Não há paz na Áustria. Após a vitória da extrema direita no primeiro turno das eleições presidenciais do mês passado e o anúncio dos planos de construção de um muro sobre o Passo do Brenner, na fronteira com a Itália, o chanceler social-democrata austríaco Werner Faymann, no cargo há sete anos e meio, ele decidiu renunciar. O governo, portanto, passará interinamente para as mãos do vice-chanceler Reinhold Mitterlehner.
O agora ex-chanceler austríaco não resistiu à pressão da esquerda do partido social-democrata que há semanas o acusa da posição assumida por Viena na frente migratória, que resultou no anúncio da construção do muro .
Em uma coletiva de imprensa convocada inesperadamente, Faymann disse que a Áustria precisa de um chanceler “que tenha o apoio total de seu partido. O país precisa de um novo começo."
A despedida da chanceler ocorre menos de duas semanas após a votação de 22 de maio para as eleições presidenciais, que deixaram de fora os partidos tradicionais do país. Os adversários serão Norbert Hofer, líder do partido de direita anti-imigração Fpoe, e o candidato dos Verdes Alexander Van der Bellen.
