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Utilities, Buffett também desencadeia febre na Europa

A corrida entre Warren Buffet e Paul Singer pela vitória na utilitária do Texas aquece todo o setor, o que está a provocar faíscas também na Europa – a gestão de ativos (Anima-Banco Bpm) e o automóvel (Ferrari) também seguram a mesa e os futuros preveem uma boa abertura do mercado de ações para hoje também

O New York Times tem como alvo Donald Trump. Isso certamente não é novidade, mas desta vez Donald Trump Junior está na mira do jornal e dos inimigos do presidente, acusado de ter obtido "revelações" sobre Hillary Clinton de advogados russos próximos ao Kremlin às vésperas das eleições. Trump sênior, agora acostumado a viver em casa sob fogo amigo, responde com a nomeação mais significativa feita até agora no campo da governança econômica: Randall Qualis, ex-colaborador de George Bush, ingressará no Fed como supervisor dos bancos. É o primeiro passo para a revisão das regras do setor em profunda transformação.

O Bank of America abriu recentemente três agências sem um único funcionário humano. O cliente pode realizar cada operação eletronicamente. Para serviços de assessoria e gestão de poupança, basta um clique para entrar em contato com um robô ou, opcionalmente, com um consultor conectado remotamente. A economia digital dá assim um novo passo para a eliminação dos trabalhadores de colarinho branco precisamente no mesmo dia em que em Itália, graças ao projeto Anima-Posta-Cdp, se acelera a reorganização da indústria de gestão de ativos.

A ÁSIA ESPERA YELLEN. VOE O PESO MEXICANO

Os mercados estão quietos enquanto aguardamos o depoimento de Janet Yellen no Congresso amanhã e quinta-feira. Os mercados apostam na confirmação dos cortes orçamentários do Fed a partir de setembro, com o dólar subindo em relação ao iene e ao euro (1,1393). O dólar canadense está fraco na véspera do provável aumento da taxa.

Continue competindo com o peso mexicano. A moeda, que deveria ter sido a primeira vítima da política comercial de Donald Trump, está ganhando 15,3% sobre a moeda dos EUA este ano. Há espaço para mais ganhos para o Goldman Sachs.

A Bolsa de Valores brasileira subiu 1,1%. Esta semana começa o debate sobre o possível julgamento do presidente da República Michel Temer. 

A força da moeda americana dá um impulso às listas de preços asiáticas. A Bolsa de Tóquio avançou 0,57%. As pesquisas indicam um declínio acentuado na popularidade do primeiro-ministro Shinzo Abe, apreciado por apenas 36% dos eleitores (mas fortemente criticado por 52%). Brilhante Hong Kong (+1,6%) impulsionado por fusões e aquisições. Novo recorde para Mumbai (+0,3%).

HOJE O PRIME DAY DA AMAZON: O TREME DOS CONCORRENTES

Wall Street está cautelosa na véspera das audiências de Yelln e do início da temporada trimestral: os dados do JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup serão divulgados na noite de quinta-feira. O Dow Jones (-0,03%) e o S&P500 (+0,09%) ficaram praticamente inalterados. A Nasdaq (+0,38%) esteve bem mais animada, às vésperas do Prime Day na Amazon (+1,8%).

Atire às 9 (horário de Nova York) no Prime Day, 30 horas de ofertas e descontos do gigante do comércio eletrônico. Jeff Bezos não pretende fazer prisioneiros: a próxima vítima pode ser a Best Buy, -6,3% após o lançamento de um concorrente do Geek Squad, o serviço de assistência à "casa inteligente" garantido pelo vendedor de produtos eletrônicos.

A queda do Snap continua (-1,1%) pela primeira vez abaixo de 17 dólares, preço alcançado no IPO de março. As ações da Abercrombie despencaram (-21%) após o fracasso das negociações com potenciais compradores da cadeia de vestuário.

ÓLEO EM BALANÇA. RUMO AO TELHADO PARA A LÍBIA

Dia de altos e baixos para o petróleo. WTI e Brent fecharam em alta a 44,3 e 46,9 dólares o barril. Os países produtores da Opep mais a Rússia se reunirão em São Petersburgo no dia 24 de julho para discutir a situação dos mercados de energia. É possível que a Nigéria e a Líbia sejam convidadas a aderir ao pacto de moderação da produção de petróleo bruto. 

Na Piazza Affari, a Eni avança 0,3% em dia de luto grave para o setor: Leonardo Maugeri desapareceu, 53, um dos maiores especialistas mundiais em investimentos em petróleo e energia. Na Eni até 2010, atualmente era professor em Harvard. Saipem sobe 2%, Tenaris +1,3%.

FERRARI EM FORMATO DE MILAN NA POLE POSITION

A ligeira desvalorização do euro e a menor pressão por parte do governo favoreceram a valorização das ações europeias. Uma abertura positiva também é esperada nesta manhã. Graças também ao sprint da Ferrari, Piazza Affari conquista a pole position no final da primeira sessão da semana. O índice Ftse Mib sobe 0,84%. Terreno positivo para as demais listas do Velho Continente: Londres +0,3%, Frankfurt +0,5%, Paris +0,5%, Madri +0,3%.

AS TAXAS ESTÃO QUEBRANDO. 7,25 BILHÕES DE BTP EM LEILÃO DE QUINTA-FEIRA

Mercado em recuperação após a alta generalizada das taxas registrada na semana passada diante dos sinais de redução iminente dos estímulos monetários do BCE. No mercado de títulos, o BTP de 10 anos foi negociado com rendimento de 2,27% (de 2,33% na sexta-feira). O Bund também caiu ligeiramente, em 0,54% (de 0,57% na sexta-feira). O spread entre os yields italianos e alemães de dez anos oscilou entre 179 pontos-base e 174 pontos-base na sessão, após fechar a semana, na última sexta-feira, em 177 pontos-base.

À noite, o Ministério da Economia divulgou os detalhes dos leilões de médio longo prazo agendados para quinta-feira, 13 de julho: serão ofertados entre 5,75 e 7,25 bilhões em BTPs de 3, 7 e 15 anos e um BTP extralongo. empréstimo de 20 anos com uma vida residual de 2037 anos Fevereiro 4 cupão 6,75%. Amanhã, ao contrário, 6,5 bilhões de BOTs anuais serão leiloados contra XNUMX ​​bilhões devidos.

O confronto entre falcões e pombos continua antes da reunião do BCE no dia 20. O membro do comitê executivo do BCE, Peter Praet, um aliado próximo de Mario Draghi, enfatizou que a zona do euro precisa de uma política monetária acomodatícia por um período de tempo prolongado e que a mudança de tom foi apenas uma sutil modificação para refletir melhores condições de crescimento, enquanto a inflação ainda está longe da meta.

A ITALGAS LIDERA AS UTILIDADES. ENERGIA FAZ BUFFETT E CANTORA BRIGA

A febre dos serviços públicos está explodindo nos mercados, também em vista de uma temporada cheia de fusões e aquisições. O pavio no mercado americano foi aceso por duas lendas das listas de preços: Warren Buffett e Paul Singer. Os dois competem pela Onorro, a concessionária do Texas (no valor de 18 bilhões) que está sendo leiloada devido à insolvência da empresa controladora. Buffett parecia a um passo do negócio, mas Singer, que arrecadou à sua maneira, boa parte da dívida (10 milhões de dólares), atrapalhou.

Mesmo na Europa, segundo a análise da Fortum, o setor promete muita satisfação. O Stoxx europeu para o setor subiu 0,7%, impulsionado pelas ações italianas: Enel +2%, Snam +1,6%, Terna +1%. A2A fecha, +0,9% impulsionado pelas ofertas recebidas para a subsidiária em Montenegro. No entanto, a principal ação é a Italgas (+3,2%), aguardando notícias sobre o resultado da licitação dos ativos italianos da Gas Natural.

BANCOS, O EUROGRUPO DÁ APROVAÇÃO. PADOAN PEDE CONFIANÇA NO DECRETO

O exame do Eurogrupo sobre o resgate dos bancos Veneto e Monte Paschi foi aprovado. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que "a Itália se saiu muito bem em uma situação difícil e acho que é uma boa base para continuarmos nosso trabalho". Igualmente positiva foi a opinião do Comissário da UE, Pierre Moscovici: “As decisões tomadas pelos dois bancos do Veneto puseram fim à incerteza e esta é uma boa notícia para a economia italiana. Além disso, foram decisões que seguiram as regras da união bancária, que se revelaram eficazes e inteligentes: o atual quadro comum permitiu-nos tomar decisões rápidas no interesse da estabilidade financeira geral, evitando efeitos negativos na economia de algumas regiões ". Enquanto isso, o governo anunciou que esta manhã pedirá confiança no decreto.

NASCE UM NOVO HUB: A GESTÃO É INFLAMATÓRIA

Enquanto isso, na Piazza Affari o índice setorial marcou nova sessão positiva: +0,4%, contra +0,1% a nível europeu. O Unicredit (+0,11%) desacelera na final depois de ter registado novos máximos desde abril de 2016 nos 17,75 euros (fechando nos 17,52) da manhã. A tendência enfraquece nas fases finais. Outros títulos incluem Intesa (+0,4%) e Ubi (+0,2%). Carige roda (+3,6%) na véspera da reunião do conselho de hoje.

Destaque para o Banco Bpm (+1,1%) face à venda, por 500 milhões, da Aletti Gestielle à holding Ania, que registou uma valorização de 6,6%, atingindo o valor mais elevado desde 2016 nos 6,91 euros. A operação insere-se no projeto de estabelecimento de um novo polo forte na gestão de ativos que incluirá também a gestão da Poste Italiane e no qual a Cdp irá desempenhar um papel. O ar de reorganização na gestão de ativos envolve o restante do setor, já corroborado pelos dados do mês.

Banca Mediolanum sobe 2%: a captação líquida em junho foi de 308 milhões de euros, enquanto desde o início do ano está em 2,3 bilhões. Banca Generali avança 1,3%. Azimut +1%: as entradas líquidas em junho foram positivas em 557 milhões de euros, as do primeiro semestre ascenderam a 3,4 mil milhões. FinecoBank +0,4%: as entradas líquidas em junho foram de 456 milhões, dos quais 296 milhões sob gestão.

Seguradoras fracas. A Generali (-0,3%) estipulou um contrato de resseguro para cobrir, por um período de quatro anos, eventuais sinistros devido a tempestades e inundações na Europa e terremotos na Itália. A operação, no valor de 200 milhões de euros, foi subscrita pelo mercado. Unipol -0,1%: A Moody's colocou os ratings da Unipol Banca em observação para possível elevação na perspetiva de redução significativa dos problemas de crédito com impacto limitado no capital.

ACELERE O AUTOMOTIVO. LANDI RENZO ENTRA EM ÓRBITA

Outro setor em crescimento é o automóvel, impulsionado pelo desempenho da Ferrari (+3,3%) também graças ao segundo lugar de Sebastian Vettel no GP da Áustria, que assim consolidou a liderança na classificação do campeonato mundial. Dia positivo também para Cnh Industrial (+2,6%) e Fiat Chrysler (+1,4%). Enquanto isso, o rali de Landi Renzo (+13%) não para. Stm também se destaca no setor industrial (+2,2%). Josh Spencer, gerente de fundos da T. Rowe Price Funds Sicav Global, acredita que, em um cenário de fraqueza econômica global, o setor de tecnologia é um oásis de crescimento, independentemente do contexto macroeconômico ou político.

VENDAS POR TELECOM. O MERCADO "DEFENDE" CATTANEO

Entre as notas negativas, a chuva de vendas da Telecom Italia (-1,8%) num dia em que os demais títulos do setor fecharam na Europa em terreno positivo. Esse é o efeito sobre o mercado das revelações da Bloomberg, que falava em uma possível mudança no topo para contrastes entre a Vivendi, acionista número um, e o CEO Flavio Cattaneo. Em causa está a linha dura adotada por Cattaneo perante o governo na estratégia em áreas de falha de mercado. A notícia foi negada por todos os envolvidos (incluindo Cattaneo), mas deixou sua marca. Segundo a Bloomberg, a Vivendi cogita nomear Amos Genish, que no passado se destacou no Brasil como gerente da GVT e da Telefonica Brasil, para o comando. O Conselho de Administração da Telecom, que reuniu na passada sexta-feira, demorou entretanto a alienar 70% da Persidera, conforme solicitado pelas entidades reguladoras. Gedi perdeu (-4%), acionista com 30%.

YOOX SOFRE, GRUPO GIGLIO FLORESCE

Desempenho contrastado no setor de luxo: Yoox cai (-3,3%), Moncler avança (+2,5%). Luxottica fechou em -0,5%: Kepler Chevreux baixou o preço-alvo para 59 euros de 60 euros, confirmou a opinião de compra. Ferragamo +0,2%: Morgan Stanley cortou o preço-alvo de 24 euros para 26 euros, confirmando a opinião da Equal Weight. Tod's -0,7%.
 
Entre as empresas com menor capitalização, destaca-se o Grupo Giglio (+5,2%) em que a Intermonte, em estudo de 7 de julho, elevou o preço-alvo e confirmou a opinião de “compra”.

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