do Governo, que deve garantir os compromissos assumidos através da assinatura do contrato de programa e da escritura de transferência para a Cevital.

A próxima reunião no Ministério do Desenvolvimento Econômico agendada para 27 de março terá que ser decisiva para entender se a Cevital é um interlocutor confiável ou se o governo precisa encontrar uma solução alternativa que garanta a sustentabilidade financeira e a revitalização industrial de Piombino e com é a ocupação plena.

Por isso - conclui Bentivogli - a manifestação e a greve de amanhã são de particular importância para relançar a disputa e respeitar os acordos feitos. Nossas iniciativas só terminarão quando tivermos a garantia e a certeza de que o segundo maior pólo siderúrgico do nosso país voltará a produzir aço.

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