Easyjet, Air France-Klm, Delta Airlines e o fundo de investimento Cerberus. Estes são os nomes que compõem o novo consórcio de quatro pronto para desafiar a Lufthansa a assumir a Alitalia, que ontem conquistou o recorde de companhia aérea mais pontual do mundo, com 91,89% dos voos pousados no horário.
Os quatro gigantes já estavam na disputa, cada um por sua conta. Então a reviravolta: uma aliança que poderia virar as cartas na mesa.
A venda da Alitalia está, portanto, de volta aos holofotes, após semanas de impasse. As quatro empresas teriam pedido aos 3 comissários Luigi Gubitosi, Enrico Laghi e Stefano Paleari uma reunião que, segundo rumores, deve acontecer na quinta-feira, 22 de fevereiro. O objetivo é chegar a uma negociação exclusiva, eliminando assim os alemães da Lufthansa.
Apesar disso, ainda parece pouco provável que a venda da antiga transportadora de bandeira se concretize a curto prazo e muito provavelmente o dossiê passará para as mãos do novo governo (se houver) que o tratará após as eleições de 4 de março. Isso também é confirmado pelas palavras proferidas esta manhã pelo Ministro do Desenvolvimento Econômico, Carlo Calenda no final da mesa sobre o setor automotivo: "Os comissários me confirmaram que não acreditam que possam concluir antes de 4 de março, pois os pretendentes querem esperar as eleições". “Mas vamos continuar trabalhando” acrescentou Calenda sobre o consórcio de quatro Air France-Delta-Easyjet-Cerberus ele respondeu: “Não vou comentar sobre os consórcios”.
De acordo com os últimos rumores, o acordo atribuiria um papel diferente a cada uma das empresas do consórcio e se basearia em diferentes razões: a Easyjet atuaria como um veículo para os voos da Alitalia, transportando seus passageiros até o hub de Fiumicino e também cuidando do negócio de longo curso. A Air France conseguiria ultrapassar seus principais concorrentes (Lufthansa e British Airways) e conquistar a supremacia dos céus europeus. A Delta poderia finalmente entrar no mercado italiano através das rotas intercontinentais atualmente nas mãos da Alitalia e a Cerberus, que há muito procura novos parceiros no setor aéreo, se veria acompanhada por três gigantes reais.
