Um estudante de 14 anos de ascendência indiana encontrou uma maneira de economizar cerca de US$ 400 milhões por ano para o governo dos Estados Unidos. Até agora parece o enredo de um filme, uma história de Hollywood como existem muitas. O mais interessante, e talvez - é preciso dizer - menos cinematográfico de toda a história, é que a maneira que o jovem Suvir Mirchandani encontrou para economizar todo aquele dinheiro de seu governo é extremamente simples e nada aventureira: basta mudar a fonte com a qual documentos oficiais são impressos.
Não mais Times New Roman, então, nem Century Gothic ou Comic Sans. Não, a fonte mais barata, entre as que estão em voga, parece ser a Garamond. Graças aos traços sutis, ao que parece. A descoberta, se assim se pode chamar, é fruto de um trabalho de alguns anos. De fato, foi há dois anos que o jovem Mirchadani, ao perceber que uma onça de tinta de impressora Hewlett-Packard custava mais do que uma Chanel número 5 (75 dólares a onça), iniciou um projeto escolar que visava reduzir o desperdício de seu meio escola, Dorseyville Middle School.
Sua resposta à pergunta passou por uma longa pesquisa sobre as fontes utilizadas para imprimir as inúmeras circulares escolares. Ao analisar as letras mais utilizadas da língua inglesa (e, t, a, o, r) por meio de um software específico, Mircadani chegou à conclusão de que a Garamond era a fonte que menos permitia o uso de tinta, devido a – como mencionado – de seus traços muito sutis. Uma economia de 24% para ser preciso: em poucas palavras, se todas as escolas do distrito tivessem adotado esse caráter, teriam cortado suas despesas em 21 dólares por ano.
Nesse ponto, Mircadani apresentou sua descoberta ao Journal for Emerging Investigators, um periódico fundado por ex-alunos de Harvard, que o levou a aplicar seu projeto ao governo federal. O resultado? Se todos os documentos do governo federal e estadual dos EUA fossem impressos em Garamond, a economia seria de aproximadamente US$ 370 milhões.
