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America's Cup: Luna Rossa desafia a Nova Zelândia, a final está em andamento

A 9ª edição do mais antigo e prestigiado troféu de vela arranca na noite italiana de 10 para 36 de março em Auckland: a Itália nunca o conquistou e os neozelandeses são os favoritos.

America's Cup: Luna Rossa desafia a Nova Zelândia, a final está em andamento

Seria muito bom, pela primeira vez em 170 anos, trazer o mais antigo troféu de vela para a Itália, assim como o mais antigo de todos os troféus pelos quais ainda está competindo. A America's Cup, criada em 1851 (por ocasião da London Expo, com o desafio entre o British Royal Yacht Squadron e o New York Yacht Club, que venceu e ainda detém o recorde de vitórias, 25), é mais velho que Wimbledon, o 5 Nations do rugby (mais tarde 6 Nações), até da Boat Race, a histórica regata de remo que vê Oxford e Cambridge competirem todos os anos, desde 1856. Nunca como nesta edição, com o advento da veloz classe AC75, que quase voam sobre a água, o A America's Cup é a Fórmula 1 do mar, um evento de altíssimo valor tecnológico, industrial, know-how e esportivo.

Precisamente por isso, porque na Fórmula 1 somos múltiplos vencedores com a Ferrari e porque a vela, para um povo de "santos, poetas e navegadores" (mas também "de artistas, heróis, pensadores, cientistas e transmigrantes", para dizer bem ), pode ser menos, seria legal a vitória do Luna Rossa, falando em valor tecnológico e industrial é apoiado por dois gigantes do Made in Italy, como Prada e Pirelli, que colocaram dinheiro e habilidades nisso. E de uma esquadra que reúne os melhores velejadores, estrategistas, técnicos e especialistas em navegação de Norte a Sul, da Romagna do skypper Max Sirena, à Ligúria do estrategista Pietro Sibello, da Sicília do timoneiro Checcho Bruno ao Trieste do estrategista Vasco Vascotto, só para citar alguns. Sem contar que a sede oficial do barco é Cagliari e que tem um toque internacional Skypper australiano James Spithill, aquele que já conquistou a taça em 2013 no comando da BMW Oracle. Um esquadrão que se moldou ao longo do tempo, com poucas vitórias e muitas derrotas: o Luna Rossa estreou na America's Cup há 21 anos, quando surpreendentemente conquistou a Louis Vuitton Cup ao eliminar as favoritas americanas, para depois perder a final contra os neozelandeses.

Será o Team New Zealand, novamente, o adversário do grande final começando em Auckland na quarta-feira, 10 de março, mais precisamente na noite entre terça e quarta-feira para quem segue da Itália. Vinte e um anos depois, Luna Rossa chega ao último ato após ter reconquistado o troféu challenger (que hoje se chama Prada Cup), dominando os ingleses de Ineos, que teriam dado a alma para se livrar do complexo de disputar um troféu inventou, mas nunca ganhou: “Finalmente podemos dizer que estamos na Copa América. Enfrentamos uma longa jornada com altos e baixos nos últimos meses e estamos felizes por ter conquistado a Prada Cup e por ter desmarcado um dos nossos objetivos, que é correr contra o Defensor. É um momento importante para a equipe e representa o resultado desses últimos três anos de trabalho. Mostramos que nunca desistimos, mesmo quando pensaram que estávamos perdidos”, orgulha-se Max Sirena, skypper e chefe de equipe da expedição italiana.

“A grande quarta-feira”, anuncia o site da Copa América de forma contundente para apresentar a grande final. Os neozelandeses são os detentores do título e são muito rápidos: são sempre os favoritos. Depois das duas provas marcadas para quarta-feira, haverá um dia de folga e depois o reinício das competições no fim de semana, a partir de sexta-feira. Competimos em melhor de 13 regatas: quem chegar primeiro a 7 vitórias levanta a taça. Da Itália será possível acompanhar todas as regatas pela TV, em vários canais, por volta das quatro da manhã. Em Auckland, porém, a Covid impedirá que haja um clima digno do evento: pelo menos até sexta-feira na cidade neozelandesa foi imposto o alerta Covid nível 2, para o qual os campos de regata próximos à costa serão interditados para evitar aglomerações . Os únicos percursos disponíveis serão o Curso A, em direção a Takapuna, e o Curso E na área da Ilha Waiheke.

A regata acontece no lendário Golfo de Hauraki, o mesmo de 21 anos atrás: está em disputa a 36ª edição da America's Cup, troféu que nenhum barco italiano jamais conquistou. Antes de Luna Rossa, o mouro de Veneza experimentou em 1992, mas foi derrotado em San Diego pelo anfitrião America Cube. Os neozelandeses, por sua vez, já conquistaram este troféu três vezes, a primeira em 1995: ao derrotar o Luna Rossa, chegariam a quatro vitórias, ultrapassando os americanos do San Diego Yacht Club. Em 35 edições, apenas duas vezes (com a equipe suíça Alinghi) terminou a Copa América na Europa, ou melhor, em outro país que não os EUA ou a Nova Zelândia. No comando está Spithill, que já venceu os neozelandeses na final de 2013, completando a maior reviravolta da história (de 1-8 para 9-8!): “A Nova Zelândia é favorita, mas não tem o garantia de vitória".

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