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Seguros, Ania: preços de responsabilidade automóvel baixam, mas cobranças também baixam

RELATÓRIO ANIA 2017 - O preço para segurar carros passou de 567 euros em março de 2012 para 412 euros em março de 2017 - A diferença com a Europa diminuiu entre 2015 e 2016 de 138 para 100 euros - Presidente Farina: "Os prêmios no setor de vida caem para pela primeira vez em três anos: pesam a recuperação contida e as taxas baixas”

Seguros, Ania: preços de responsabilidade automóvel baixam, mas cobranças também baixam

Os preços dos seguros de responsabilidade civil automóvel continuam a cair. Em 2016, o custo médio das apólices italianas caiu para 420 euros e, só para automóveis, estima-se que tenha passado de 567 euros em março de 2012 para 412 euros em março de 2017, com uma redução de 27%. É o que revela o último relatório da Associação Nacional de Seguradoras (Ania), apresentado hoje em Roma durante a reunião anual.

No ano passado registou-se “nova redução do prémio médio (igual a -5,9%), embora em grau ligeiramente inferior ao dos três anos anteriores: -6,7% em 2015, -7% em 2014 e -4,6% em 2013 – lê-se no texto – Por isso também diminuiu a diferença entre os prêmios italianos e os dos outros principais países europeus”.

Se, de fato, “as apólices italianas eram em média 2008-2012 mais caras em 213 euros do que a média na Alemanha, França, Espanha e Reino Unido”, em 2015 “a diferença havia diminuído para 138 euros”. A Ania, “com base na evolução do índice de preços da responsabilidade automóvel registada pelo Eurostat, estima agora que este fosso voltou a diminuir e é igual a 100 euros em 2016”.

RECOMPENSA PARA BAIXO

Em suma, a situação dos consumidores está melhorando. Para as empresas, porém, o cenário não é dos mais otimistas. O relatório da ANIA também mostra que a receita total de prêmios no setor italiano foi de 134 bilhões no ano passado, com uma queda de 8,2% em relação a 2015.

“Em 2016 – disse a presidente da ANIA, Maria Bianca Farina – devido à retoma económica contida, às taxas de juro ainda muito baixas e à volatilidade dos mercados financeiros, pela primeira vez após três anos consecutivos de crescimento, a cobrança do setor vida, igual a 102 mil milhões de euros, diminuiu 11% face ao máximo histórico registado em 2015”.

APENAS 16% DOS JOVENS ADEREM À SEGURANÇA COMPLEMENTAR

Farina acrescentou que o sistema de seguros está pronto para enfrentar o desafio da "inovação", tendo em vista uma "mudança radical" para interceptar novas necessidades e "compensar o atual subseguro" que vê, por exemplo, na previdência complementar frente a uma adesão de apenas 16% do pool de jovens potencialmente matriculados. Segundo o número um da ANIA, é “essencial que as despesas das famílias sejam direcionadas para formas de entreajuda” para implementar “um sistema integrado entre público e privado”.

CARROS SEM SEGURO DIMINUI

Enquanto isso, porém, com o adeus aos adesivos de papel, os carros sem seguro diminuíram cerca de meio milhão. De acordo com os dados do relatório, em 2016 existiam 2,9 milhões de veículos não abrangidos pela apólice, o equivalente a 6,7% do total, contra 3,4 milhões em 2015. A ANIA refere que a desmaterialização da vinheta de seguro, entrou em vigor em outubro 2015, começou a produzir os seus maiores efeitos durante o ano de 2016. A inovação constitui um incentivo à contratação de seguros porque permite às forças policiais verificar a regularidade da cobertura do seguro de forma automática e direta na estrada, através do acesso a um arquivo informático onde o automóvel a cobertura de responsabilidade de todos os veículos é armazenada.

APENAS 5% DAS CASAS TÊM UMA POLÍTICA CONTRA TERREMOTOS

Por último, no que respeita ao parque habitacional italiano, Farina sublinha que está “40% construído em zonas classificadas como de alto risco sísmico” e, “por falta de intervenções de segurança, é altamente vulnerável. Além disso, é um patrimônio pouco segurado: cerca de 40% das residências estão cobertas contra incêndio; destes, apenas 5% possuem cobertura estendida contra risco sísmico ou inundação. A Ania desenvolveu, em conjunto com as empresas associadas, um modelo de regime de seguros de cobertura de habitação. É um modelo que garante prémios acessíveis à comunidade através da adoção de medidas de mutualidade entre os vários riscos e da intervenção do Estado como garante de última instância. Reiteramos nossa total disposição para discutir o mérito das propostas com todas as partes interessadas”.

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