Uma relação cada vez mais estreita entre a ciência, a sociedade, a ética e os poderes de decisão. Uma vacina que pode combater o câncer. Alimentos que podem prevenir doenças. Os novos métodos que nos permitirão nos curar em vinte anos. Estes são apenas alguns exemplos do que a ciência nos pode reservar no futuro e que será o foco da XIII edição da conferência mundial "The Future of Science" intitulada "The Lives to Come", apresentada na terça-feira, dia 4 julho por Chiara Tonelli, presidente de “O futuro da ciência” e pró-reitora de Pesquisa da Universidade de Milão; Paolo Veronesi, presidente da Fundação Umberto Veronesi; Giovanni Bazoli, presidente da Fundação Cini; e Marco Tronchetti Provera, presidente da Fundação Silvio Tronchetti Provera.
A iniciativa – almejada desde 2005 por Umberto Veronesi – reunirá algumas das maiores mentes científicas do mundo. A próxima conferência, a primeira após a morte de Veronesi, acontecerá de 21 a 22 de setembro em Veneza, na ilha de San Giorgio, na sede da Fundação Cini. Não é por acaso que a sessão de abertura dos trabalhos – quinta-feira, dia 21 de setembro – será o legado deixado pelo ilustre cirurgião oncologista. “Porque os temas que vamos abordar – disse Chiara Tonelli – são aqueles que Umberto Veronesi já havia reconhecido como prioritários há vários anos. A nutrição como elemento de prevenção de doenças e suporte ao tratamento tem estado no centro dos seus interesses nos últimos 10 anos de atividade. Hoje sabemos que o que comemos regula a atividade de nossos genes. Em um futuro não muito distante, poderá ser potencializado o uso de alimentos que possam levar em conta e evitar ou explorar essas descobertas”.
Outro assunto em alta será a vacinação: não só como ferramenta de prevenção de doenças infecciosas, mas também como oportunidade profilática contra várias displasias. “Inovar e fazer pesquisa para empresas privadas e públicas é essencial. Em todas as disciplinas _ Tronchetti Provera declarou em seu discurso – investir nessa direção significa manter um alto nível de competitividade e, portanto, ter maiores vantagens nos mercados em relação aos concorrentes. Portanto, é necessário um esforço coletivo para garantir que a Itália desempenhe um papel primordial no cenário mundial”.
"Para não sermos apanhados desprevenidos - disse por sua vez Paolo Veronesi - é preciso apoiar a investigação, mas também tornar a sociedade informada a nível científico através de uma divulgação equilibrada e correcta".
