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Bancos, menos títulos do governo em carteira

Os bancos italianos reduziram significativamente sua exposição aos títulos do governo nacional, reduzindo a participação dos títulos públicos presentes nas diversas carteiras em até 36 bilhões de euros no último ano. Falando em números, a quantidade de títulos em poder das instituições de crédito caiu de 375 para 339 bilhões, uma queda de 9,6% em apenas 12 meses.

Os bancos italianos reduziram significativamente sua exposição aos títulos do governo nacional, reduzindo a participação dos títulos públicos presentes nas diversas carteiras em até 36 bilhões de euros no último ano. Falando em números, a quantidade de títulos em poder das instituições de crédito caiu de 375 para 339 bilhões, uma queda de 9,6% em apenas 12 meses.

Este dado é revelado pelo Banco da Itália que especifica como, dos 36 bilhões considerados, 27 são devidos aos chamados bancos italianos significativos, ou seja, aqueles sujeitos à supervisão do Banco Central Europeu, 2 bilhões às subsidiárias de instituições estrangeiras e 7 para o restante do sistema.

Por que o subfundo decidiu reduzir a quantidade de títulos do governo em sua carteira? As razões são muitas: vão desde uma tendência geral de desinvestimento em títulos públicos a temores em relação à dívida pública e ao baixo crescimento do nosso país, passando pelo afrouxamento quantitativo do BCE e pela necessidade de diversificar o risco.

Contando também com as pressões vindas da Alemanha que há algum tempo vem colocando a redução dos títulos públicos nos balanços das diversas instituições como condição essencial para a concretização da União Bancária.

Certo é que em breve a Eurotower também se debruçará sobre o tema tendo em vista o Comité de Basileia que tratará precisamente das alterações relativas à legislação sobre obrigações de dívida pública no âmbito do programa 2017-2018. Em relatório ao Parlamento da UE, o Banco Central já anunciou que qualquer revisão das regras não será baseada na quantidade, mas nos efeitos sobre os preços. Apesar disso, aguardando as mudanças, os bancos italianos já começaram a caminhar para uma mudança substancial nas estratégias de investimento.

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