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Wall Street voa na mira do G7, Milan tenta se levantar

Está desencadeada a contra-ofensiva dos bancos centrais, que a meio do dia vão decidir em conjunto com os ministros das finanças do G7 como afastar os perigos da recessão desencadeada pelo Coronavírus – Mas será que uma redução das taxas será suficiente? – Em 8 sessões, Piazza Affari perdeu 17%, mas hoje espera reverter o rumo

Wall Street voa na mira do G7, Milan tenta se levantar

A reunião dos poderosos do mundo está marcada para as 13h7, hora italiana, quando será realizada uma teleconferência entre os ministros das Finanças do GXNUMX e os mais importantes banqueiros centrais, liderados pela Fed e pelo BCE. Então o mundo saberá quais medidas financeiras (cortes de juros e mais, provavelmente) serão tomadas para lidar com as consequências do coronavírus. Enquanto isso, os mercados já se mobilizaram.

Ontem à noite, Wall Street registrou a alta mais robusta dos últimos anos: Dow Jones +5,09%, S&P 500 +4,65, Nasdaq +4,6% sob o impulso da Apple (+9,3%), que recuperou metade das perdas da semana passada.   

O rali continuou esta manhã, embora de forma mais moderada, nas bolsas asiáticas. Xangai (+1,3%) consolida os ganhos de segunda-feira (+3,3%). Hong Kong +0,8%, o Kospi de Seul +1,4%. O S&P Sydney também avançou (+0,8%): o banco central australiano cortou o custo do dinheiro em um quarto de ponto.

A Bolsa de Tóquio não participa do coro (-0,7%), travada pela valorização do iene frente ao dólar (107,99). O governador do BoJ disse que, se necessário, o Banco comprará ações em bolsa. A cruz dólar-yuan está se recuperando ligeiramente, em 6,97, após três dias consecutivos de queda.

O dólar enfraquece em relação a quase todas as moedas do planeta diante dos próximos movimentos do Federal Reserve. Os comerciantes certamente darão um corte de meio ponto percentual na próxima reunião do Fed.

O crescimento do euro face à moeda norte-americana abranda, esta manhã em 1,115 contra o máximo de 1,118 ontem. Até o BCE disse que estava pronto para agir. Entre as possíveis intervenções está um novo corte na taxa dos depósitos, que passará dos atuais -0,6% para -0,5%, na reunião da comissão executiva de 12 de março. Mas o espaço de manobra de Frankfurt é limitado.

Até que ponto, perguntam os analistas, um corte nas taxas pode ser eficaz diante de uma epidemia? “O Fed pode cortar o quanto quiser – aponta relatório de Charles Schwab – mas não pode reiniciar uma linha de montagem se os trabalhadores estiverem em quarentena”. Os danos causados ​​à globalização pelo vírus (basta dizer que há escassez de antibióticos porque grande parte da produção mundial está localizada em uma área da China bloqueada pela quarentena) são muitos e difíceis de curar. Mas a injeção de liquidez, embora não seja suficiente, é sem dúvida necessária para evitar uma cadeia de defaults muito perigosa. Sem intervenções de emergência, o caminho para o declínio está marcado: esta noite o Goldman Sachs cortou suas estimativas do PIB dos EUA para o primeiro trimestre de 2019 para +0,9%, no segundo trimestre o crescimento será zero. Outros calculam que o crescimento mundial corre o risco de cair pela metade, de 3% para 1,5%. Nesse contexto, o combate à epidemia também se dá em outras frentes financeiras.

As yields dos Títulos do Tesouro a 1,12 anos continuam em queda (3%, -34 pontos base, para o nível mais baixo da história), mas há sinais de estabilização nos movimentos da curva. O spread de dois anos a 10 anos, que havia subido para XNUMX pontos-base, está tentando se acomodar XNUMX pontos-base mais baixo.

O ouro recupera, esmagado na sexta-feira pelas vendas iniciadas pelos bancos centrais, determinados a obter munições face à ofensiva que se avizinha.

Não menos importante é a frente do petróleo. A cúpula da OPEP+ será realizada em Viena na quinta-feira. A Rússia parece disposta a aceitar pedidos de cortes drásticos na produção.

Quedas acentuadas ontem para os estoques de petróleo em Milão: Saipem -3,3%, depois que o Morgan Stanley baixou a meta de 6,3 para 5,8 euros.

PIAZZA AFFARI REDUZ O VERMELHO NA FINAL

A esperança de intervenção do banco central ontem salvou as listas de um novo dilúvio de vendas. Apenas o Milan, apesar de agarrado às notícias reconfortantes vindas dos mercados americanos na final, sofreu novas dores infernais durante boa parte da sessão antes de reduzir o déficit na final. Mas as notícias do front da epidemia, na origem do corte nas estimativas da OCDE do que para o Bel Paese. Os índices da indústria não são melhores, com crescimento negativo há 17 meses. Os dados mais recentes, aliás, foram detectados na manhã de 21 de fevereiro, antes do anúncio da emergência.

EM OITO SESSÕES PERDEU 17%

O Piazza Affari, recuperado da derrota de 12% da semana passada, sofreu uma queda de 1,5%, para 21,655 pontos, mas reagindo na final aos mínimos dos últimos quatro meses alcançados esta manhã aos 21.113 pontos, na sequência do ressalto de Wall Street.

Em oito sessões passamos dos máximos dos últimos 12 anos, alcançados na quarta-feira, 19 de fevereiro, com 25.493 pontos, aos mínimos de hoje, com 21.113 pontos, a beleza de 4.380 pontos base perdidos em menos de duas semanas (-17%).

A situação no resto da Eurolândia não é dramática. Frankfurt (-0,3), Madri (+0,12%) e Paris (+0,44%) fecharam em território positivo.

Cerca de um ponto percentual são os ganhos fora da zona euro: Londres +1,17%, Zurique +0,97%.

ATENAS -6,5% SOBRECARREGADA PELA IMIGRAÇÃO

Atenas entra em colapso (-6,5%). Mas o coronavírus não é a pior emergência: dezenas de milhares de refugiados e imigrantes pressionam as fronteiras da Turquia.

OCDE: ECONOMIAS EM RISCO, ITÁLIA CRESCIMENTO ZERO

A OCDE revisou suas previsões para o crescimento do PIB mundial em 2020, elevando-o para +2,4%, ante +2,9% anterior: em um caso extremo, pode cair para +1,5%. “A economia global está em risco”, sublinhou a instituição parisiense, abrindo o seu estúdio com a imagem de um aeroporto vazio. Toda a Zona Euro sofre um corte do PIB em 2020 de 0,3 pontos, para +0,8%. No caso da Itália, a OCDE prevê crescimento zero este ano, ou 0,4 pontos percentuais a menos do que as estimativas do World Economic Outlook de novembro passado.

Diante do agravamento da situação, os tons do BCE mudam. Christine Lagarde e Jens Weidmann descartaram medidas extraordinárias nos últimos dias. O vice-presidente Luís de Guindos sinalizou hoje, pelo contrário, que nas últimas horas houve contactos com outros bancos centrais.

A FORÇA-TAREFA DA UE FOI INICIADA

Oportunidades não faltam para fazer um plano de emergência comum decolar. Haverá uma teleconferência dos ministros das finanças do G7 hoje e uma reunião extraordinária do G-20 também está planejada para mais tarde. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lançou a força-tarefa da União Europeia para responder à crescente disseminação do coronavírus.

O euro dólar avança para 1,11, +0,8%. Hoje de Guindos disse que não espera mais valorização do euro.

O SPREAD PASSA DE 180, ENTÃO CAI PARA TRÁS

O BTP fechou novamente em território negativo, divergindo dos títulos governamentais da zona do euro.

O spread com o bund aumentou 20 pontos-base durante a sessão, para voltar abaixo de 180 no final, após as declarações da OMS sobre o fato de a Itália ainda poder conter a epidemia.

No fechamento, o spread ficou em 178 pontos-base ante 174 na sexta-feira, com mínima de 167 pontos e máxima de 188, maior nível desde o final de agosto. 

A taxa a 1,15 anos situa-se em torno de 1,13%, depois de ter fechado em 6% na sessão anterior (+1,23 pontos base). Durante o dia, o rendimento atingiu XNUMX%, o maior desde o final de janeiro.

BANCOS EM FOCO: UBS LANÇA ALARME PARA MAL CRÉDITO

O setor de crédito está em forte queda. Além da alta do spread, pesa a perspectiva de um forte enfraquecimento da saúde dos clientes. Em um relatório, o Ubs sublinhou o risco de um surto de empréstimos inadimplentes ou inadimplentes, a espada de Dâmocles da qual as instituições pareciam finalmente ressurgir.

O Banco Bpm lidera as quedas (-6%), em vésperas da apresentação do plano de negócios. Os duelistas estão a abrandar: Intesa Sanpaolo (-3%) concluiu a seleção de consultores para a oferta pública do Ubi Banca (-4,5%), indicando JP Morgan, Morgan Stanley, Ubs e Equita que trabalharão ao lado do Mediobanca. A "presa" Ubi responde com a nomeação do Goldman Sachs, além do Credit Suisse. O Unicrédito também caiu fortemente (-4,2%). Também penalizou Bper Banca (-5,4%), Pop. Sondrio (-5,6%) e Creval (-5,91%).

NEXI, O MELHOR BLUE CHIP

Nexi volta ao positivo (+1,87%), melhor blue chip do dia

FCA -3,6%. A AÇÃO NA ITÁLIA AUMENTA

A indústria está no vermelho: Buzzi -5,77%, Prysmian -4,77%, Pirelli -3,6% e Fiat Chrysler. Os dados cadastrais de fevereiro saíram à noite. No mês passado, o grupo FCA emplacou mais de 41.300 mil carros, com queda de 7,34% em relação a fevereiro de 2019. Por outro lado, a participação no mercado aumentou, passando de 25,4% há um ano para 24,8%.

O futebol também perde força: Lazio -6,96%, Juventus -5,2%.

Apenas ações anticíclicas, como utilidades, foram positivas: Terna +1,37%, Enel +0,85%, Hera +0,72%, Snam +0,56% e Italgas +0,51%.

Algumas ideias também sobre luxo com Brunello Cucinelli, que salta 3,1%.

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