comparatilhe

Trump ataca a Síria. China planeja desvalorizar o Yuan

Os EUA, juntamente com a França, o Reino Unido e oito países, estão convocando uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após o ataque químico em Douma pelas tropas de Assad.

Trump ataca a Síria. China planeja desvalorizar o Yuan

Donal Trump reage ao novo ataque aéreo na Síria, em Douma, com armas químicas e a China avalia o potencial impacto de uma desvalorização gradual do yuan como instrumento de pressão no confronto comercial com os Estados Unidos, noticia a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com a situação.

ATAQUE QUÍMICO DE ASSAD E MÍSSEIS DOS EUA

A noite trouxe novas ideias, infelizmente todas beligerantes, no front internacional. Um ataque com foguete ocorreu durante a noite contra a base aérea de Tayfur, perto de Homs, no centro da Síria. Damasco - através da agência estatal Sana - fala em "agressão americana", mas o Pentágono nega. E com o passar das horas, a acusação síria, também apoiada por Moscou, se volta contra Israel. A tensão disparou após o novo ataque químico na área de Douma, uma área a leste de Damasco e parte do leste de Ghouta, um bolsão que agora acabou nas mãos do regime. Cem vítimas, mil feridos, muitas mulheres e crianças, um número desconhecido de embriagados. Na manhã de domingo, o presidente americano disparou sua primeira ofensiva no Twitter, chamando Assad de "um animal". Haverá um alto preço a pagar." A ofensiva não para nas primeiras palavras de indignação: os Estados Unidos e outros oito países membros do Conselho de Segurança da ONU (Grã-Bretanha, França, Polônia, Holanda, Suécia, Kuwait, Peru e Costa do Marfim) pediram uma reunião de emergência, que deverá ser realizada na tarde de segunda-feira, segundo fontes diplomáticas. Enquanto uma fonte do governo informa que a Casa Branca não descarta retaliação contra Assad: um ataque com mísseis contra alvos do regime sírio

GUERRA FISCAL E DESVALORIZAÇÃO DO YUAN

Do lado da outra guerra, a comercial com a China, segundo fontes citadas pela Bloomberg, as autoridades chinesas estão realizando um estudo para avaliar a arma da desvalorização nas negociações com os EUA, o que não significa que as autoridades irão prosseguir com uma desvalorização da moeda chinesa, medida que exigiria o aval dos líderes de Pequim. No entanto, o dossiê em estudo seguiria uma dupla estratégia: por um lado, utilizar a desvalorização da moeda chinesa como arma de pressão sobre os EUA nas negociações comerciais em curso; por outro, avaliar o impacto dessa mesma desvalorização nas exportações chinesas. De fato, uma desvalorização poderia gerar ondas de instabilidade negativa como as já vividas por Pequim em 2015, quando surpreendentemente desvalorizou o Yuan em 2 pontos. Na prática, as repercussões podem ser piores para a China do que para os EUA.

O yuan reagiu apagando os ganhos iniciais na manhã de segunda-feira, caindo 0,1% para 6,3110 por dólar nas negociações onshore.

Comente