A edição 2015 do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, começou ontem e segue até sábado. A surpresa é que abriu com uma festa italiana organizada pelo ICE e oferecida a 2.500 empresários globais, ministros, primeiros-ministros acadêmicos de várias partes do mundo. O primeiro-ministro, Matteo Renzi, que chegou à noite, falará esta manhã na sessão plenária "Liderança Transformacional". O ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, também é esperado.
Menos confiança no crescimento.
O lançamento do Fórum 2015 ocorre num momento em que a escalada do terrorismo é considerada pela Gotha da política e economia mundial como a principal ameaça à estabilidade e à recuperação. A semana também oferecerá amplos insights de natureza econômico-financeira e as decisões que o BCE tomará na quinta-feira (Mario Draghi de fato não estará em Davos) voltarão ao vivo nas montanhas suíças.
O lançamento do fórum é um tanto pessimista. Entre os 1.322 gerentes de alto escalão que responderam à tradicional pesquisa da PwC, que dá início aos dias do WEF em Davos - relata a Ansa -, a porcentagem de otimistas diminuiu em comparação com o ano anterior. Caiu de 44% para 37%. Pior ainda na Itália. Entre os 50 CEOs que responderam aos otimistas da PwC no início de 2014, 43% estavam em linha com as expectativas de seus colegas. Agora, apenas 27% acreditam em crescimento.
O Fórum Econômico Mundial se prepara, assim, para receber um pelotão de financistas e industriais que parecem menos confiantes sobre a força da recuperação do que há um ano. Um receio que – revela o levantamento da Pwc, relatado pela Ansa – não preocupa a todos. Na Índia, 62% dos CEOs esperam maior rotatividade nos próximos 12 meses. Nos EUA, para em 46%. Na Europa não há mais de 36% de gerentes britânicos, 35% de alemães, 23% de franceses e 20% de italianos.
No entanto, os principais dirigentes da Itália não estão apenas enviando sinais de preocupação. 80% acreditam que 2015 será melhor do que 2014. E, ainda mais, há uma importante inversão de tendência no emprego e no trabalho, que é um dos pontos de inflexão que mais afeta as famílias e as empresas, que mais se comprometeu e continuará comprometer a política com a busca de receitas. Será o efeito do Jobs Act? Impossível dizer, explicar os especialistas que supervisionaram a pesquisa. Mas 36% dos CEOs italianos ouvidos pela PWC consideram um aumento no número de funcionários nos próximos 12 meses. Talvez entre eles esteja o CEO da FCA, Sergio Marchionne, que anunciou a contratação de Melfi. Mas há um ano o percentual era bem menor, de 26%.